Personalização e Nicho: tendências emergentes no Marketing Jurídico
ALEXANDRE DE SOUZA TEIXEIRA
Head / Sócio Fundador da In Company - Marketing Jurídico, Marketing Empresarial, Marketing Médico e área da saúde em geral. Conselheiro Consultivo, Board Member Academy.
A personalização tem moldado experiências de consumo e práticas de marketing digital há bastante tempo. Essa tendência não vai desacelerar e nenhuma área do mercado deixará de ser afetada por ela. Nem mesmo a advocacia.
Então, como aplicar essa tendência no marketing jurídico?
Vamos entender por que a personalização do conteúdo para um nicho específico traz resultados tão bons no marketing digital e como podemos fazer uso dela no marketing jurídico.
Como a personalização se tornou tendência e prioridade no consumo digital
O principal fator que impulsionou o uso de estratégias de personalização como um diferencial é a quantidade de opções disponíveis ao consumidor hoje em dia.
Há muitos produtos e serviços no mercado, muita oferta de conteúdo na Internet, as pessoas são constantemente bombardeadas com anúncios e opções infinitas. Nesse cenário, abordagens de massa e ofertas genéricas não conseguem conquistar o consumidor.
O serviço ou conteúdo que mais tem chance de adesão é aquele que se molda a forma mais perfeita possível aos gostos, preferências e possibilidades do consumidor. Aí entra a personalização.
Um relatório de 2021 da McKinsey & Company (uma das maiores empresas de consultoria empresarial do mundo) destacou que 78% dos consumidores são mais inclinados a repetir uma compra de uma marca que oferece experiências personalizadas (fonte: The value of getting personalization right—or wrong—is multiplying | McKinsey).
Uma pesquisa da Twilio (empresa especializada em gestão de dados de clientes) em 2023 constatou que 62% dos líderes entrevistados citaram a retenção de clientes como um dos resultados positivos alcançados a partir da personalização de suas estratégias (fonte: The State of Personalization Report 2023 | Twilio Segment).
Faz todo o sentido, não faz? Exclusividade, tratamento especial, atenção… todos esses são sentimentos que o ser humano gosta de ter. O ser humano gosta de se sentir especial e saber que alguém se preocupou em fazer algo unicamente pensado nele.
Os profissionais de marketing digital, desenvolvimento de produtos e serviços digitais perceberam que usar esses sentimentos para melhorar a experiência do usuário pode aumentar as chances de sucesso comercial de uma estratégia.
Vamos ver alguns exemplos de como a personalização impulsionou algumas das principais inovações de consumo dos últimos anos.
Personalização nas redes sociais
A personalização tem desempenhado papel central na experiência do usuário de redes sociais como o Linkedin, X e o Instagram.
Essas redes têm usado algoritmos sofisticados para analisar o comportamento passado do usuário (suas interações, preferências expressas ou presumidas a partir dos conteúdos com os quais engaja) fornecer um feed de conteúdo altamente personalizado. Isso significa que cada usuário recebe um fluxo exclusivo de postagens, adaptado às suas preferências individuais, aumentando significativamente o envolvimento e a satisfação do usuário. Nenhum usuário tem o mesmo feed que outro no mundo.
Por exemplo, o algoritmo do Instagram prioriza postagens de contas com as quais o usuário interage regularmente. Já o X usa algoritmos para destacar tweets de contas seguidas pelo usuário e para recomendar novas contas e conteúdos com base em seus interesses.
Personalização nos serviços de streaming de música e vídeo
Serviços de streaming de áudio (música e podcasts), como o Spotify, oferecem recomendações personalizadas e playlists elaboradas sob medida para cada usuário. Serviços de streaming de conteúdo audiovisual, como o Netflix, também recomendam conteúdos, inclusive estimando uma porcentagem de afinidade que aquele conteúdo pode ter com o gosto do usuário.
Por exemplo, o Spotify usa de algoritmos e outras inteligências de análise de dados para entender o gosto musical de um usuário e prever outras músicas ou artistas que ele gostaria de ouvir. Combinando dados demográficos, histórico de audição e de interação com músicas (por exemplo, inclusão delas em playlists pessoais, músicas marcadas como favoritas etc), o Spotify cria playlists personalizadas como a “Discover Weekly”. A finalidade dessa personalização é deixar o usuário mais satisfeito e aumentar o seu tempo gasto no Spotify.
Personalização no marketing digital e navegabilidade na Internet
A coleta de cookies e outras permissões de uso de dados obtidas demandadas dos usuários da Internet em diversos sites são medidas que também têm por finalidade, entre outras, oferecer uma experiência personalizada de navegação.
Colhendo informações sobre o comportamento do usuário na Internet, é possível oferecer a ele sugestões de conteúdos e páginas que podem agradá-lo mais, e também mostrar anúncios de produtos e serviços que se adequem mais ao usuário.
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Como personalizar com autenticidade as suas estratégias de marketing jurídico?
Você também pode personalizar a experiência do seu lead (potencial cliente, conquistado a partir de conversões) para tornar a jornada de compra dele mais autêntica, especial, e com maiores chances de cativá-lo para levá-lo aos próximos níveis do funil de vendas.
Confira algumas dicas para conseguir fazer isso:
Naturalmente, essas são apenas algumas dicas.
No seu dia a dia, você pode implementar diversas outras personalizações de forma criativa ou até mesmo responsiva ao feedback e comportamento dos seus leads e clientes.
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