OS CRIMES E O LIVRE ARBÍTRIO

OS CRIMES E O LIVRE ARBÍTRIO

A infância das almas se manifesta aqui e acolá nos formatos mais variados. O recente assassinato de um ser humano, promovido por uma briga em Foz do Iguaçu com trocas de tiros, expõe esta infantilidade das pessoas que saíram promovendo julgamentos via redes sociais.

No papel de juízes sociais, proferiram o veredito após meros 5 minutos de avaliação do noticiário de tv, como se possuíssem um calhamaço de informações que norteiam por meses os julgamentos de juízes dignos que se debruçam sobre estes temas.

É evidente que para julgar a morte, há que se conhecer a Vida.

E  desconsideram as percepções mais simples da observação da Natureza, onde a  essência da Vida está no Livre Arbítrio.

A cada segundo da nossa jornada o Livre Arbítrio se manifesta na Vida.

Afinal, decidimos influenciar até na jornada das células que pretendemos renovar em nosso organismo , pois a tristeza da alma induz a contenção da produção de certos hormônios fundamentais na defesa orgânica do nosso corpo.

Com alguma cátreda, recordo-me que há  cerca de 25 anos, me submeti por 1 ano a quimioterapias.

Relembro-me com exatidão do semblante do renomadíssimo oncologista nas visitas semanais a me questionar ... “Está triste ?” Anda rezando?” ...e por aí ocorriam questionamentos de toda sorte para combater um  linfoma não hodgins.

Era a contribuição que o doutor em medicina julgava ser útil, para que o meu Livre Arbítrio pela Vida, acelerasse a reprodução celular sadia em prol da Vida.

Portanto desconsiderar o Livre Arbítrio das pessoas sobre as escolhas pela vida ou pela morte, evidencia uma infantilidade das almas, quando “concluem” em 5 minutos que A matou B, porque A torce para o Cabreúva, enquanto B prefere o Pirassununga.

Tratam a vida, e consequentemente a morte, como um Fla X Flu .

Consideram nessa lógica doentia, que o entorno das nossas vidas, como  miséria e pobreza (por exemplo) são fatores  preponderantes para influenciar A ou B.

Então, o que imaginar do morro da Rocinha?

Segundo o Wikipedia, ‘’a  Rocinha é uma favela localizada na Zona Sul do município do Rio de Janeiro, no Brasil, e destaca-se por ser a maior favela do país, contando com cerca de 100 mil habitantes. “ E segundo  o IBGE somente 6% das cidades brasileiras são maiores que a Rocinha.

Temos traficantes lá ? Bandidos? Assassinos ?

Claro que sim, talvez 1.000 deles... 2.000 ?

Logo, podemos afirmar que 98% da população não se contamina com tecido social a sua volta.

Por que?

LIVRE ARBÍTRIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO .

São pessoas que ESCOLHERAM outros caminhos, pouco importando se um traficante estaciona um carro de R$ 350.000,00 reais a sua porta, ou se tem banheiras com torneiras  de ouro, escondida em mansões no coração da favela, afinal estima-se que são negociados R$ 1 bilhão de reais ano por traficantes somente naquela local.

Mas, para as  pessoas com princípios mais elevados o velho ditado “a ocasião faz o ladrão” , é a obviamente um conceito  tolo, absurdo e ultrapassado, a comprovar os 98% de gente de bem, residente na Rocinha.

Portanto atribuir que alguém dá um tiro em alguém por influência política, desqualifica a atitude dos 98.000 cidadãos de bem, que nem por dinheiro, cometem crimes.

Sendo assim,  quem escolhe dar um tiro em alguém, assim o faz, porque ESCOLHEU  agir assim.

E aqueles que se dizem “inconformados”, “com nojo” e por aí vão as expressões que foram estampadas diante do recente  assassinato em Foz de Iguaçu, “terceirizam” a responsabilidade de crimes para outrem, e assim acabam por absolver todo tipo de criminoso.

E por conseguinte, indiretamente cultuam “criminosos do bem”  que passam a vender a imagem patética de um Robin Hood social, ora financiado uma Escola de Samba, ora financiando partidos políticos através do ilegal e dos crimes que cometem, disfarçados em altruísmo.

As almas dessas pessoas que não enxergam este “desvio” (responsabilizar outrem) como antinatural,  manifestam a mesma sinergia com mal feitos, porém, em escala menor.

Já um assassino, tem a sinergia com  equívocos em escala maior .

Suas reações são mais voláteis e acabam frequentando ambientes sociais em que estas oportunidades se apresentam com maior frequência ...e aí dá no que deu.

E é nesta cegueira da alma, que os outros 59.999 assassinatos do país (por ano) , não causam nenhuma comoção nesses “julgadores” de plantão, como poderia ocorrer com a morte de Tim Lopes,          QUEIMADO VIVO,  num morro do Rio de Janeiro.

Não há “dor” ou “terceirização” para algo tão brutal diante de tal barbárie, pois não há interesse da possível “terceirização” que  aplacaria a sinergia nociva da própria alma diante tantos outros  “ilícitos do bem” que a cada esquina do interior do  ser, se apresenta na vida, como uma célula doente, necessitando de quimioterapia para alma.

Enfim há muitas reflexões neste cenário de práticas de crimes e assassinatos.

Mas o fato é simples: quem puxou um gatilho, fez uma escolha que de certa forma circunda a própria existência, sem a influência de ninguém, pois quando um não quer, dois não brigam.

Pois até um soldado, numa guerra, obviamente que também pratica um assassinato.

Qual a dimensão desse crime?

A culpa é do general que convocou o soldado?

Do presidente que declarou guerra?

Afinal um  homem (soldado) é culpável pelos assassínios que comete na guerra?

Segundo, Kardec :

— Não, quando é constrangido pela força; mas é responsável pelas crueldades que comete. Assim também o seu sentimento de humanidade será levado em conta por Deus.

Portanto, aqueles que atribuem a “terceirização” de crimes cometidos  deveriam estudar mais um pouco, antes de sair acusando A ou B como “mentor” de crimes, avaliando o que a própria alma esconde de perigoso no subsolo escuro.

Pois é evidente que cada um escolhe a atitude que mais lhe aprouver, seja residente da Rocinha ou da Vieira Souto.

E o nome disso é simples: Livre Arbítrio !

Caso contrário, seríamos “fantoches” no jogo da Vida, uma incompetência inimaginável e inaceitável na Arquitetura Divina da Criação.

ROBERTO MANGRAVITI

www.robertomangraviti.com.br

Colunista da ADASP-Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo; do Instituto de Engenharia; Editor do Portal SustentaHabilidade, da Coluna “SustentaHabilidade” no Jornal ABC Repórter, e apresentador do Programa SustentaHabilidade na Rede NGT (digital) e Soul TV Omni Channel (smarts Tv’s LG e Samsung.

Marcelo Martinez

Top Lean Manufacturing Voice | Gerente de Produção | Gerente de Manufatura | Supervisor Qualidade | Gerente Melhoria Contínua | Problem Solver | Análise de Dados | Supervisor Produção

2 a

Roberto Mangraviti uma vez eu li, não lembro a fonte e nem a veracidade dos dados, mas ao menos é poético. Na guerra do vietnam a quantidade de balas usadas em ambos os lados, destruiram os exercito umas 10x. Assim, suspeita-se que muitos tiros eram dados ao alto, sem o objetivo de morte. Veja oque é o livre arbitrio, o mesmo soldado que atira para o alto pode ser o mesmo que atira no alvo em uma situação particular ou nunca atirou no alvo.

Paulo Moura

CEO & Founder | Conselheiro Consultivo Certificado ConCertif™ | Governança Corporativa | Finanças | Gestão de Risco | Compliance | ESG | Reestruturação Financeira | Planejamento Estratégico |

2 a

Excelente artigo amigo Roberto Mangraviti

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