Os efeitos do estresse na relação do sujeito com o trabalho!

Os efeitos do estresse na relação do sujeito com o trabalho!

“No trabalho contemporâneo qual é o lugar do desejo e qual o lugar do sujeito?” –

Dejours, Abdoucheli e Jayet (1194,p.39).

 

Tendo como ponto de partida este questionamento pontuo minha análise a respeito da relação do estresse e trabalho considerando o fato de a interação com o trabalho ser uma das formas de interação do sujeito com o mundo, através do trabalho muitas vezes o sujeito posiciona suas escolhas e personalidade; o que merece ser considerado é que o sujeito absorto por sua subjetividade muitas vezes encontra neste mesmo trabalho uma fonte de sofrimento, gerando por consequência comportamentos ansiosos que trazem enormes dificuldades como má gestão do tempo, relações interpessoais enfraquecidas, desmotivação, desinteresse, entre outros.

Esta ansiedade muitas vezes adquire proporções pouco toleráveis ao estado de consciência do sujeito, tornando-o suscetível a síndromes e déficits que podem ser prejudiciais ao seu desenvolvimento profissional. A Síndrome do Pensamento Acelerado é uma das possibilidades, causada por níveis altos de ansiedade e diagnosticada a partir da observação de sintomas como fadiga intensa pela manhã, dificuldade nas relações, sofrimento por antecipação, déficit de memória e pessimismo para resultados; Augusto Cury, escritor e psiquiatra aponta que pensar demais no trabalho pode ser uma bomba porque afeta diretamente o desenvolvimento da Inteligência Emocional, prejudicando o desenvolvimento de competências comportamentais necessárias à aquisição de altos padrões de desempenho, como o foco.

 A Síndrome de Pensamento Acelerado tem efeitos expressivos na manutenção do foco no trabalho, potencialmente aumentando os níveis de estresse do colaborador, o estresse gera aumento dos hormônios da adrenalina e cortisol, gerando emoções destrutivas que infectam o comportamento e inibem o desempenho.

E como resolver? Se conheça, se aceite e acima de tudo se respeite, o autoconhecimento é um dos comportamentos necessários para a formação de um profissional de alto desempenho, como contextua Daniel Goleman em seu livro “Liderança: a Inteligência Emocional na formação de um Líder”. No mais se divirta no trabalho, aprenda a amar o que você faz; para alcançar seus objetivos e ser melhor que pode ser em algo é necessário ser melhor no que você faz agora, que seja servir mesas, engraxar sapatos ou gerenciar uma grande empresa.

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