Outplacement abre novas oportunidades para executivos
O desemprego no Brasil tem alcançado níveis cada vez maiores e, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice chegou a 9,5% no último trimestre encerrado em janeiro, número superior ao da Europa, que é de 8,9%. Dentro do total de profissionais sem trabalho ou que foram demitidos estão os executivos, que também sofrem com a crise econômica e buscam recolocação profissional.
A pesquisa mundial da Career Partners International, rede mundial de consultoria de carreira, mostra que 39% das organizações planejam demitir até 50 profissionais nos próximos 12 meses. O trabalho de Outplacement é uma das formas de manter a demissão mais humana e garantir que o executivo mantenha seu futuro de sucesso em outra companhia. O levantamento aponta ainda os fatores que as empresas consideram no momento de contratar o serviço de recolocação profissional: qualidade (69%), experiência (63%), reputação ou referências (59%), relação com o fornecedor (39%) e valor de mercado (32%).
Para o diretor-presidente da Lens & Minarelli, José Augusto Minarelli, o tempo de carreira nas empresas, antes longo, tem se tornado mais curto. “Hoje os executivos têm passado entre três e cinco anos em cada companhia. O desafio atual das organizações é a retenção de talentos, uma vez que o mercado está tão competitivo e atraente quando falamos de remuneração e benefícios”, observa.
O trabalho de transição de carreira diminui o peso da demissão, pois dá a oportunidade de o alto executivo continuar seu caminho profissional em uma trajetória de crescimento a partir das experiências conquistadas na antiga corporação. “O Outplacement oferece novas pontes e o colaborador percebe a assessoria de transição como novas oportunidades na vida e na profissão. Sem esse apoio, ele vai para o mercado e pode estender a sua busca pela recolocação, usando seus recursos de maneira errada, como o networking”, explica Minarelli.
No processo de busca pela recolocação com o Outplacement, é possível contar com a ajuda de coachs, obter contato com headhunters que vão colocá-lo a par das oportunidades disponíveis, além de ativar a rede de contatos para que as corporações saibam que há um profissional compatível com o que se busca.
“O apoio na transição de carreira diminui o tempo de procura pela recolocação de um ano para até nove meses”, afirma o especialista. “Em um momento em que não se pode ficar parado profissional e economicamente, otimizar o tempo é de grande valia para o colaborador”.
É verdade que as histórias de cada executivo são únicas e as situações variam para cada caso. No entanto, Minarelli explica que esse momento de busca de oportunidades é fundamental analisar emocional, financeira e mercadologicamente as oportunidades e a realidade profissional. “Neste período há tempo livre, expertise comportamental e profissional e apoio em finanças e investimentos. Com o Outplacement, ele terá todo o suporte para voltar ainda mais forte, preparado e organizado para o mercado de trabalho”, conclui.
Leia mais sobre o assunto no Mundo RH