Otimizar Custos, uma prioridade!
Há alguns anos atrás falei sobre este tema que, mais uma vez, gostaria de abordar pela relevância e impacto que ele traz a qualquer tipo de negócio.
Independentemente dos caminhos tomados pela Política, as reformas necessárias para os ajustes de uma retomada econômica exigem que as empresas se reinventem e, obviamente, revejam seus custos e despesas. Não tem como fugir desta realidade: ou se aprende a fazer isto, ou o negócio está fadado ao fracasso.
Em um mercado cada vez mais competitivo, uma boa gestão e conhecimento de seus custos pode ser a grande vantagem de qualquer negócio frente a seus concorrentes diretos.
Os custos não se limitam a números. Cortá-los exige planejamento, gestão e acompanhamento gerencial do dono da empresa assessorado, ou não, por profissionais qualificados pois, para que as margens de lucros sejam mantidas ou alavancadas, a qualidade do produto, ou serviço, deve ser mantida.
Um erro que os empresários cometem na hora de diminuir as despesas é simplesmente ignorar os prejuízos ocultos que os cortes podem trazer.
A demissão de pessoas, por exemplo, aparece claramente como um corte de custos após o pagamento de rescisões, e isso pode ser motivo de comemoração no curto prazo. O problema é que, ao longo do tempo, o empresário pode descobrir que perdeu talentos essenciais que detinham informações cruciais para o bom andamento de processos chaves no empreendimento.
A falta do acompanhamento e manutenção de um Fluxo de Caixa é outro exemplo. Ele tem de ser preservado, pois a escassez dele é sinal de grandes dificuldades por vir das empresas.
Sintetizo abaixo recomendações oriundas da leitura do livro ”DOBRE SEUS LUCROS" do consultor americano Bob Fifer. Apesar de básico é simples e objetivo e não é a toa que trata-se de um livro de cabeceira do Marcel Telles, ex-CEO e conselheiro da Ambev, Kraft Heinz e sócio do fundo 3G:
FAÇA UM DIAGNOSTICO
O custo é a única variável que realmente está sob o controle do empresário. Mas para que isso funcione, é preciso que ele seja organizado. É preciso ter uma contabilidade organizada para identificar os custos de cada área e onde é possível cortar. A gestão orçamentária deve existir e ser feita mês a mês.
ELIMINE DESPERDÍCIOS
Reavalie todas as despesas fixas, que vão desde o papel para impressão, cafezinho, copo de plástico, material de escritório, plano de telefonia e internet. Veja o que realmente utiliza e se há desperdícios. É o momento de revisar todos os contratos de prestação de serviços seja ele de contador, advogado, e também os de aluguel e financiamentos para buscar uma negociação melhor. Veja se está na hora de substituir máquinas e equipamentos ultrapassados e que consomem mais energia elétrica. Avalie as novas tecnologias existentes que estão ai para substituir as velhas gerando muita economia.
AVALIE AS VENDAS
Observe quais são os produtos ou serviços mais vendidos por sua empresa e se concentre neles. Tenha a certeza de conhecer as margens proporcionadas por cada um se seus produtos e/ou serviços. Reduza o custo daqueles que não geram margem de lucro. No caso de serviços, diminua a oferta. No caso de produtos pouco procurados, reduza os estoques que, se mal administrados, prejudicam o caixa da empresa por se tratar de um dinheiro represado. Neste momento, revise o relacionamento com cada um dos fornecedores, que obviamente não deve ser único.
ENVOLVA AS PESSOAS E FIXE METAS
Nesta etapa é importante comunicar a equipe e envolver as pessoas.
Um caminho é determinar um percentual de redução de custos (por exemplo, 10%) para cada área, sem discutir como será feito isso.
Outro é explicar para os gestores que o caminho é árduo, difícil e pedir para que cada um traga sugestões de cortes. Pode-se recompensar quem trouxer as melhores ideias e atente para fixar metas exequíveis de modo a fazer os funcionários se sentirem responsáveis pela redução.
Aproveite para ver se compensa fazer parcerias com outras pequenas empresas e terceirizar alguns serviços secundários, como de limpeza, segurança e alimentação.
A experiência ao longo dos anos otimizando custos e alavancando resultados ressalto que os seguintes itens que devem ser observados:
Evitar cortar custos e despesas variáveis, estratégicos ao negócio. O corte destes custos pode afetar a qualidade do produto ou serviço prejudicando o volume de negócios e apressando a sua falência.
A demissão de funcionários para reduzir a folha de pagamento deve ser muito bem gerenciada. Além do risco de eliminar talentos formados na casa, o colaborador é um investimento da empresa e, fora dela, pode levar expertise aos concorrentes.
Investir apenas porque os preços de máquinas e equipamentos estão competitivos, sem analisar o custo do capital para isso só é indicado se feito com recursos próprios ou se o empresário tiver acesso a uma linha de crédito subsidiada. Este tipo de investimento faz sentido se for para alavancar a geração de caixa.
Esteja sempre atento e continue cuidando dos custos de seu negócio. Avalie a possibilidade de se investir no assessoramento de Consultores qualificados. Este poderá ser o investimento de melhor retorno para seu negócio neste período de transição: A SOBREVIVÊNCIA.