Panorama Global de Inovação e Inserção do Brasil
O Índice Global de Inovação (GII) 2015: “Políticas Eficazes de Inovação para o Desenvolvimento” é uma colaboração entre a Universidade de Cornell dos EUA, o INSEAD da França e o “World Intellectual Property Organization" (WIPO), e criou dentre vários gráficos, um bastante interessante onde podemos fazer uma análise comparativa para o Brasil. Há uma série de fórmulas que podem ser melhor entendidas no próprio site do Global Index Innovation. Veja:
Antes é importante notar o seguinte no que tange a estrutura do gráfico:
- Os códigos referentes a cada ponto, são as duas letras do sufixos de países da internet.
- O eixo X (PIB) está em escala natural logarítmica.
- O eixo Y é o próprio GII.
- O tamanho das bolhas se refere a população.
- Há três manchas agrupando países: Líderes, Cumpridores de Metas (Achievers) e Performance Baixa.
- Como demonstrado na legenda, há uma diferença de cores entre inovadores eficientes (brancos) e não eficientes (vermelho).
- Existe uma curva de tendência desenhada que significa uma divisão a grosso o modo dos países eficientes versus países ineficientes no que tange a inovação. Não é uma regra absoluta, porém há uma concentração de países eficientes em inovação acima desta curva.
Veja um zoom para a região do Brasil:
Poderíamos interpretar:
- O bloco da América Latina não se encontra muito bem posicionado, havendo vários países abaixo da curva, considerados ineficientes ou abaixo da performance esperada.
- O gráfico faz um balanceamento do Produto Interno Bruto, portanto o desenvolvimento econômico, em relação à quantidade de inovações, assim como a população. Por isso, o Brasil não se encontra também em um ponto favorável. Poderíamos estar melhor no quesito de inovações.
- O relatório analisa de maneira mais superficial a região, dizendo que a América Latina deveria trabalhar mais no esforço de inovação. No Brasil, em que pese termos excelentes empresas e pessoas inovadoras, não possuímos realmente um volume suficiente para gerar estes sinais de país inovador. São números como patentes, invenções, artigos acadêmicos, performance do 3o. Grau, etc. Naturalmente a comparação aqui é o volume de inovação esperado para a dimensão de nossa nação.
Assim, no que tange ao nosso país, as motivações que geram em volume menor de inovações, segundo vários analistas, estão concentrados em três problemas: questões econômicas ou financeiras, questões culturais e uma melhor articulação do tripé: setor privado, setor acadêmico e governo. Cabe acrescentar papel fundamental das universidades do país para modificar na raiz esta questão cultural e melhorar de maneira consistente este panorama, aprofundando seu papel na própria economia.
Fonte do gráfico: globalinnovationindex.org