Pós 59 dias de #covid19 : nada será como antes
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Pós 59 dias de #covid19 : nada será como antes

"...essa experiência nos faz redescobrir o poder simbólico do abraço"
Um garoto e uma garota correndo um para o outro para se abraçar
Com certeza muitos de nós desejamos ( e pós #covid19 ) poderemos receber !

Aproximadamente 4 meses que vivemos em #quaerentena no Brasil. Uma porção de dados e notícias se espalham através das telas, contando sobre contágios, curvas, novos casos, assintomáticos parece que não existe nada mais acontecendo em nosso redor!

De certa forma isso faz sentido: o próprio nome diz "pandemia" um estado global de alerta em virtude do #coronavirus nos coloca interligados, mas a maneira e condição como cada um tem encarado esse momneto, é única, pessoal : está ligada a forma como cada um tem lidado com a doença.

Entre tantas mensagens que recebi, existiu uma que se conectou muito com meu pensamento e me fez pensar e repensar muitas coisas , então sinto que vale a pena dividir também por aqui!

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Derio Olivero, 56 anos é Bispo na Diocese de Pinerolo, na Itália

Contraiu #covi19 , precisou ser entubado, em estado grave

Foram 59 das de internação para sua recuperação.

"Aqui é difícil, difícil, difícil. Uma batalha. Reze por mim!"

Ele conseguiu, se recuperou! E ao retornar, possuia um desejo imenso de compartilhar sobre essa vivência e os aprendizados com as pessoas.

AVISO: o mais importante é ler COM CORAÇÃO. A mensagem é do Padre Derio Oviero mas se aplica a qualquer coração, indenpendente de RELIGIÃO ou CRENÇA 

A seguir compartilho com vocês a carta que ele escreveu e leu em sua Igreja e que ressou por toda Itália através da TV, Jornal e toda internert.

Queridas amigas, queridos amigos,

Nestes dias teve um debate sobra as Missas: abrir ou esperar ainda? Na realidade, a vida de todos nos está dizendo em pensar a coisas mais urgentes: a dor de quem perdeu um familiar, nem sequer podendo-se despedir; a angústia de quem perdeu o trabalho e não consegue chegar à fim do mês; o peso de quem manteve fechada uma atividade por todo este tempo e não sabe como e se reabrir; os rapazes e os jovens que não puderam ter aulas regulares na escola; os pais que com esforço têm que cuidar dos filhos que ficam em casa o dia todo; o relançamento da economia com um empobrecimento geral...

Estas são questões que levo no coração e sobre as quais, como Igreja de Pinerolo, estamos tentando de fazer o possível. Nisto dedico a maioria das minhas poucas forças nestes dias, levando coração e mente.

A questão muito seria é: “Não é um parêntese!”. Eu gostaria que a epidemia acabasse amanhã na manhã e a crise econômica amanhã a noite. Mas não será assim.

De qualquer jeito este período de #pandemia e #crise não é um simples parêntese. Muitos pensam: “Este parêntese abriu-se no começo de março, fechar-se-á e voltaremos à sociedade e à Igreja de antes”. Não!!

É uma blasfémia, uma ingenuidade, uma loucura. Este tempo fala, nos fala. Este tempo grita. Nos sugere mudar. A sociedade que nos precede não era a “melhor entre as sociedades possíveis”. Lembram quantas “queixas” fazíamos até fevereiro?

Bem, é este o tempo para sonhar algo novo. Aquela era uma sociedade fundada no indivíduo. Todos estávamos convencidos em ser “pensáveis independentemente das nossas relações”.

Todos estávamos convencidos que as relações fossem uma decoração que faz a vida mais linda. Uma cereja sobre a torta, um bolo à fim da refeição. Neste isolamento acabamos percebendo que temos saudade das relações como do ar. Porque as relações são vitais, não secundarias. Nós somos as relações que construímos.

Isto significa redescobrir a “comunidade”. Os outros, a sociedade são uma sorte e nós somos uma parte viva deles. O meu povoado, o meu bairro, a minha cidade são a minha comunidade: são importantes como o ar que respiro e devo me sentir em participação. Acabamos de descobri-lo. Agora tentamos vive-lo.

Não é um parêntese, mas um nascimento. O nascimento de uma sociedade diferente. Não desperdiçamos esta ocasião! Uma sociedade que redescobre a comunidade de humanos, a essencialidade, o dom, a confiança recíproca, o respeito para a terra. Falei disso na minha carta episcopal “Gostaria de um café?”. Pode ser que podemos rele-la hoje como estímulo para sonhar e construir uma cidade nova.

Em segundo lugar me dirijo aos crentes. Não é suficiente voltar a celebrar para pensar ter resolvido tudo. “Não é um parêntese”. Não devemos voltar à Igreja de antes. Ou começamos mudar a Igreja nestes meses, ou ficará inalterada durante os próximos 20 anos.

"Por favor, escutemos com atenção o que nos sussurra este tempo e o que maravilhosamente" nos diz Papa Francisco. Lembram o que falávamos até a fim de fevereiro? Em casa reunião nos queixávamos que o povo não vai mais para a Missa, as crianças do catecismo não vão mais para a Missa, os jovens não vão mais para a Missa. Lembram?

E agora pensamos em resolver tudo celebrando novamente a Missa com o povo? Eu acredito na importância da Missa. Quando eu celebro “mergulho”, coloco o coração, renasço, me regenero. Sei que é “auge e fonte” da vida do crente. E sonho de 8 de março em poder ter a força para voltar presidir uma Eucaristia.

Mas de um jeito rigoroso e claro falo para vocês que não quero mais uma Igreja que se limite em dizer o que vocês devem fazer, o que devem crer ou o que devem celebrar, esquecendo o cuidado das relações no interior e no exterior.

Precisamos redescobrir a beleza das relações no interior, entre catequistas, animadores, colaboradores e praticantes. Precisamos criar na paroquia um lugar onde é lindo encontrar-se, onde se possa dizer: “Aqui se respira um clima de comunidade, que lindo encontrar-nos!”.

E no exterior, com aqueles que não praticam e comparecem algumas vezes para “perguntar se podemos celebrar uma Missa”, um baptismo ou um funeral.

Sonho cristãos que amem os que não praticam, os agnósticos, os ateus, os crentes de outras confissões e de outras religiões. Este é o verdadeiro cristão. Sonho cristãos que não se achem tais porque vão à Missa todos os domingos (coisa ótima), mas cristãos que saibam alimentar a própria espiritualidade com momentos de reflexão sobre o Evangelho, com momentos de silêncio, momentos de surpresa em frente da beleza das montanhas ou de uma flor, momentos de oração em família, um café oferecido com gentileza.

Não cristãos “devotos” (de um jeito individualista, intimista, abstrato, ideológico), mas crentes que acreditem em Deus para alimentar a própria vida e para conseguir acreditar na vida na boa e na má sorte.

Não comunidades fechadas, em si mesmas na organização delas, mas comunidades abertas, humildes, cheias de esperança; comunidades que contagiam com a própria paixão e confiança.

Não uma Igreja que vai na igreja, mas uma Igreja que vai a todos. Cheia de entusiasmo, paixão, esperança, afeição. Crentes assim retomarão a vontade de ir para a igreja. De ir à Missa, para se alimentar. Se não, continuar-se-á desperdiçar a comida nutritiva da Eucaristia.

Ai de quem desperdiça o pão do dia-a-dia (já o diziam os nossos avós). Ai de quem desperdiça a “comida” da Eucaristia. Só com esta fome poderemos redescobrir a sorte da Missa.

E só neste jeito redescobriremos a vontade de tornar-nos um presente para os outros, para a inteira sociedade dos humanos.

Boa viagem a todos. Juntos. Levo vocês no coração.

Mons. Derio Olivero, Obispo de Pinerolo (TO), Itália"

[ Versão traduzida em Português por Matteo Gervasi ]

Take a deep breathe - Respire fundo

Se você chegou até aqui, imagino que eu Tatti não precise acrescentar mais nada, certo?

Quero apenas sinalizar: se precisar conversar , pode chamar!

Não somos invencíveis e superpoderosos. É natural nos abatermos, sentindo falta de estar junto das pessoas que amamos, sem poder trabalhar como sempre e claro, sem saber o que será do futuro, que embora seja algo sempre incerto, não nos lembramos de viver uma situação onde todos mundilamente falando passam pelas mesmas dificuldades!

Abraços, Tatti ...

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