Quem faz o turismo acontecer no Brasil? Conheça a história de Neu Costa
“O bom de trabalhar nas trilhas é ter a oportunidade de compartilhar com os turistas a nossa história, as atrações e a importância da preservação do Cerrado (reconhecido como uma das savanas mais ricas do mundo em biodiversidade)”. Essa frase, que enaltece nossas belezas, é da condutora de visitantes na comunidade quilombola Engenho II, localizada na cidade de Cavalcante/GO, Neu Costa.
Com apenas 19 anos, ela chama atenção não só pelo seu trabalho com o turismo, mas também por reforçar a importância da promoção da cultura e dos produtos Kalungas, que disputam com as paisagens deslumbrantes o olhar atento dos visitantes.
Assim como outros jovens da região, Neu encontrou nos cursos profissionalizantes ofertados pela Associação de Guias do Quilombo Kalunga (AKCE), em parceria com empresas privadas, a possibilidade de levar sustento para si e para a sua família. A AKCE conta com cerca de 200 profissionais cadastrados que passaram por processo de capacitação, incluindo matérias como: Atrativos da Chapada dos Veadeiros; História Kalunga; Geografia, Cultura e Geologia Regional; Associativismo; Ética; Conduta Consciente e Minimização de Impactos em Ambientes Naturais; Primeiros Socorros e Combate a Incêndios Florestais.
Patrimônio Cultural Kalunga - A comunidade quilombola Engenho II é a entrada para o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, primeira comunidade brasileira a ter o título de “Território e Área Conservada por Comunidades Indígenas e Locais (Tica)", registrado, em 2021, pelo Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nesse mesmo ano, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi eleito o melhor do Brasil e o 25º do mundo, segundo um levantamento do site de viagens Tripadvisor.
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Por abrigar uma das cachoeiras mais visitadas do Parque, a Santa Bárbara, a Engenho II tem atraído pessoas de várias partes do mundo, o que tornou o turismo a principal fonte de renda da população que mora ali há, pelo menos, 300 anos.
A região também abriga as cachoeiras: Santa Barbarinha, Capivara e Candaru, que juntas podem receber até 800 pessoas por dia. Por se tratar de um território demarcado, apenas os guias da comunidade têm acesso às atrações, garantindo não só que o recurso, oriundo do turismo, permaneça na cadeia monetária local, mas também que suas histórias e natureza sejam preservadas.
A comunidade recebe milhares de pessoas anualmente. Entretanto, o Observatório do Turismo de Goiás aponta que, apenas, 3% desses visitantes residem no exterior - o que demonstra a necessidade da divulgação do parque ao público externo.
Essa discrepância entre os números de turistas nacionais e internacionais reforça a importância de lançar luz às comunidades que, a partir dos saberes populares, têm trabalhado para manter viva a memória.
Quer saber mais sobre quem faz turismo? Acompanhe os próximos episódios da série. #EmbraturBrasil
Pesquisador UFBA do Grupo DARC/NERA, doutorando no PPGDC UNEB, Educador e Consultor em Ecogastronomia e Turismo Comunitário
1 aviva o turismo comunitário publiquem sobre a Bahia e a @redebatuc
Turismólogo em formação | Logística de Eventos | Turismo e Economia Criativa
1 aÓtima iniciativa de Neu Costa e da Associação de Guias do Quilombo Kalunga! Que sirva de inspiração para outras comunidades!
Marketing político, gerenciamento de crise, estratégias de comunicação
1 aQue legal!
Diretor de Digital na in.Pacto
1 a👏👏👏 Muito bom!!!!