Os médicos estão cansados. E os motivos parecem evidentes
Um estudo recente com 1.600 médicos no Brasil revelou um número assustador: mais da metade deles estão deprimidos (25%) ou exaustos emocionalmente (40%). Dados que apontam diferentes problemas sofridos por eles com o passar dos anos. E o pior, muitos desses poderiam ser evitados.
A classe médica acompanha perplexa essa crescente do Burnout entre seus profissionais, que é a síndrome do esgotamento profissional.
Esses dados não são nada animadores, já que a medicina exige tanto e as tomadas de decisões podem interferir diretamente na vida de alguém.
Uma das conclusões encontradas na pesquisa, é que a grande maioria dos entrevistados trabalham no serviço público de saúde. Diante de tanta pressão e com a falta de recurso, o profissional se vê cercado de problemas que impedem o mesmo de executar seu trabalho da melhor maneira possível.
Além do estresse em não conseguir obter os resultados desejados, a insatisfação do paciente com os serviços gerais sempre cai nos ombros dos médicos, normalmente uma culpa que não é sua. A estrutura de trabalho é vital na medicina.
Estrutura essa que não tem sido das melhores, recentemente o Rio de Janeiro teve seus principais hospitais públicos fechado por falta de insumos básicos para o trabalho. Em entrevista recente para nosso portal, o Dr. Celso Murad, Vice Corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM), falou sobre as situações ruins em que os médicos são colocados.
“O governo pega essa mão de obra e coloca para trabalhar nas emergências, local onde chegam os casos mais graves, com condições de trabalho ruim, aumentando o risco de um erro” analisou.
Esse é um dos motivos que levam diversos Doutores a exaustão. Mas existe também a pressão de pacientes, patrões e a convivência com um sistema de saúde público com problemas básicos. As soluções parecem claras, mas enquanto não chegam esse número vai crescendo consideravelmente.