Papo com a Pipo: uma curadoria sobre gente, gestão e futuro | #22
B3 lança o primeiro índice latino-americano de diversidade nas empresas
A B3, bolsa de São Paulo, lançou nesta semana o primeiro índice de diversidade nas empresas, com foco em raça e gênero. O projeto tem como objetivo reconhecer empresas que estão fazendo um bom trabalho de diversidade e estimular a entrada de mulheres, pessoas pretas, pardas e indígenas nas companhias.
Esse índice também deve ter papel importante na decisão de investidores, uma vez que leva em consideração os dados da CVM, Comissão de Valores Imobiliários, para a seleção num cenário em que critérios de ESG tem peso cada vez maior na escolha de aporte.
Além disso, outras exigências do score de diversidade que estimulam mudanças passam por ter, pelo menos, uma mulher ou uma pessoa negra no conselho administrativo e ter um quadro de pessoas colaboradoras que retrate a realidade brasileira.
“A população tem 51% de mulheres, então é esperado que a empresa também tenha 51% de seu quadro composto por funcionárias. Se ela tiver só 10%, não ficará tão bem avaliada”, explica Henio Scheidt, gerente de índices.
Apoio em saúde mental e o tabu que permanece sobre o tema
Saúde mental, para muitas pessoas, é um assunto delicado. Dentro do mundo corporativo esse tabu é ainda maior.
Segundo pesquisa realizada pela Ticket, cerca de 58% dos brasileiros nunca contaram com nenhum tipo de apoio psicológico ou psiquiátrico. Dentre as principais razões, 18% das pessoas alegaram medo de sofrer preconceito no ambiente de trabalho e outras 18% entendem a necessidade mas não têm oferta do benefício pela empresa.
Cerca de 55% das empresas ainda não oferecem nenhum benefício relacionado à saúde mental, segundo a mesma pesquisa. Estes dados são um alerta para as empresas e os times de gestão de pessoas repensarem a oferta de benefícios para aumentar o cuidado da saúde mental das pessoas colaboradoras.
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Grumpy staying: como está a satisfação das pessoas colaboradoras?
Primeiro o quiet quitting, agora outro termo começa a ganhar espaço no mundo da gestão de pessoas e deve se popularizar no Brasil em breve.
O grumpy staying diz sobre a permanência de pessoas colaboradoras no emprego, mesmo que descontentes e contrariadas.
Um estudo realizado pela Robert Half aponta que 91% das pessoas colaboradoras já permaneceram em um emprego mesmo se sentindo insatisfeitas. Das principais razões apontadas, 42% dizem não encontrar novas oportunidades, 21% se sentem inseguras com o futuro do mercado e 19% optam pela estabilidade no emprego.
“Essas ondas representam uma resposta dos profissionais a anos intensos de trabalho em meio a um contexto de forte desgaste psicológico", afirma Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half.
Líderes se arrependem da decisão de retorno precipitado ao trabalho presencial
O retorno ao trabalho presencial tem sido pauta dos últimos meses e tem dividido opiniões.
A Envoy liberou uma nova pesquisa que ouviu 1000 líderes de empresas nos que voltaram ao modelo de trabalho presencial logo após a flexibilização da pandemia e o resultado mostra que 80% deles se arrependem da decisão.
O artigo aponta a resistência dos colaboradores no retorno, altos custos de espaço e o aumento na rotatividade de talentos como motores do arrependimento.
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Especialista em Gestão de Processos e Projetos | Inovação em Saúde e IA | Melhoria Contínua com Metodologias Ágeis
1 aSuper interessante, o lançamento do primeiro índice de diversidade nas empresas pela B3 é um passo significativo para reconhecer e estimular a diversidade de gênero e raça no ambiente corporativo, além de influenciar as decisões de investidores em um cenário onde critérios ESG ganham importância.