Paris 2024. Mulheres além da Torre Eiffel

Paris 2024. Mulheres além da Torre Eiffel

Quando pensamos em Paris, a icônica Torre Eiffel é uma das primeiras imagens que vem à mente. No entanto, a Cidade Luz tem sido moldada e embelezada por inúmeras, centenas de mulheres extraordinárias que, através de suas vidas e realizações, deixaram marcas indeléveis na história e cultura da cidade e para o mundo.

Que as Olimpíadas de Paris 2024 são um espetáculo de talento, dedicação e superação, isso já sabemos, afinal, essa é a verdadeira essência desta competição, entretanto, Paris apresenta ao mundo uma segunda revolução: as das mulheres.

Este artigo destaca a importância das atletas femininas nas Olimpíadas de Paris 2024, com um foco especial nas brasileiras, que mesmo com tantos desafios, seguem firmes.

Ao lembrar as grandes mulheres que ajudaram a construir a história - nem sempre feliz – da França, não poderia deixar de lado a camponesa francesa que liderou tropas contra os ingleses durante a famosa a Guerra dos Cem Anos (1337-1453).

Joana d’Arc alegava ter visões e ouvir vozes que falavam para ela ingressar na luta contra os ingleses. Após conquistar importantes vitórias para a França, foi capturada por aliados dos ingleses, levada a julgamento e condenada à morte na fogueira por bruxaria.

Quantas “Joanas” continuam sendo queimadas pela fogueira até os dias atuais?        

De Marie Curie, uma das cientistas mais renomadas do mundo, primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel e a única pessoa a ganhar o Nobel em duas áreas científicas diferentes (Física e Química), passando pela "pequena pardal" de Paris, a cantora Edith Piaf, até  Simone Veil, uma sobrevivente do Holocausto, as mulheres francesas inspiram mulheres pelo mundo em todas as áreas.

Historicamente, as mulheres têm lutado por igualdade e no esporte não foi diferente, as Olimpíadas têm sido uma plataforma crucial para essa batalha. Desde a introdução de eventos femininos nos Jogos Olímpicos de 1900, o número e a diversidade das competições femininas têm crescido significativamente.

As Olimpíadas de 2024 continuarão essa tendência, com uma representação quase igual de atletas homens e mulheres.

As Olimpíadas de Paris 2024 serão um marco importante para as mulheres no esporte. Serão várias as modalidades em que as atletas femininas estarão competindo, desde esportes tradicionais como atletismo, natação e ginástica, até novos esportes como skate e surfe.

O aumento da visibilidade e do apoio às mulheres no esporte tem levado a um crescimento notável no número de competidoras e na qualidade das competições femininas e em matéria de competição, as brasileiras seguem enfrentando desafios, mas mostrando ao mundo a força que carregam e a determinação que as motiva.

Irei destacar duas meninas e em nome delas homenagear as demais atletas brasileiras com esse artigo.        

Aos 13 anos de idade ela revelou ao mundo que fadas existem, mais que isso, que precisam mais do que voar se quiserem serem vistas e reconhecidas. Foi assim que Rayssa Leal, a "Fadinha do Skate", conquistou corações e uma medalha de prata em Tóquio 2020.

Rayssa Leal, volta para Paris 2024 com mais experiência e a mesma paixão pelo skate. Rayssa é um exemplo de como o esporte pode ser uma ferramenta de empoderamento para as jovens, quebrando barreiras e estereótipos de gênero. E por falar em estereótipos, Rebeca Andrade é mais um dos exemplos de que atletas olímpicos são difíceis de forjar, ainda mais no Brasil, que carregam “medalha de ouro” em falta de investimento no esporte.  

Rebeca Andrade, uma jovem negra, filha de periferia que foi criada sozinha pela mãe bem que poderia ter como sobrenome, em vez de Andrade, a palavra superação.        

Não podemos esquecer que Rebeca teve como maior inspiração outra menina negra. Daiane dos Santos, a primeira ginasta brasileira a ganhar uma medalha de ouro num campeonato mundial de ginástica artística, mostrou ao mundo que mulheres são mais fortes quando encontram apoio e espaço.

A presença e o sucesso das mulheres brasileiras nas Olimpíadas têm um impacto profundo não apenas no esporte, mas também na sociedade.        

Elas são modelos para jovens meninas, mostrando que com talento, trabalho duro e determinação, qualquer coisa é possível. Além disso, suas conquistas ajudam a promover a igualdade de gênero no esporte, incentivando mais investimentos e apoio às atletas femininas, mais que isso, que unindo forças contra o racismo e a discriminação, as mulheres devem e precisam mudar o mundo, e assim eliminar o machismo e seu crescimento.

É preciso vencer o medo, a discriminação, o racismo, a violência contra as mulheres. É preciso mais que medalhas.

As atletas brasileiras, de todas as modalidades, com suas histórias inspiradoras e habilidades excepcionais, estão prontas para fazer história mais uma vez, pois as “olimpíadas do dia a dia” seguem após Paris 2024.

5 meninas que representam 104,5 milhões de mulheres  mulheres brasileiras. 

O Brasil tem atualmente 6 milhões de mulheres a mais do que homens, segundo dados do Censo Demográfico 2022 .        

 Storni Jr – Jornalista DRT 2.105/Pa

(Goiano de nascimento, paraense de coração e Nordestino, Cearense por devoção)

Storni Júnior , você se supera a cada artigo! Este é mais brilhante ainda. Como se fosse possível. Um brado de liberdade em favor das valentes e merecedoras mulheres. O reconhecimento, por um homem, da bravura de nossas guerreiras. Este artigo brilhante deveria ir para algum jornal de grande circulação, para todos repensarem seus (pre)conceitos! Não posso falar mais nada: o texto fala por si! Parabéns e obrigado por isto!

Fátima MELO

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7 m

Storni Júnior COMO VOCÊ DESCREVE TUDO TÃO APAIXONADAMENTE E REAL! O MEU OLHAR PERPASSA POR CADA LINHA ESCRITA E DESCRITA , TÃO MARAVILHOSAMENTE.... HOMENAGEANDO , CADA GINASTA E ORGULHO PRA NÓS , MULHERES BRASILEIRAS NA LUTA DIÁRIA. SE ME PERMITE, GOSTARIA DE CITAR SIMONE BEAUVOIR! ABRAÇO E OBRIGADA👏🏼🌹

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