OS DESAFIOS À FORÇA DE VONTADE.
No livro “Os desafios à força de vontade” a autora Kelly McGonigal. ensina que a força de vontade inclui três poderes que podem ser resumidos na palavra determinação. São os poderes de determinar: A) “eu não vou”, “eu vou” e “eu quero”. São esses poderes que te ajudam a superar os desejos imediatos em favor dos objetivos de longo prazo.
Descobrir qual hábito está atrapalhando suas realizações e dizer “não” para ele é fundamental. Por isso é necessário descobrir que hábito é esse (chocolate, Instagram, Netflix, compras, cigarro, álcool, enfim, descubra o que lhe entrava e comece a dizer não! Fácil não é, nós sabemos, mas a autora garante que o simples fato de dizer não já é um grande início para a jornada do autocontrole.).
Tão importante quanto saber dizer não é também saber dizer sim. No caso do segundo poder dizer sim ao que você não quer fazer, mas que é importante que faça para alcançar algo que quer no futuro. O segundo poder é quando você diz sim (“eu vou”) para algo no presente mesmo que seja desagradável mas que contribuirá para algo que quer no futuro. Por isso é fundamental ter objetivos claros, para que você possa saber, o que tenho que fazer hoje para alcançar meu objetivo amanhã? Ou daqui cinco ou cinquenta anos?
Finalmente é indispensável você saber exatamente o que quer. Isso será fundamental para que você possa exercer o terceiro poder e superar os desejos imediatos.
Um dos maiores inimigos do autocontrole é a distração, distraídos cedemos aos desejos imediatos sem nem ao menos lembrar dos objetivos de longo prazo. A meditação é o antídoto perfeito à distração, pois auxilia no desenvolvimento da atenção momento a momento. Evite tomar decisões distraído. Um detalhe muito importante sobre a meditação é que ela não costuma ser eficiente se for usada durante ou próximo aos momentos de tensão, mas costuma ser muito eficiente se usada regularmente em horários fixos, exemplo: ao acordar e / ou ao dormir.
Naturalmente nós e os outros animais temos um mecanismo de reação (instinto) chamado de “luta ou fuga”, que se refere como o nome indica à capacidade lutar ou fugir em situações emergenciais concentrando nossas energias para esse fim. O que algumas pesquisas tem indicado é que também temos um mecanismo de “pausa e plano” para lidar com situações emergenciais internas (ceder ao impulso de tomar sorvete ou à razão de seguir a dieta, por exemplo). Uma forma indireta de favorecer o mecanismo “pausa e plano” é evitando as situações (estressantes) que ativam o mecanismo “luta e fuga”. (como fazer isso? essa é a pergunta de 1.000.000 de Bitcoins que só cada um poderá responder ao analisar atentamente seu cotidiano.).
Seguir o “instinto” pode atrapalhar. Quando nossos ancestrais seguiam o instinto e buscavam doces, esses eram raros (e ainda eram saudáveis, frutas basicamente). Se formos seguir esse instinto hoje nos deparamos com infinitas docerias). Isso porque o sistema de recompensas do cérebro ainda é o mesmo de seis mil anos atrás, então quando vemos um doce (ou qualquer coisa que gostemos, loja, Netflix etc) produzimos mais dopamina o que no leva à comer. Podemos aproveitar isso associando coisas chatas à coisas dopaminérgicas. Exemplo: Fazer compras depois de ter ido para a academia (pessoalmente discordo dessa estratégia da autora. Tem um livro chamado “punidos pela recompensa” que vai bem na linha do que penso a respeito).
Em suma, o autocontrole como qualquer habilidade humana pode ser desenvolvido. Logo, o importante é ter objetivos claros, evitar situações estressantes, criar hábitos que combatam a distração (como meditar ou jogar xadrez) e praticar!