PARA ONDE CAMINHA A INFÂNCIA?

Quando penso na minha infância, recordo bons momentos, ternos abraços, colos quentinhos, histórias mágicas, músicas encantadas, a casa da avó, os cheiros, muitos momentos bons, envoltos de afetos, com espaços e tempos, para viajar pelo mundo da fantasia. Quando penso na infância, nos dia de hoje e tento comparar o imcompraável , deparo-me com a impossibilidade de o conseguir… Depois de um exercício complexo e um pouco nostálgico, constato que as diferenças são “Super-Mega-Hiper”, especialmente nas necessidades e oportunidades atuais. Grandes mudanças!

Como todos nós já ouvimos muitas vezes, mudam-se os tempos… e eu acrescento, mudam-se as prioridades… Ser criança hoje é muito para além de simplesmente, SER criança. Inverteram-se os papéis, partilham-se decisões, dá-se à criança o que pede, na esperança de que seja mais feliz…, alimenta-se o materialismo, por vezes desmerecendo-se os afetos, trocam-se bons e únicos momentos, por tecnologia, na ânsia de se conseguir abrandar a inquietude própria da infância. Sem dúvida alguma, mudaram-se os tempos, mudaram-se as prioridades!

É indicutível que assitimos a uma metamorfose no ato de educar e como adultos atentos, devemos estar conscientes, que somos os principais agentes da mudança, assumindo as nossas opções e responsabilidades.

Contra fatos, não há argumentos: Há cada vez mais crianças, com um desenvolvimento acima da média, em determinadas àreas, noutras porém, extremamente dependentes do adulto, ansiosas, com baixa auto-estima, pouco tolerantes à frustração e extremamente competitivas. Alguém me sabe dizer, para onde caminha a infância?

Quantos pais me confidenciam, não saber o que fazer…ou que acabam por ceder, por falta de paciência, tempo,… Por vezes custa-me a acreditar na posição frágil em que se colocam, deixando-se duvidar das suas competências, culpabilizando-se do limbo em que vivem, por ter feito algo ou, simplesmente, por nada fazer. Vivem um reboliço constante, entre o que querem e o que fazem… ansiosos que os filhos cresçam e que tudo passe rápido.

Não sou mais a favor disto ou daquilo, apenas considero que cada criança é uma criança e cabe ao adulto, conhecê-la, receber e interpretar devidamente os sinais, identificar o que precisa e dar cumprimento à sua grandiosa missão de educar.

Como sonhadora que sou, acredito que é possivel a mudança de paradigma, o regresso às origens, a existência de tempos de qualidade com a criança, para que tenhamos crianças e pais felizes. E que todos possam relembrar a infância com prazer e identificá-la como os alicerces da sua vida!

“A educação é aquilo que resta, depois de se ter esquecido o que se aprendeu na escola”

(Albert Einstein)

joaquim martinsduqque

professor na Colegio Marista Champagnat Salamanca

8 a

Amiga sorrrrrridente desejo-lhe um ano de 2017 com muitos sucessos na alegria .Bjs.

joaquim martinsduqque

professor na Colegio Marista Champagnat Salamanca

8 a

Boa referência à situação atual. Parabéns ! Precisamos dar referências e continuar a lutar,mesmo que sejam gotinhas no meio do oceano.

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