Oportunidade na crise
Como engajar a corporação com o líder ausente
Quando grandes empresas veem os seus nomes envolvidos em denúncias de corrupção e acusações sobre a conduta antiética dos seus CEOs, o afastamento destes dos negócios é quase sempre automático. Mas, como fica a situação dos colaboradores que continuam e devem manter a máquina funcionando? E como engajar a equipe e torná-la comprometida com o trabalho mesmo nestes tempos difíceis?
Para respondermos essas questões vamos começar pensando o que sustenta uma organização, além de seus números de faturamento, vendas e recursos humanos. A resposta não é simples: valores. Eles não são fáceis de serem seguidos. Todo adulto já se encontrou pelo ao menos um dia na vida em dúvida sobre qual caminho tomar. Fazer a coisa certa ou fazer o mais fácil?
Em um momento como este, é preciso rever a carta de valores da empresa e discuti-la junto com os gestores, mas esta discussão precisa de fato tirar os “esqueletos dos armários” e o grupo precisa definir qual a conduta ideal, que desvios são admissíveis em determinadas circunstâncias e quais não serão tolerados. De forma que o novo líder e os demais gestores assumam o papel de defensores, propagadores e sejam um modelo de comportamento ético para os demais. Durante esse questionamento, se necessário, é preciso retirar alguns valores da carta e substituí-los por outros saudáveis para os negócios bem como para as relações interpessoais. Para ajudar nisso, a organização pode contar com o coaching tanto para auxiliar na reflexão de quais são os valores adequados bem como a melhor forma de colocá-los em prática.
Além disso, é fundamental para que se mantenha uma relação de confiança desejável a manutenção do bom nível de delegação, além disso, é preciso tomar cuidado com as atitudes centralizadoras tão comuns após situações de perda de controle. Como por exemplo, quando se pune os honestos que ficaram com a desconfiança por causa dos desonestos que saíram. Logo, o ideal é criar sistemas de controle razoáveis, lembrando que a maioria é honesta! É que a desonestidade faz tanto barulho que parece que é há mais desonestidade do que existe de fato.
HR | Talent Development | Performance Management
8 aMuito bom Eliana! Realmente as empresas precisam estar estruturadas para um eventual afastamento do líder, que pode acontecer por diversos motivos.