Os atletas questionando a corrida!!

Período complexo esse aqui! Fomos trabalhar em casa e a casa não estava acostumada conosco, nos estabelecemos, nos ajustamos e até ficou bom sabe!!! parece até que dá para tocar o trabalho dessa forma e em alguns casos dá mesmo não é somente sensação não.

Por outro lado, as organizações pagaram um preço alto do distanciamento perdendo sinergia com a tolerância com a desculpa da distância! Perdemos espírito de luta coletivo e fazer acontecer como um time: o olho no olho faz muita falta na criação e manutenção do orgulho de pertencer a um grupo que faz a diferença. As despesas de transporte e tempo perdido de trânsito foram automaticamente contabilizadas na coluna dos ganhos e as perdas? Bem as perdas ficam na alma organizacional que não se acostuma a viver sem as pessoas em torna da mesma bandeira e cantando o mesmo hino no dia a dia.

Os resultados foram os mais variados: algumas empresas com todos os seus números mais do que superados (muito mais mesmo do que o esperado), ultrapassando recordes, outras nadando com pouco folego que restou e algumas afogadas. Outros negócios nasceram de forma oportunística e irão pagar o preço pois a estratégia era entrar e entraram, mas entraram numa situação anômala.

Em resumo: não foi bom para todas as pessoas, não foi bom para todas empresas, mas para uma boa parcela a pandemia ajudou muito em termos de negócios! Mas cansou!

As questões que ficam para o momento ainda levam em consideração a impossível determinação da data da vacinação coletiva que daria um final a este período e enquanto isso não aparece, lá vem a segunda onda! Porém já vemos a luz no final do túnel (meu último artigo falava que já víamos um túnel, mas agora dá para ver a luz):

. fica o modelo de trabalhar em casa fixado para um número elevado de pessoas e junto com isto vem, com certeza, as questões trabalhistas,

. fica mais um grande desafio para a função de Gente & Gestão que precisara encontrar maneiras de integrar emocionalmente o pessoal em operação distante (lembrando que este desafio já era existente e agora latente de solução),

. fica o processo de voltar ao trabalho uma questão de separar novamente as funções familiares com as da empresa que cada um terá que equacionar porque os modelos e os desafios organizacionais não vão propiciar a permanência das conveniências estabelecidas durante a pandemia,

. Finalmente fica uma questão dura e séria de avaliação: as operações que continuaram a operar localmente, fisicamente presente nos locais de trabalho, funcionaram! E talvez não aceitem os custos do retorno de quem eventualmente não fez muita falta durante a pandemia! Questionável, mas é de se pensar!

Estamos todos cansados dessa pandemia, estão sendo meses e meses de atrofia em relação ao modelo organizacional que estava presente em 2019 e essa atrofia levou embora músculos e músculos: resta o desafio da retomada com políticas novas de reconhecimento, rituais novos de engajamento, formas mais apropriadas de avaliação das pessoas e principalmente a qualidade dos líderes em qualquer nível da organização. Espero no próximo artigo poder enxergar as soluções para todas estas questões. Tempo de repensar e não de repetir os mesmos modelos que deram certo em outro ambiente econômico!

Até lá!