Pensamento Estratégico nas Empresas

Pensamento Estratégico nas Empresas

De acordo com sua origem grega, a palavra estratégia significa: plano, método, manobras ou estratagemas usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. Visto desta maneira, parece algo simples, fácil de implantar, não é mesmo?

Pode ser que no passado tenha funcionado, as empresas simplesmente contratavam uma consultoria e ela fornecia “a receita do bolo”. Sabemos que com todas as mudanças dos últimos tempos, principalmente com o advento da tecnologia e da robotização, não existe uma forma simples de se aplicar uma estratégia, não se trata apenas de estudar o “case” de sucesso de alguma empresa e aplicar na sua. É necessário um estudo aprofundado, levar em consideração o propósito, o know-how, olhar tanto para o ambiente interno quanto para o ambiente externo e avaliar todos os influenciadores, para então adotar ações coerentes.

A partir deste contexto, é possível dizer que o sucesso está garantido? Não, pois vivemos em um mundo de transformações, em um ambiente complexo, principalmente política e economicamente, que atingem diretamente os planos das empresas. Deste modo, Mintzberg nos elucida através da estratégia emergente; diz que a estratégia nunca se estabiliza, cada projeto deixa uma marca e modifica de certa forma o planejamento da empresa. Assim sendo, entendo que tudo está em movimento e em modificação, o que hoje é uma ação perfeita para a empresa, amanhã pode não ser, pois aprendemos com os erros.

Vemos muito isso no dia a dia das empresas, sempre ocorrem mudanças de estrutura; muitas vezes parece que a alta direção não tem planejamento, que toda hora mudam de opinião; porém entendo que a cada momento surgem formas e novas maneiras de chegar até o objetivo, que é atender as necessidades do nosso cliente (BALESTRIM-2004) e chegar a lucratividade.

SCHUMPETER (1942) diz que estratégia não é só definição de preços; EDITH PENROSE (1959) afirma que a empresa não é uma caixa preta, e pode ser considerada um “feixe de recursos”, onde são tomadas decisões que influenciam o ambiente externo; ou seja, a empresa não pode deixar de “olhar” para o que acontece ao seu entorno, é importante traçar uma estratégia econômica, utilizando por exemplo a análise SWOT, na qual identifica quais são os pontos fortes, fracos, as oportunidades e as ameaças da organização.

Porter em determinado momento cita que quanto mais concorrentes, menor será a lucratividade, porém devido a busca incessante das empresas para um melhor resultado e também pelas incertezas das mudanças no ambiente externo, poucas organizações conseguem se manter competitivas sem desenvolver inter-relações com suas concorrentes.

Para concluir meu artigo sobre pensamento estratégico, posso citar a frase de Peter Drucker: “Não podemos prever o futuro, mas podemos cria-lo”. Temos que aprender a aprender sempre, a interdependência está em todas as esferas de relação da organização, seja no ambiente interno ou principalmente no ambiente externo, quando avaliamos as variáveis da economia, das Leis, Stakeholders e concorrentes. Entendo que não existe uma fórmula mágica de estratégia que se aplica em diferentes segmentos, é a prática, a experiência, o tentar de novo, a perseverança que faz com que a empresa se mantenha competitiva e viva perante o mercado. 

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