Orçamento: Por que é tão importante ter o seu?
Person using a calculator, by Kelly Sikkema

Orçamento: Por que é tão importante ter o seu?

Saber para onde seu dinheiro está indo é tão importante quanto adquiri-lo. Por isso, é imprescindível a criação de um orçamento, visando o controle dos seus gastos mensais. E já que falamos em controle, que uma coisa fique clara: ou você aprende a controlar o dinheiro, ou o dinheiro começará a controlar você!

O que é um orçamento?

Orçamento nada mais é do que uma ferramenta que ajuda a estimar os ganhos, despesas e oportunidades para poupar ou investir. É como se você estivesse mapeando a rota do seu dinheiro, fornecendo direcionamento para a criação de melhores metas e decisões financeiras. Por meio de um orçamento, é possível definir o quanto você pretende gastar com cada categoria, por exemplo: combustível, alimentação, lazer, etc.

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Como crio um orçamento?

Antes de qualquer coisa, é válido mencionar que o orçamento pode ser feito de várias formas: pode ser escrito à mão, pode estar num app de celular ou num programa de planilhas, isso não importa. O importante é que a ferramenta que escolheu te atenda bem e que o orçamento seja tão bom que te ajude a visualizar seus ganhos e gastos com clareza e assertividade.

Dito isto, vamos para as etapas que precisamos nos atentar ao criá-lo:

  1. Ganhos. Comece seu orçamento anotando seus ganhos totais líquidos (a renda total dentro do lar: sua, de seu cônjuge, etc.). Caso você seja um empregado formal que possui renda fixa, fica mais fácil estimar seu ordenado mensal; contudo, o mesmo não acontece com quem trabalha de forma autônoma. Mas é fundamental que neste primeiro campo seja colocado um valor médio do quanto obtém ou espera obter mensalmente, e que seja realista para ajudá-lo a conseguir se programar.
  2. Gastos Fixos. Para uma melhor organização, é interessante dividir suas despesas em 3 campos diferentes: gastos fixos, gastos livres e investimentos. Os gastos fixos, como o próprio nome já diz, são aqueles que virão mês a mês de maneira recorrente, com grande previsibilidade e poucas alterações. Alguns exemplos são: conta de luz, internet, moradia, etc. O ideal é que estes gastos compreendam até 50% do seu orçamento.
  3. Gastos Livres. Os gastos livres não são obrigatórios como os fixos. São mais ajustáveis, mas também merecem destaque e atenção no nosso dia a dia. Alguns exemplos: lazer, compras, academia, delivery, etc. Os gastos livres são importantes porque precisamos ter um equilíbrio em todas as coisas, e a vida não é só pagar contas: aproveitar e dispender tempo em coisas que fazem com que nos sintamos bem é fundamental. Só que tudo sempre sai melhor com um bom planejamento: até mesmo a diversão e a descontração. O ideal é que os gastos livres compreendam até 30% do seu orçamento.
  4. Investimentos. Por fim, mas não menos importante, uma parte do orçamento deve ser destinada para investimentos. É importante ressaltar que, caso você esteja criando seu orçamento mas ainda não possua uma reserva de emergência (falei a respeito do que é a reserva neste artigo anterior, dá uma olhada lá!), o ideal é primeiro guardar um valor mensal até concluí-la, e depois pensar em aplicações financeiras. Investir é importante porque temos que aprender a "pagar primeiro" a nós mesmos. Quando reservamos uma parte de nosso orçamento para investir, estamos nos pagando primeiro, pensando numa melhor qualidade de vida e em mais liberdade no médio e longo prazo. O ideal é que os "gastos" com investimentos compreendam 20% do seu orçamento.

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Como otimizo meu orçamento?

  1. Quanto mais você dá, mais você recebe. Isso não é nenhum clichê, acontece de fato. Quando você ajuda as pessoas de alguma forma, aquilo se reverterá, de um jeito ou de outro, em benefício para você. Pensando nisso, considero de grande importância dentro de seu orçamento você incluir doação a filantropia ou a alguma instituição de caridade, ou até mesmo se planejar para ajudar determinadas pessoas de forma esporádica. Lembrando que o que damos com uma mão, a outra não precisa saber.
  2. Faça do estudo uma prioridade. Muitos podem se perguntar porque coloquei os estudos como uma forma de otimizar o orçamento, sendo que na maioria das vezes a educação será um custo que irá pesar em nossas despesas. Porém nunca devemos olhar para a educação como um gasto; mas, sim, como um investimento. Você está investindo em você e em seus conhecimentos e habilidades, com o intuito de se tornar um profissional mais valioso e capacitado no mercado.
  3. Aprenda a gastar bem e de maneira inteligente. Reduzir alguns gastos vão ajudá-lo a atingir seus objetivos financeiros mais rápido. Sei que é um tanto chata essa conversa, mas é possível trabalhar para reduzir a conta de luz, cortar algumas compras supérfluas, pesquisar mais ao fazer as compras do mês, evitar pedir delivery porque está com preguiça de cozinhar, e etc.
  4. Viva um degrau abaixo do que seu salário permite. Tal estratégia é importante para que você consiga ter uma margem de segurança para imprevistos - a famosa reserva de emergência. Além disso, te dá a possibilidade de começar a realizar investimentos. Ao investir para o futuro, você, aos poucos, começará a ter um padrão de vida melhor sem sacrificar ou até mesmo ultrapassar sua renda presente.
  5. Busque alternativas para aumentar seus ganhos. Planeje maneiras em que você pode obter ganhos adicionais, além da sua remuneração mensal, e coloque em prática. Há habilidades que você pode desenvolver, serviços que você pode prestar, que são capazes de trazer-lhe uma renda extra, que vai ajudar demais no seu orçamento. O estudo, inclusive, foi o segundo item citado aqui nas formas de otimizar o orçamento, pois é algo capaz de ajudá-lo a incrementar seus rendimentos.

Espero que tenha gostado deste artigo e que ele seja útil para a elaboração do seu orçamento, pois cuidar melhor do seu dinheiro e alcançar as suas metas financeiras é essencial. Um forte abraço, e até mais!

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