O turismo transforma, o turismo MICE também.

MICE (sigla para Meeting, Incentive, Convention e Exhibition; pronuncia-se maice) é o termo técnico que identifica o Turismo de Negócios e Eventos, mas mais importante que entender nomenclaturas específicas é perceber o impacto desse segmento na economia de famílias, cidades e países inteiros.

Uma executiva que viaja por determinação da empresa utiliza uma gama de serviços que vai muito além de transporte, acomodação e restaurantes. Estamos falando de telecomunicações, tecnologia, comércio, indústria e muitos outros subsegmentos decorrentes destas áreas. Essa cadeia imensa é ativada pelo Turismo de Negócios.

Um profissional que viaja para participar de uma feira ou congresso, durante alguns dias, é inserido num microcosmo de serviços oferecidos por empresas organizadoras, de equipamentos, de transporte, montadores de estandes, de locação de móveis e automóveis, alimentos & bebidas, gráficas, etc. Todos eles ativados pelo MICE!

Uma determinada companhia, ao lançar as suas metas de vendas, define a premiação aos colaboradores que superarem essas metas. Não raro, a premiação é uma viagem incrível que, embora em muito se assemelhe ao turismo de lazer, é viagem corporativa (MICE!), pois teve destino e formato decididos pela empresa.

Assim, uma série de serviços que emprega um sem-número de profissionais que vai desde o alto executivo ao vendedor de doces, gera renda e autoestima em localidades que veem sua cultura e identidade valorizadas, garantindo desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental.

E como o Turismo de Negócios é feito de indicadores, eis aqui alguns deles: no Brasil, o MICE responde por cerca de 60% dos assentos de uma aeronave; o faturamento das viagens corporativas no Brasil, foi 30% maior em junho/2023, que em junho/2019; 61% dos fornecedores de viagens de incentivo creem que 2024 será melhor ou muito melhor que 2019. Esses dados são da FecomercioSP, ALAGEV e Oxford Economics, respectivamente.

E como nem só de números vive o Turismo, as boas perspectivas e a esperança de dias melhores refletidas nesses números confirmam que o MICE é, de fato, um excelente negócio para transformar para melhor a economia do Brasil.