Pegue um papel e comece a desenhar a vida que você quer
A vida como uma arte abstrata.

Pegue um papel e comece a desenhar a vida que você quer

Mesmo que esse título traga um tom metafórico, desenhar a forma como queremos viver nossas experiências, seja no trabalho ou na vida pessoal, é um primeiro passo para visualização de objetivos.

Na atualidade, escutamos muito sobre o perfil dos milleanials que querem se tornar CEO de startups aos 22, querem viajar o mundo trabalhando do seu computador, trabalhar com mais propósito e com um senso de contribuição maior, e assim por diante. Nessa contrapartida, os mais velhos trazem um outro extremo dizendo que a geração atual não gosta de trabalhar ou não tem a resiliência dos de antigamente. Tudo bem esses dois pontos de vista, mas usando um dos princípios centrais do budismo, precisamos de um caminho do meio.

Na minha atual consciência e reflexões nessa área de pessoas, tendo a pensar que precisamos olhar a carreira e a nossa rotina a partir de um ponto de vista mais conectado com nossos valores, crenças e necessidades. Esse exercício a seguir tende a nos colocar em uma perspectiva muito mais sentida do que racionalizada, muito mais conectada do que planejada, e faz com que possamos olhar nossos reais motivadores pra despertar nosso potencial.

Pegando como exemplo um dos sonhos da geração atual (e meu também), vamos desconstruir a ideia de “viajar o mundo trabalhando com meu computador”.

Nesse exercício proponho que você pegue uma folha de papel e coloque uma ideia, uma utopia, um sonho no topo desse papel pra embaixo começar a conectar os sentimentos, necessidades e gatilhos que despertam ao visualizar essa ideia, numa espécie de brainstorm.

Quando penso em viajar o mundo trabalhando, o primeiro sentimento que me desperta é o de liberdade, de trabalhar com uma flexibilidade de horários (uma necessidade minha), que me permita conhecer lugares, pessoas e ter experiências que enriqueçam minha vida como um todo(outra necessidade minha). Dentro desse primeiro sentimento de liberdade, já consigo refletir em outras necessidades conectadas com ele. Querer flexibilidade de horários e experiências mais ricas de vida são fatores que mostram, pra mim, que preciso de uma atuação mais dinâmica, holística e conectada dentro da minha vida. Contrapondo essas necessidades, trabalhos com horários pré estabelecidos, projetos monótonos e muita rotina são fatores que drenam a minha energia e produtividade, fazendo com que eu não me mantenha criativo, feliz e realizado.

Nesse brainstorm, já poderia colocar valores (liberdade, dinamismo) na minha folha e também alguns sentimentos positivos (felicidade, tranquilidade, conexão, propósito) e negativos (falta de entusiasmo, desmotivação, monotonia).

Entende quando eu falo do sentimento? Se penso em trabalhar mais livremente, com vários projetos e de uma forma dinâmica, o que me desperta é o senso de liberdade, de empoderamento, de entusiasmo, felicidade e de mais espaço pra minha criatividade. Isso é um alerta, o GPS pra começar a direcionar a minha carreira e vida. Já vendo o contrário, se me imagino trabalhando de terno e gravata, dentro de horários rigorosos e em projetos monótonos, minha tendência é de sentir angústia, tristeza, desmotivação. Outro alerta do GPS pra refletir pra onde estou indo e pra onde quero ir.

Esse exercício é uma ferramenta poderosa e profunda que precisa ser repetida várias e várias vezes. Se hoje sinto que tenho uma necessidade e amanhã ela muda, tudo bem. O importante é constantemente refletir, aprender a observar e escutar o que nossos sentimentos e emoções querem nos dizer pra então traçarmos planos de ação e transformar como vivemos pra uma forma mais alinhada com nossos valores e nossos ideais.

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