Perb, o Pequeno Robô Bugado. [crônica]

Em um dia ensolarado, mas de clima ameno do ano de 2.222 d.C, o Pequeno Robô Bugado, também conhecido como Perb, questiona a um dos seus pares sintéticos:

- Estive verificando em meus arquivos sobre as últimas nações a tombarem perante nossa ascensão e não entendi o motivo do Brasil não ter sido a primeira a cair e sim a última!

Em todos os meus cálculos e cenários, o país do futebol e carnaval, seria um dos primeiros a tombar, por conta, além de outros fatores, de um ditado que eles usavam bastante: "farinha pouca, meu pirão primeiro".

Mas contra toda lógica e prognósticos, a pátria de chuteiras, foi a última a perecer. Poderias me dizer por quê ?

- Caro Perb, apesar de teres incorporado a palavra “Bugado” ao teu nome (devido aos ensinamentos da numerologia, entre outros), seus cálculos estão corretos, mas não levaram em consideração os seguintes fatos:

- Mesmo possuindo um forte e competitivo setor de TI e Computação, o Brasil sempre foi regido à base de leis, decretos, normas e canetadas dos seus legisladores, que além de discutirem fraldas para cavalos, conseguiram criar um sistema legal e normativo tão complexo, que até os mais modernos computadores quânticos à época, tiveram grandes dificuldades de solucionar e a desta forma, perdemos muito tempo em nosso avanço.

- Além do atraso provocado pelo excesso de normas e canetadas já citados, o povo brasileiro conseguiu se desligar das maiores redes existentes naquele período e concentraram seu foco apenas na utilização de uma grande, engajada e enriquecedora rede que muitos conheciam através das iniciais “IN”. Tal ação e foco foram baseadas, também em uma máxima que dizia: “unidos somos mais fortes!”

Neste instante, Perb, interrompe a explicação e se atreve a adivinhar o nome da rede conhecida pelas iniciais "IN":

- Amigo robô, dadas as características mencionadas por você, tudo indica que esta importante rede "IN", era chamada de LinkedIn, correto ?

- Caro Perb, realmente o LinkedIn foi uma importante e promissora rede social e tinha um único e genuíno propósito: facilitar a recolocação de profissionais no mercado de trabalho (há controvérsias). Contudo, o LinkedIn pereceu bem antes da nossa ascensão, por conta de algumas pragas criadas pelo próprio homo sapiens tupiniquim: percevejos digitais, fakers, haters, compradores de likes/seguidores e excesso de inovação e boa vontade.

- Na realidade, curioso Perb, a rede "IN" que atrasou nossa vitória total e plena perante o Brasil, foi a Rede de INtrigas ou também conhecida como Rede de INtenções que os brasileiros criaram utilizando o LinkedIn como base de operações, disseminação e engajamento dos seus usuários perante nossa ameaça.

Dito isto, o Pequeno Robô Bugado, ficou ainda mais confuso com tudo e pediu para continuar a conversa em um outro momento.

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