Oito anos, oito palavras-chave sobre Docway e minha jornada pessoal de empreendedorismo
Eu sempre soube que a tecnologia, em algum momento, ia impactar também a saúde. Já vinha acompanhando com curiosidade todo o movimento de digitalização do mercado financeiro, por exemplo. E aí aconteceu a fundação de um modelo de empresa como a Uber, que se tornou sinônimo de categoria e impactou uma série de negócios em diversos segmentos diferentes.
Eu tinha, até pela minha experiência prévia, muito conhecimento de saúde, mas pouco de tecnologia, efetivamente. Mas comecei a estudar. Demais, inclusive. Então, eis que veio aquele clássico episódio com a minha filha e ratifiquei a tese: tem muitos pais que não querem levar seus filhos para pronto-atendimento. Aqui temos um espaço para crescer.
Mas desta semente até a Docway como conhecemos hoje, muita água passou por baixo da ponte. E analisando tudo que aconteceu em OITO anos, comigo e com a empresa, tudo junto e misturado, acho que dá para tentar definir em OITO palavras fundamentais, que carrego comigo:
EXPERIMENTAÇÃO
A Docway começou, para ser honesto, com dois grupos de WhatsApp: um só com pais e outro apenas com médicos. Eu capturava as necessidades de um e passava para outro, ia colhendo feedbacks de atendimentos... Entre ter uma ideia na qual eu acredito DE FATO e colocar tudo em prática, existe obviamente um abismo. Mas eu ter conseguido ter tempo para estudar, me aprofundar e, principalmente, experimentar, me fez ter uma validação muito mais barata antes de chegar ao mercado. Aliás, não só “experimentar”, mas também “experienciar”, poder sentir as experiências de médicos, potenciais clientes, aprender com elas, trazer isso para o papel... Quantitativo e qualitativo. Quando eu me sentava numa sala de reunião com alguém para discutir algum tipo de investimento, já tinha uma trilha bem traçada, um forecast bem alinhado, métricas funcionando... Isso fez bem a diferença.
CORAGEM
Eu também não tinha a resposta para aquela pergunta “como vou trazer investidor para embarcar comigo nesse negócio?”. Mas fui atrás: me meti em palestras sobre investimentos, para entender o que era e o que não era, quais as formas, crowdfunding, investimento-anjo, etc. Fui ampliando o meu dicionário neste mercado, entendendo o que fazia mais sentido. Mas, antes disso, o primeiro investidor fui EU. Foi o Fábio que pegou toda a sua rescisão e empenhou nesse negócio. Todo mundo que tem aquele dinheirinho no banco, precisa ter coragem para tirar ele de lá e colocar em algo tão incerto. Foi um movimento de coragem – seguido da frase “se acabar e não der certo, eu volto”. Este movimento de enfiar o rabo entre as pernas e pedir penico, de retomar para o mercado de onde eu saí se algo desse errado, eu tinha muito isso em mente. Porque deixei todas as portas abertas pra voltar se precisasse.
RESILIÊNCIA
Eu sei que esta é a palavra da moda entre os empreendedores, sei que virou commodity, que se tornou uma coisa bastante romantizada, até. Mas não tem escapatória. Já me perguntaram, algumas vezes, se em algum momento eu tinha pensado que não fosse dar certo. Pois eu penso isso até hoje, na verdade. Qual é o empreendedor brasileiro que não acorda todo santo dia pensando se vai dar certo ou não? São muitos cenários a serem avaliados, é preciso entender que terão dias bons e ruins. Você começar uma empresa é, antes de tudo, começar uma EUPRESA. Você é o funcionário número 1, você serve café nela, atende telefone. Tudo que acontece do dia zero até hoje passa pelo olhar de quem funda a empresa. Quando você faz essa escolha, esse papel toma tempo. É um papel de muito sacrifício e muitas vezes significa a ausência de outros papeis.
CONFIANÇA
Durante um ano, eu fiquei lá, tirando do meu próprio bolso. Isso me ensinou muito, mas também é um processo que custa bem caro. E não custa, como falei logo acima, só dinheiro. É tempo – e seu tempo como pai, como marido, como filho... Por sorte, em um projeto que nasceu de uma história envolvendo a minha própria filha, eu tive muito apoio da minha família. Eles apostaram e investiram, no fim do dia, tanto quanto eu. Até que pintou uma pessoa que tinha tido a mesma ideia, o mesmo olhar sobre tecnologia e saúde e, no meio do caminho, encontrou a Docway. Aí, investiu na gente. Em 2018 veio a SulAmérica, que começou com uma relação de cliente/fornecedor e foi a primeira operadora a oferecer médico em casa. No fim, foram todas relações baseadas em confiança.
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DESAFIO
Na vida de um empreendedor, o que não faltam são pedras no caminho. E eu poderia listar muitas, sem parar muito para pensar. Mas, de todos os desafios, tem um que de fato me deixa marcas. Com todas as mudanças pelas quais uma empresa passa, ainda mais uma startup, é natural ir entendendo que ela precisa de skills cada vez mais diferentes para complementar aquele tamanho no qual está no momento, em qual etapa do processo se encaixa. Quando se chega numa situação como esta, as pessoas ao seu lado precisam estar alinhadas. E é aí que percebemos que nem sempre todo mundo cresce junto. Nem todo mundo está preparado para crescer junto ou mesmo quer crescer junto. Então, temos pessoas que infelizmente acabam ficando pelo caminho.
TIME
Pode parecer meio óbvio, mas ter um time muito forte faz toda a diferença. Estar cercado de pessoas com muita competência é essencial para manter tudo isso crescendo. Esta EUPRESA não se faz sozinha, de fato. Manter as pessoas focadas no propósito que a Docway tem e perceber que elas seguem desempenhando um bom papel, com vontade, com tesão, isso não tem preço. Para uma empresa que segue querendo cuidar de gente, eu tenho que cuidar muito da MINHA gente para que eles possam cuidar de gente do jeito certo. Para que eu possa seguir com orgulho de ver que somos pioneiros na área e vamos seguir pioneiros em muitas outras, sem deixar de gerar empregos em um país sempre em realidades tão desafiadoras quanto o Brasil.
FUTURO
Eu falei acima de “pioneirismo” – o que é nada mais do que uma mistura empolgante das palavras “coragem” e “experimentação”. Continuo interessadíssimo no verbo empreender, em inovar, em buscar novidades. O olhar está sempre no futuro, estou sempre olhando novas ideias e oportunidades. O céu é o limite e acho que ainda tem muito mais coisa para acontecer com a Docway. Quero impactar cada vez mais o setor de saúde, me mantendo sempre aberto a novas ideias que somem ao negócio. E isso, claro, graças TAMBÉM à palavra “time”, que se intercruza aqui. Quando a empresa começa a se consolidar, você começa a intraeemprender com outras pessoas. Claro que o crescimento não será exponencial como na pandemia, mas as ideias seguem além disso, para além da telemedicina.
CUIDADO
Era evidente que eu não podia deixar de mencionar a palavra que está no coração do nosso propósito, da nossa missão, que corre nas nossas veias, que é o DNA do mundo Docway. Chegamos aonde chegamos porque gostamos genuinamente de cuidar. Temos que continuar nos desafiando no processo de cuidar, ter coragem para cuidar diferente, olhar para o futuro pensando de que forma dá para cuidar da melhor e mais eficiente maneira.
Parabéns para a Docway. Para todos nós. E que venham mais oito anos. E depois mais oito. E toda uma tabuada de oitos se multiplicando cada vez mais.
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2 mOlá bom dia! Moro no Pará e conheci a Docway por um milagre divino! rsrs... onde me encantei pelos profissionais e atendimento de toda a equipe, aqui eu trabalho com parceria onde busco empresas que vendem os serviços DOCWAY, eu simplesmente amo vc e indico e falo pra todo mundo que conheco!!! tenho uma linda historia com vcs.
Instituto Militar de Engenharia
4 mFábio obrigado pelo post
Especialista em Desenvolvimento de Produtos e Inovação | Estratégia de Negócios e Crescimento | CSPO® | Canastra R2'24
6 mFábio, obrigado por compartilhar!!!
Gerente de Acesso ao Mercado Público e Privado Alexion - Doenças Raras / AstraZeneca
1 aParabéns Fabinho! Acompanhei sua trajetória e sinto muito orgulho de toda a sua construção, você é uma inspiração!!!!! 👏👏👏
Gerente de Gestao de Saude | Saúde Petrobras
1 aParabéns Fabio! Parabéns Docway!!