PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DOS ORGÃOS COLEGIADOS – CONSELHO CONSULTIVO

PAPÉIS E RESPONSABILIDADES DOS ORGÃOS COLEGIADOS – CONSELHO CONSULTIVO


 Órgãos Colegiados são aqueles formados por uma representatividade diversa, onde há pessoas de diferentes talentos, de diferentes atuações e pensamentos distintos e que buscam tomar decisões como grupo, mirando um alvo, uma missão, uma responsabilidade. Estes órgãos também podem serem chamados de comitê, conselho, colégios, comissões e etc. Como matéria deste artigo falaremos a respeito especificamente do Conselho Consultivo.

 Um conselho consultivo normalmente é a forma como empresas familiares, ou algumas empresas entendem que devem assumir para continuar evoluindo em seu propósito, no crescimento, na geração de valor e no avanço da governança corporativa que se está fazendo, desta forma falaremos então como este conselho se relaciona, qual o seu papel e suas responsabilidades.

 O conselho consultivo uma vez instalado, por estatuto ou contrato pelas empresas fechadas, tem por papel sugestionar, aconselhar e não deliberar, como é o caso do conselho administrativo, o que for proposto e sugerido pelo conselho pode ser ou não acatado pela administração ou os donos e sócios dos negócios.

 Há um cenário amplo de atuação e uma expectativa sobre um conselho consultivo que se segue:

-Experiência e conhecimento especializado

-Visão Externa

-Aconselhamento em momentos críticos

-Orientação Estratégica

-Networking e Conexões

-Contribuir com a identificação de oportunidades e boas práticas de gestão

-Apoiar os sócios no estabelecimento de modelos de negócios e alcance de objetivos e metas

-Recomendar, com um olhar externo, ajustes na estrutura e nas operações.

-Orientar, de forma isenta, medidas que visem a redução de custos e despesas

-Apoiar os sócios na tomada de decisões estratégicas apresentando alternativas

 Uma vez alinhada as expectativas este conselho deve CUIDAR, OBEDECER E SER LEAL em sua atuação.

Ao CUIDAR, o conselho deve conhecer e zelar pelo regimento interno, deve conhecer as práticas atuais deve buscar saber o máximo possível sobre o negócio, caso a empresa não tenha regimento interno é necessário cria-lo. É importante participar e se organizar ativamente para as reuniões, ler o material e pauta da reunião, manter-se em comunicação com o corpo diretivo, sócios e outros membros do conselho, fazer follow-up dos pontos discutidos, ser transparente,  ou seja, acompanhar o que foi estabelecido e se as coisas estão evoluindo e apoiar as iniciativas de comitês. Ele deve cumprir os contratos e seguir o desenvolvimento das pautas de governança de forma que a empresa cresça de forma estratégica.

 O OBEDECER, tem haver em cumprir as normas e diretrizes de uma organização, ter conhecimento da empresa em que se está aconselhando, documentos como balanço, estatutos, código de cultura, acordos societários são formas para estabelecer e alinhar as boas normas de governança e cada conselheiro é responsável em seguir legalmente com as melhores práticas e análises para aplicação.

A LEALDADE está em conhecer e viver missão, visão, valores e também o propósito dessa organização, para que possa avançar com as boas práticas de governança, será leal uma vez que consegue avançar entendendo qual é o “dna” da corporação ao qual está inserido.

Entendendo os pontos acimas como atuação de um conselho, podemos crer que este conselho vai trabalhar para estratégia da empresa, compliance, governança e prestação de contas da mesma e formar este conselho exige-se também algumas características ou soft skills do conselheiro que fará parte deste conselho, podemos salientar:

 Controle de emoções, Pensamento criativo, Colaboração, Comunicação eficiente, Escuta ativa, Escuta empática, Gerenciamento do tempo, Positividade, Capacidade de planejamento, aliado a estes pontos é importante ter habilidade social e muito “jogo de cintura” em sua atuação.

 Um conselho pensado e bem estruturado com conselheiros maduros e responsáveis por um propósito maior, ético e na busca de uma evolução contínua, mostra que várias cabeças pensantes pode se tornar uma expressão mais colaborativa de avanço para uma empresa, pode-se perceber que nas muitas ideias encontra-se um melhor caminho ou a expertise sobre determinados assuntos, deixando mais leve a decisão que antes era individual, isso faz com que a aplicabilidade de conceitos e ações possam caminhar de forma mais certeira, por conta dos ponto e contrapontos levantados e analisados.

 Em resumo, um conselho consultivo quando bem estabelecido, diverso e buscando conscientemente o melhor para a corporação fará com que ela caminhe organizada e com planejamento estratégico definido, parafraseando a bíblia diz-se que é na multidão de conhecedores que reside a sabedoria, que esta busca possa de fato alcançar o propósito especifico de cada corporação.


Board Academy Br

Baseado na aula de Sara Velloso

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Thiarlei Macedo

Diretor de Tecnologia | Executivo C-Level | Conselheiro Consultivo | Especialista em Engenharia de Software, Inteligência Artificial e Startups | Professor Universitário | Palestrante

4 m

🚀

Carlos Alberto Aquino Pinheiro Jr

COO | Board Member | Founder Startup | Diretor de Operação | Consultor Empresarial | Conselheiro

4 m

É isso aí! Reflete 100% o que estudamos. Show

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