OBSTRUÇAO DAS ARTERIAS CAROTIDAS E O RISCO DE DERRAME

OBSTRUÇAO DAS ARTERIAS CAROTIDAS E O RISCO DE DERRAME

A obstrução das artérias carótidas, segmento arterial localizado na região cervical, pode causar hipofluxo cerebral, resultando em sintomas neurológicos isquêmicos, tais como ataque isquêmico transitório e acidente vascular cerebral. Estima-se que aproximadamente 15% a 20% dos sintomas neurológicos ocorrem devido a presença de placas de ateroma na artéria carótida.

           Assim como as demais doenças que acometem o sistema circulatório, a hipertensão arterial sistêmica, o diabetes mellitus, a obesidade, o sedentarismo, a alimentação inadequada, o tabagismo, a herança genética e a síndrome metabólica representam os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença aterosclerótica das artérias carótidas.

           Na maioria das vezes, a obstrução das artérias carótidas não expressam sintomas perceptíveis ao paciente, impedindo-o de procurar auxílio médico precoce. Portanto, muitas pessoas apresentam depósitos de placas de colesterol nas artérias carótidas, porém desconhecem a sua existência. O perigo associado a doença aterosclerótica das artérias carótidas recai sobre o surgimento repentino de sintomas neurológicos, tais como, alterações motoras, sensitivas e da fala, que podem representar as primeiras manifestações clínicas da doença. Infelizmente, quanto maior o tempo de isquemia cerebral menor as chances de reverter o quadro isquêmico, e consequentemente maior a probabilidade de sequelas definitivas.

           Além do comprometimento da função motora e da sensibilidade periférica, sintomas inespecíficos como tontura, desequilíbrio, vertigem, zumbido e alterações visuais também podem fazer parte do rol de sintomas e sinais clínicos associados a doença aterosclerótica das artérias carótidas.

Todo paciente a partir dos 50 anos deve realizar a investigação da saúde das suas artérias carótidas com o ultrassom Doppler vascular. O Cirurgião Vascular é o profissional habilitado a realizar o diagnóstico da obstrução carotídea e a oferecer o melhor tratamento individualizado ao paciente.

Atualmente, o tratamento cirúrgico das artérias carótidas incluem a cirurgia aberta, conhecida como endarterectomia de artéria carótida, e a cirurgia de angioplastia carotídea com colocação de stent vascular. Até o momento, o consenso americano aponta a endarterectomia como a opção de escolha no tratamento da doença aterosclerótica das artérias carótidas. Apesar de ser uma cirurgia aberta, a cicatriz cirúrgica é mínima e o aspecto estético é preservado.


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