As pedras 🪨 no caminho dos negócios de valor

As pedras 🪨 no caminho dos negócios de valor

No Hacktown, durante o painel "E se fosse possível brotar (e não criar) negócios de valor", perguntamos para os participantes o que pega na hora de fazer brotar aquele sonho que deixa nosso coração quentinho... Esta Marginália #04 traz os resultados da pesquisa feita com eles, e caminhos que podem fazer diferença para um negócio ou carreira de valor vir ao mundo. Vem comigo?

☕ CHEGANÇA

De volta à vida cotidiana depois da intensidade de Hacktown, chego nesta Marginália ressoando um dos livros que fez parte da minha transição de carreira: A sorte segue a coragem!, do Mario Sergio Cortella .

Um motivo deste livro estar vivo é porque esta edição, de certa forma, vai falar sobre o MEDO. Medos que se tornam pedras no caminho de pessoas que buscam, com suas carreiras e seus negócios, serem agentes de mudança do estado atual das coisas para outro melhor - entendendo que melhor significa cuidar do bem estar das pessoas, do bem comum e cuidar do planeta.

Se vou falar do medo, por contraponto, também vou tratar da CORAGEM... e aí novamente o link com Cortella. Mas não só sobre coragem, mas também contando um pouco de instrumentos para tirar essas pedras do caminho (ou, de repente, encontrar uma rota alternativa) para oferecer seu valor no mundo mantendo o equilíbrio entre segurança e significado.

Tudo isso, e mais algumas coisinhas, é o que você vai encontrar logo depois do Guia de Navegação.

Vamos navegar? ⛵

NAVEGANDO PELA MARGINÁLIA

☕ CHEGANÇA: o meu olá e o tema da edição
🧠⛈️ TURBULÊNCIA: análises, reflexões e aprendizados
🗺️ MAPA: curadoria de conteúdos que acho que merecem a sua atenção 
📖✒️ MARGINÁLIAS: insights e sementes de turbulências maiores que ainda vou explorar
🗓️ AGENDA: eventos que participo ou que considero relevantes para você        

🧠⛈️ TURBULÊNCIAS

A sorte segue a coragem?

Na capa do livro do Cortella, não se trata de uma dúvida: é uma afirmação, com direito a exclamação (!!!).


A imagem mostra um livro intitulado "A Sorte Segue a Coragem!" de Mario Sergio Cortella. A capa apresenta um fundo escuro com listras coloridas em vermelho, branco e laranja. O título está destacado em texto branco, enquanto o subtítulo é exibido em texto menor "oportunidades, competências e tempos de vida". O livro parece estar descansando sobre um teclado de laptop, com algumas notas adesivas coloridas visíveis ao fundo.
Meu exemplar, cheio das marginálias...

Esse livro fechou um ciclo de transformação pessoal que culminou na minha transição de carreira.

Sincronicidade ou mero acaso, nesse processo, sempre que eu tinha uma pergunta muito forte, o Cortella lançava um livro cujo título ia direto na dor: Porque estamos fazendo o que estamos fazendo veio em um momento em que eu questionava exatamente isso; Viver em paz para morrer em paz surgiu no auge do burnout, quando eu dizia abertamente que não queria ser feliz, só queria ter paz.

E este A sorte segue a coragem! apareceu na semana em que eu entrei em um plano de demissão voluntária para sair da Prodesp. E, te garanto, não é fácil abrir mão de um emprego em que você tem estabilidade por lei (mesmo CLT, eu era concursada) para cair no desconhecido. É preciso ter confiança para dar esse passo.

Depois de tanto tempo (isso foi lá em 2018), nos últimos dias notei que, volta e meia, meu pensamento retornava ao livro. O motivo? Acho que são vários.

Um, porque o título me conecta com a satisfação de cultivar o sucesso. Sucesso que, para quem só observa a o verniz público do empreender e do pós transição de carreira - os posts, participações em eventos, reconhecimentos - acaba sendo tachado de "sorte", ignorando que, ainda com pitadas dela, esse resultado é fruto de um bocado de esforço, ousadia e coragem.

Outro motivo está no fato de que tenho escolhido o caminho do desconforto. Sim, desde que optei por sair daquele trabalho seguro, me afastei intencionalmente das zonas de conforto. Afinal, se atuo para mudar o status quo, como posso permanecer agindo sob suas regras? Não faz nenhum sentido. E por isso busco caminhos fora do óbvio, com posicionamentos vistos como anticonvencionais, de acordo com os valores e visão de mundo que estruturei ao longo dos últimos anos.

Só que, mesmo intencional, estar fora da zona de conforto cobra um preço: a insegurança está lá, e é preciso entendê-la e acolhê-la. Tem dias que é cansativo, tem dias que o corpo reclama, o coração bate mais rápido e forte. E ir avante, apesar desses efeitos, exige coragem.

(E faz toda a diferença saber que as relações em grupos e comunidades se tramaram em uma rede de segurança ao longo do tempo, e nela confio para me jogar em certas ousadias).

Outra turbulência ligada ao resgate do livro foi reforçar o óbvio: quando se começa a ocupar o centro de atenções - seja como palestrante em eventos como o Hacktown, seja liderando projetos e times, a "culpada" não foi a sorte.

Para mim esse é um dos pontos essenciais abordados por Cortella: enquanto o acaso pode realmente te brindar com oportunidades inesperadas, sorte é resultado de uma construção consistente de razão de ser, design coerente de entrega de valor, fortalecimento de relações com foco no ganha-ganha-ganha.

E uma boa dose coragem!


Pedras 🪨, abismos, fé e coragem

Coragem foi a palavra-chave que me ocorreu quando puxei as respostas dos 30 participantes do painel E se fosse possível brotar (e não criar) negócios de valor?, no Hacktown. Uma das dinâmicas do painel era identificar os obstáculos que impedem o brotamento da carreira ou negócio de valor.

Como em tudo que fazemos na Caleidoscópio, o preenchimento do questionário era um convite e cada pessoa só podia responder uma pedra em cada uma das quatro fases.

A seguir, compartilho como você essas pedras 🪨🪨 e quais as ferramentas que a gente oferece para liberar o caminho. ⚒️🛠️.

Para essa newsletter não virar livro, vou abordar apenas os dois principais pedregulhos de cada fase de brotamento. Os demais abordaremos – eu, Simone Catalan , Daisy Klein , Alberto Martins e o perfil da Plataforma Caleidoscópio – em posts aqui e nas redes vizinhas.


As pedras🪨 no caminho dos negócios de valor

A imagem apresenta uma apresentação de dados em um formato visual, provavelmente de uma ferramenta de interação como o Mentimeter. Ela contém uma pergunta no topo: "Na hora do sonho brotar... o que pega?" seguida de cinco círculos azuis, cada um representando uma resposta ou ideia. 

As porcentagens ao lado de cada círculo indicam a frequência ou a importância atribuída a cada resposta. As opções listadas incluem:

1. Conhecer meus valores essenciais (9%)
2. Conduzir ações de acordo com os valores (16%)
3. Preservar me de ações que discordo (16%)
4. Reconhecer as ferramentas e habilidades que já tenho (39%)
5. Olhar para o presente e definir o futuro (20%)
As pedras ligadas à essência ou capital cultural (na visão da Fluxonomia 4D)


🪨Olhar para o presente e confiar no futuro

O pedregulho principal daquele grupo do Hacktown, com 35% das respostas. E faz todo o sentido: basta olhar as manchetes e os posts e ter medo.

⚒️🛠️: Dentro da comunidade Caleidoscópio, desenvolvemos experiências e oportunidades para ampliar o campo de percepção do presente e para nutrir os membros com outras possibilidades de viabilizar futuros.

No BROTA!, a mentoria de brotamento de negócios e carreiras da Caleidoscópio, vamos além: em coletivo, analisamos relatórios de tendências, investigamos possibilidades de novos caminhos para aprender a confiar que dá sim, para seguir outros caminhos e ser parte da regeneração dos indivíduos, das relações, dos negócios e do planeta.


🪨Reconhecer as ferramentas e habilidades que já tenho

Essa é a pedra no caminho de 23% das pessoas que estiveram com a gente no Hacktown. Para mim, tem tudo a ver com a forma como fomos ensinados a só tratar de lacunas, pontos fracos e insuficiências, acreditando que o que temos disponível não vale nada. Mas não é bem assim...

⚒️🛠️: Uma parte da regeneração já acontece nesse momento, reconectando as pessoas a capacidade de apreciação.

As pessoas estão tão condicionadas a olhar as faltas que não conseguem valorizar suas preciosidades. Ainda pior: com habilidades e recursos que foram desqualificados ao longo da vida, nem se pensa em COMO eles podem estar presentes dentro de um design de carreira e negócio.

Tanto na comunidade quanto no BROTA!, a cultura apreciativa é um valor que preservamos e estimulamos no coletivo. Nas palpitarias e rodas apreciativas, as pessoas vão além de um mapeamento de recursos. Elas se nutrem de amorosidade e confiança em si mesmas e na sua rede, se fortalecendo para poder sustentar o processo de brotamento.


Mais detalhes sobre o BROTA! e a Comunidade Caleidoscópio na 🗓️ AGENDA.         
A imagem mostra uma apresentação de dados em uma ferramenta chamada Mentimeter. No topo, há a pergunta: "Na hora do sonho brotar... o que pega? (2)". Abaixo, estão dispostas várias bolhas azuis, cada uma representando uma resposta ou ideia, acompanhadas de porcentagens que indicam a frequência ou importância de cada uma.

As opções apresentadas são:

1. Conhecer iniciativas já existentes no cenário externo a mim (15%)
2. Reconhecer meus comportamentos para construir com apoio deles (4%)
3. Conectar meu interno com externo de forma legítima (33%)
4. Identificar minha persona e cliente ideal (8%)
5. Descrever claramente a transformação que quero gerar (40%)
As pedras ligadas à Coerência, quando estruturamos um negócio que é sentido e faz sentido

🪨Descrever claramente a transformação que quero gerar

Um senhor pedregulho, com 33% das escolhas. Vejo que há vários motivos para descrever a transformação ser um BO. Um deles é a própria falta de clareza interna, já que essa é uma fase em que transferimos o modelo da imaginação para algo concreto. E, vamos combinar, nunca é a mesma coisa. Mas esse movimento costuma ser, para muitas pessoas, desconfortável.

Outro ponto é que negócios de valor são motivados por paixão, e apaixonados (nos negócios) tendem a ser especialistas e sofrem para sintetizar o conceito para algo mais simples e "entendível" pelo público. Por fim, é possível que o própio design do modelo de negócio precise ser revisto, para ser simplificado sem comprometer a viabilidade financeira, a gestão e mantendo viva a proposta de valor.

⚒️🛠️: Melhorar esse aspecto passa tanto pela revisão do modelo de negócio quanto por apresentá-lo continuamente para várias pessoas. É ainda melhor quando está acompanhado por mentores especialistas e com visão sistêmica, como ocorre no BROTA!, e conta com um espaço seguro de expressão e validação, em que exista uma cultura apreciativa. Na Caleidoscópio, cuidamos para que seja assim tanto no BROTA! quanto na comunidade.


🪨Conectar o cenário interno com o externo de forma legítima

Esse mexe com 30% das pessoas que estiveram conosco no Hacktown. E, na minha visão, se conecta com as mesmas causas da clareza da transformação. Aqui ainda acho que entra outro ponto: falta repertório do cenário externo para além dos cenários distópicos que são anunciados.

Sim, há problemas, mas também há caminhos. E sem expandir a visão e aprender a confiar, a conexão do sonho com a viabilidade dele no ambiente externo se desmonta. E bate um medo enorme de seguir em frente e não conseguir se sustentar.

⚒️🛠️: É super importante aprender a desenvolver repertório apreciativo, e ampliar o campo de visão para outros elementos. Além disso, ter clareza de onde sua ação vai impactar também ajuda muito. Na Caleidoscópio, trazemos uma biblioteca de artigos, estudos e acompanhamos continuamente diferentes relatórios de futuros e tendências para saber para onde estamos andando. Também mapeamos, em comunidade, iniciativas que atuam pelas quatro regenerações para nutrir cristais (os membros da comunidade) e brotos (os mentorados do BROTA!) com exemplos que estão fazendo a diferença.

Para o BROTA!, também desenvolvemos uma ferramenta exclusiva da Caleidoscópio, a Mandala do Cuidar, que une Fluxonomia 4D, Economia Donut, Economia Circular, ODS e IDGs em uma visão sistêmica que promove uma reflexão sobre a proposta de valor em três camadas: a dos aspectos internos do empreendedor, a dos aspectos do público que vai receber esse valor, e qual causa esse negócio cuida.


As pedras da Conexão, fase que trata de comunicar e relacionar no coletivo


🪨Saber como me posicionar em redes sociais

🪨Conectar-me de forma saudável com o externo

Aqui deu empate: as duas pedras tiveram 26% da preferência (ou seria resistência?🤔). As duas bebem na mesma fonte: as demandas de comunicação do século 21, que foram exponencializadas junto com a velocidade e volume de canais, e com crenças a respeito da melhor forma de se comunicar, já que "tem que" fazer um zilhão de posts, gravar vídeos, fazer dancinhas e os demais mandamentos do marketing digital que força a mão para gerar consumo.

Eu fiz essa adição sobre consumo porque ela é um senão importante para quem busca negócios de valor: os mecanismos do marketing digital, dependendo da abordagem (e gurus seguem fórmulas cheias de "tem que", fica a dica) foram idealizados para gerar desejo de consumo, e muitas vezes um consumo desnecessário. E isso costuma provocar uma desconexão e sofrimento em quem quer entregar valor.

Antes que me critiquem, sim, eu acho que é preciso vender. Eu acho inclusive que lucro é legítimo e pode estar presente em transações ganha-ganha-ganha. Então não se trata de excesso de idealismo ou de renegar os instrumentos. Vejo, no entanto, que esse perfil de empreendedor ou profissional que busca tornar seu negócio ou trabalho em ferramentas para melhorar o bem estar dos indivíduos, cuidar do bem comum e do planeta, muitas vezes trava porque acaba usando abordagens incoerentes com sua visão de mundo. E fica uma dúvida sobre como se expressar e, mais ainda, como fazê-lo de forma saudável.

⚒️🛠️: Para mim, liberar o caminho dessas pedras começa com duas perguntas que estão presentes em todas as minhas mentorias: "Qual a sua intenção?" e "Qual a sua medida de sucesso?". Esse é o primeiro passo para ter uma relação saudável com o externo, modulando sua comunicação para gerar os resultados que você intencionou. O caminho do "tem que" em geral é tóxico para a maioria das pessoas (tanto por volume de produção, quanto por desconexão com valores internos, entre outras causas).

Também costuma-se modular o plano de comunicação sem considerar outras alternativas além das redes sociais. Elas são muito importantes, mas não são o único recurso. E existem outros instrumentos de comunicação – PR, redes, eventos, apoios, etc – que podem ser usados com muito mais vantagem para alguns casos. Hoje, espera-se que todos sejam influenciadores seguindo uma receita de vídeo, post, títulos. E a IA ajudou a pasteurizar ainda mais.

Para mim, o certo é achar a sua receita usando todos meios disponíveis para isso. E definir bem a medida de sucesso. Também vejo, com alguma frequência, que a intenção fica incoerente com as métricas, e é preciso ajustar.

Esses conceitos estão na etapa Conexão do BROTA!, onde trabalhamos ainda conceitos de primal branding, humanização de marca, construção de um manifesto. E eu vou manter um grupo de estudos contínuo dedicado à comunicação na Comunidade Caleidoscópio, que atende a comunidade e também brotinhos (todos os participantes do BROTA! ganham acesso à comunidade por 4 meses para continuar lá o seu brotamento). Entre os temas para começar estão o manifesto e o livro "Marketing do Futuro", do Silvio Meira e Rosário Pompéia (fiz a primeira turma do curso deles), com foco nos pilares de comunidade e ecossistema.


Três pedregulhos dominam a fase da Coragem


🪨Fazer um protótipo inicial do produto / serviço

🪨Saber quais indicadores acompanhar para crescer

🪨 Colocar preço para vender essa entrega


Aqui o empate foi triplo, 23%, em pedras de características bem diferentes. Em comum, elas estão no campo do que chamamos, no BROTA!, da fase da Coragem. Porque são momentos em que o negócio começa a ficar concreto e, além dos desafios práticos, mexem com questões internas. E é preciso, sim, coragem para encarar esses pedregulhos. Mas não precisa ser solitário.

⚒️🛠️: Na Caleidoscópio, temos a confiança e o cuidado com valores essenciais. E a coragem se manifesta com mais vigor no coletivo, com uma rede de apoio tecida para apoiar esse movimento. Enquanto nós, mentores, acompanhamos os processo técnico de criar e rodar o protótipo, definir indicadores e preço de acordo com o design definido na fase de Coerência, o grupo de brotinhos e a comunidade são a rede que sustenta esse processo no tempo.



Já se vão mais de seis anos desde que iniciei meu processo de transição para viver trazendo meios para transformar o mundo para um ambiente em que bem comum seja valorizado, a coragem foi (e continua sendo) muito necessária.

Mas nunca foi tão forte como no dia em que assinei o contrato de demissão voluntária da Prodesp. Foi um misto de euforia com medo, um frio na barriga frente ao desconhecido misturado com a certeza duvidosa de ser a coisa certa a fazer.

Para mim, foi quase como me jogar em um precipício na esperança de que o caminho seguro estaria lá, mesmo sem saber ao certo qual era. Um salto de fé.

Tipo o Indiana Jones...


E você, já viveu dúvidas e deu saltos de fé?


🗺️ MAPA

Vale a leitura do artigo da Bruna Gomes Mascarenhas sobre rotatividade de funcionários. O link para o artigo está nos comentários.


Na área de impacto, é um hábito que as corps cheguem nas comunidades com as respostas prontas. Porém, temos visto que as comunidades têm uma sabedoria que se mostra cada vez mais necessária nas organizações. A Simone Catalan , que tenho a honra de ter como amiga e parceira na Plataforma Caleidoscópio (sem contar a inspiração de vida), fala dessa relação neste artigo.


📖✒️ MARGINÁLIAS

Como não poderia deixar de ser, uma citação de Mario Sergio Cortela em A sorte segue a coragem! (pp 111-112):

Toda organização, toda comunidade tem um estoque de conhecimento que está diluído entre as pessoas. É um reservatório rico de capacidades que não estão acumuladas em um único indivíduo. Uma das maiores oportunidades que eu posso encontrar para crescer e aumentar minha habilidade está em outra pessoa. Como nenhum ou nenhuma de nós sabe das coisas e tampouco é incapaz de saber alguma coisa, aquilo que o outro sabe e eu não sei complementa a minha capacidade. Nessse sentido, minha aproximação com ele tem de ser de humildade. Como dizia Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido: "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo"

Acho que essa passagem ressalta muitas das minhas crenças no valor das comunidades para as respostas que precisamos neste século 21 - e entendo comunidades como espaços de construção e experimentação que permite que a evolução do individuo e do coletivo.

É uma crença que está presente em muitas arquiteturas de conversas, na própria formulação da Comunidade Caleidoscópio e do BROTA!.

🗓️ AGENDA

21/08

Dia cheio, com duas lives:

  • Conversas Plurais, às 12h30 depois de Hacktown (onde eu e o Klyns Bagatini estivemos) e Rio Innovation Week (participação do Adrian Tsallis ). Acompanhe no nosso YouTube para saber o que vimos e aprendemos por lá!


  • Live às 19h com o Messias Fernandes , um dos brotos da primeira temporada, membro ativo da comunidade Caleidoscópio, e que vem crescendo no turismo ao associar a hospitalidade com a sustentabilidade. Vai ser no Instagram (você encontra pelo @mariaclara.quenaopara) para falar sobre valores e atributos de marca devem estar presentes na experiência oferecida (tudo comunica!), de forma coerente.

03.09: BROTA!

Depois da Hacktown, fizemos um realinhamento interno, inclusive olhando para nossas demandas, e decidimos postergar o início do BROTA, antes previsto para 13/08. E quando falo que a gente vive o que ensina, uma das mudanças está na própria forma de vender o BROTA!.

A Simone costuma dizer que vender é apoiar alguém a alcançar seus sonhos. E, por isso, optamos por, no caso do BROTA!, ouvir os interessados atentamente. A mentoria tem número de vagas limitado, e queremos dedicar nossa atenção desde o início, ainda na fase de pré-venda. Para sabermos os sonhos e também porque - como essa newsletter mostrou bem - existe um enorme campo de dúvidas e desconfortos a serem acolhidos.

Se estiver buscando uma experiência diferente para mudar sua carreira ou seu negócio, vem bater um papo conosco. É só preencher o formulário, sem nenhum compromisso.

Estou te esperando para esse café.

E sobre a Comunidade Caleidoscópio?

Estamos configurando o ambiente até a próxima semana. Por isso, te convido a conhecer a proposta no link abaixo e, se quiser entrar agora, tudo certo, desde que chegue com a consciência de que vai ser um passo por vez. Você também pode registrar seu interesse para receber novas comunicações e saber as novidades


Ufa... Acabou...

Sei que esta newsletter está longa, e por isso agradeço sua atenção e paciência de ter chegado até aqui. Torço que tenha sido relevante para você.

Ficarei muito feliz de poder aprender com você pelos comentários, ou mesmo por DM. Me conta o que achou, se gostaria de outros assuntos ou sugestões.

Meu propósito na vida é ter boas conversas e aprender no coletivo.

Até a próxima edição.

Paz! 🕊️


Eu sou a Maria Clara Lopes, e acredito que uma boa conversa tem o poder de gerar boas ideias, inovação, melhores relações e uma sociedade mais justa e menos polarizada.

Fundei a NeoÁgora para ser um escritório de arquitetura de conversas e desenvolvo projetos para que marcas, negócios e iniciativas tenham diálogos construtivos e relevantes com seus stakeholders. Para isso, me aprofundo em pesquisar as muitas comunicações e suas transformações no pós-digital e nas novas economias.

Ainda estou cogestora da Plataforma Caleidoscópio, e no modelo TaaS, estou CMO voluntária do Open the Doors e brand manager da Matza Education. E sou mãe do Fe e da Lolo, que me inspiram todos os dias a fazer tudo isso por um mundo melhor.

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