O varejo pode atender às expectativas dos consumidores no metaverso?

O varejo pode atender às expectativas dos consumidores no metaverso?

Apesar de conquistar espaço gradualmente, o metaverso certamente já provou que mudará a experiência do cliente como conhecemos hoje.

Segundo um estudo da Deloitte, até 2025 quase 75% da população global serão usuários frequentes de realidade aumentada. No Brasil, a pesquisa do Kantar Ibope Media mostrou que 6% dos brasileiros que usam a internet já transitam por alguma versão do metaverso.

Podemos considerar esses dados como indícios de que há um cenário favorável para o desenvolvimento. Portanto, as empresas que investirem dentro do metaverso agora, poderão obter grandes vantagens a médio prazo. Afinal, sempre tem o peso da questão do 'pioneirismo'.

A viabilidade econômica desse mundo virtual permite conjecturas infinitas que prometem fazer da web 3.0 um país das maravilhas para varejistas ousados o suficiente para serem pioneiros nesse novo terreno. 

Mas existe um jeito certo de fazer isso? Eu explico! 

Entendendo as gerações online

Quando pensamos em varejo no metaverso, devemos considerar os Millennials e a Geração Z, ambos são nativos digitais e viveram a vida toda com acesso à internet. Hoje, estes adultos representam 35% do mercado de luxo, e devem representar 50% até 2025. Além disso, à medida que a tecnologia continua a evoluir, o mesmo acontece com o comportamento do consumidor. 

De acordo com a Fortune, 87% da Geração Z e 83% dos Millennials jogam videogames semanalmente, com isso, eles se acostumaram ao controle total sobre um avatar, incluindo ângulo e posicionamento de produtos 3D.

Esse estilo de vida expõe que esses consumidores serão exigentes no metaverso, pois esperam uma experiência 3D verdadeiramente imersiva e personalizada. 

Eles anseiam interações ricas e a capacidade de socializar com os amigos quando estão online. Também desejam que a experiência digital esteja ao alcance em qualquer lugar e a qualquer momento. 

Ok, isso pode ser um desafio, mas as marcas devem encontrar uma maneira de atender às demandas se quiserem ganhar engajamento e se manter numa boa posição no mercado. 

Tudo certo até aqui? Ótimo! Agora vamos para a próxima parte.

De olho na economia oculta

Com a popularização do termo, o mundo inteiro aguarda o desenvolvimento do metaverso com grande anseio. 

Por ainda estar muito ligado ao universo gamer, as gerações mais velhas não enxergam essa realidade com muita clareza. Porém, desprezar os compradores Baby Boomer’s e da Geração X pode ser um grande erro.

No futuro, as coisas irão se inverter dado que o metaverso aumentado terá escopo dimensionado pelo consumo maior entre os mais velhos, que, na maioria das vezes, podem apresentar uma quantidade mais ampla de riqueza e renda disponível quando comparados aos filhos e netos.

Em 2020, a Bloomberg revelou que os Baby Boomers têm mais de US$ 3 trilhões em riqueza acumulada. Enquanto a Geração X — menor em comparação com os millennials e os baby boomers — possui uma renda média maior do que todas as outras gerações.

A maior prova disso veio durante a quarentena, quando consumidores com 65 anos ou mais gastaram 49% a mais no e-commerce em 2020 do que no ano anterior. Atualmente, eles são o segmento de compradores online que mais cresce.

Assim fica fácil de entender que apesar de não ser tão experiente em tecnologia quanto os colegas mais jovens, isso não significa que os Baby Boomer’s e a Geração X sejam intimidados ou desencorajados por tecnologias mais recentes. Quanto mais rápido entendermos isso, melhor será para os negócios. 

Pioneirismo é sinônimo de vantagem?

O uso do metaverso no varejo ainda é incerto, visto que não há uma ideia concreta de como as coisas irão funcionar. No entanto, há grandes chances de que ele se torne um grande modelador do comportamento dos consumidores, tal qual foi a internet e, posteriormente, as redes sociais.

Hoje o mundo aguarda o desenvolvimento do metaverso com grande anseio. Algumas marcas com maior poder econômico,já estão fazendo incursões para esse provável “novo” mundo.

Apesar disso, o que se vê são iniciativas voltadas ao comércio de produtos digitais e não uma grande fusão entre mundos físicos e digitais, como se espera. Mesmo assim, é importante que as empresas fiquem atentas a todos os momentos a fim de identificar e aproveitar oportunidades.

Tudo isso significa que os varejistas precisam criar uma presença positiva no metaverso e estarem prontos, ao menos, para traduzir a experiência na loja física e online que eles têm agora, neste novo mundo virtual.

Pioneirismo é sinônimo de vantagem?

Mesmo não havendo uma ideia concreta de como o varejo irá funcionar no metaverso, grandes marcas já estão fazendo incursões para esse o mundo virtual.

A Ralph Lauren, por exemplo, estreou no metaverso lançando uma coleção exclusiva de roupas digitais na plataforma de jogos online Roblox. Segundo a diretoria, a ação é um esforço para se envolver com a próxima geração de consumidores.

Para quem quer dar os primeiros passos, o iCommerce pode ajudar a abstrair os detalhes técnicos, permitindo que as pessoas interajam, comprem, experimentem e se divirtam. As experiências imersivas proporcionam às marcas um meio de evoluir a oferta atual de comércio eletrônico sem alienar a Geração X e os Baby Boomers. 

Os varejistas precisam criar uma presença positiva no metaverso e estarem prontos o quanto antes para traduzir a experiência na loja física e online que eles têm  para este novo mundo virtual.

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