Onde estão os dinossauros?

Nos últimos dias tenho visto um movimento sobre o Etarismo, algo que também vivencio apesar de não trazer na cara o ‘DNA’ de 50 anos. A sensação que tenho é que os profissionais mais velhos há algum tempo vem sendo tratados pelo mercado de trabalho como dinossauros: próximos à extinção.

Tenho grande parte dos meus amigos na minha faixa etária, alguns mais novos com certeza e a sensação é que não somos "desatualizados" ou peças sobressalentes em um sistema que precisa ser cada vez mais ágil, muito pelo contrário. A maioria continua estudando, ávidos por aprender coisas novas e integrar ao seu portfólio de conhecimentos novas habilidades e, porque não dizer "afiando seus machados".

Vale destacar que o cérebro continua fazendo sinapses e isto é bom para todos nós. Um estudo do MIT publicado há alguns anos comprovou que algumas habilidades melhoram com o tempo por isso quando vejo matérias como a da Veja me pergunto porque precisamos discutir algo tão óbvio? Se as empresas apregoam diversidade, o que é mais diverso do que unir gerações? Não fazemos isto diariamente na sala de casa? O que é uma reunião familiar senão a troca de experiências e visões de mundo com ganhos positivos para todos os envolvidos?

Só morre quem para de aprender, quem desiste de sonhar. Minha geração não é de dinossauros a um passo da extinção, somos resilientes sim, passamos por muitas experiências tanto na vida quanto no mundo. Temos todas as respostas? Nunca, mas podemos conhecer atalhos.

PS. Fica a dica também para os bancos de imagens que não consideram diversidade em seus arquivos.