Os seis pilares do Coaching – 3º Reputação

Os seis pilares do Coaching – 3º Reputação

A reputação de um profissional é fator determinante para o sucesso e progressão na carreira. Ela é um dos principais indicadores de como uma pessoa é percebida pelo mercado ou por qualquer outro grupo com os quais se relaciona.

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No artigo Os seis pilares do Coaching, destaquei a reputação logo abaixo da autoestima elevada porque, apesar de uma coisa estar intimamente ligada a outra, é importante observar que uma pode atrapalhar a outra. A elevação da autoestima tem a ver com o aumento da segurança e da confiança de cada um, tão necessárias para a busca de metas e objetivos pessoais.

A reputação acrescenta um componente importante e, de certa forma, um complicador no conceito de autoestima: o público em geral ou os stakeholders (público estratégico).

Marshall Goldsmith no livro Mojo diz: “Você não pode criar sua reputação sozinho (o resto do mundo, por definição, sempre tem algo a dizer a respeito). Mas você pode influenciá-lo…”

Pode e deve influencia-lo. A melhor forma de influenciar positivamente a opinião de terceiros é cuidar para que os valores pessoais sejam totalmente aderentes ao estilo de vida, ou seja, é imprescindível que o exemplo dado nas ações cotidianas seja mais forte que o discurso pessoal, afinal, é mais fácil influenciar pessoas mostrando o que fazer do que dizendo como fazer.

Por isso é preciso ficar atento aos atos mais corriqueiros do dia a dia, pois tudo é observado e, conscientemente ou não, comparado com o que se espera de cada pessoa.

Conheço um caso interessante que ilustra bem a importância da reputação:

Quando morava no interior de São Paulo, conheci um médico cirurgião que entrou para a diretoria de um clube local, mais precisamente, foi presidente do clube. Por tradição e conveniência de alguns, as reuniões de diretoria aconteciam em um bar localizado em uma rua bastante movimentada da cidade. Então o famoso cirurgião era visto duas vezes por semana dentro do bar por horas a fio… Desnecessário dizer que isso espantou grande parte da sua clientela e que as reuniões tiveram que ser transferidas de lugar, afinal poucos ficavam a vontade em submeter-se a um cirurgião que passava horas e horas por semana sentado na mesa de um bar.

Notem que nesse caso não se discutiu o que ele estava fazendo lá, simplesmente houve um julgamento por parte de seu público estratégico que, justo ou não, é um comportamento próprio do ser humano e todo aquele que busca o sucesso profissional  deve saber disso.

Um bom Programa de Coaching deve visar à elevação da autoestima, mas não ao ponto de transformá-la em egocentrismo e deve auxiliar o coachee a construir reputação com base em seus melhores valores pessoais e profissionais.

Se não for assim, nem a reputação do coach nem a do coachee se sustentarão por muito tempo.

Luiz Eduardo Neves Loureiro - Coach, consultor e palestrante

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