Perspectivas de autonomia
8º Artigo de uma série de sucessos profissionais.
Mesmo com dez anos de experiência e sucessos, o insucesso trouxe o maior aprendizado para aquele Engenheiro, o qual estava se transformando em um Gestor e Administrador.
Novo desafio aceito, novos planos, novos acionistas, novo mercado, novos clientes enfim, uma nova perspectiva. Foi naquele momento que ele entendeu que sua carreira seria feita de altos e baixos e que isso o tornaria ainda melhor caso ele soubesse tirar proveito e se moldar a cada novo momento. A decisão teria que estar na sua mão para que os rumos da sua carreira fossem preferencialmente por decisão própria.
Foram cinco anos nesta nova empresa desenvolvendo produtos, testando na produção dos clientes, desenvolvendo projetos, interagindo com departamento comercial, técnico, produção, financeiro e gestão geral com o objetivo de fechar acordos de médio e longo prazos. Naquele momento, além de aprovar produtos, o grande desafio era substituir parte dos fornecedores já estabelecidos, pois apesar do mercado estar em crescimento naquele momento, um novo entrante precisava conquistar o seu espaço com maior celeridade.
Ainda que todo projeto tenha atingido suas principais metas, aquele engenheiro não se sentia confortável com a frequente ingerência da família nos procedimentos diários, inclusive em algumas atividades menores. Não eram ingerências estratégicas, o que poderia denotar uma correção de rota ou melhoria necessária, mas ingerências que desqualificavam toda a equipe e colocavam em risco a confiabilidade tão necessária para uma empresa nova no mercado em questão. Da mesma forma, tais ingerências e outras discordâncias familiares minavam a confiabilidade da equipe na continuidade dos projetos, trazendo insegurança a todos.
A empresa conseguiu avançar em um mercado de demanda crescente e atraiu o interesse de grupos investidores e private equity, sendo que foi vendida poucos anos após o engenheiro a ter deixado, quando aceitou convite para assumir a frente comercial de uma empresa multinacional de laminados decorativos.
Parece que o engenheiro estava se tornando um gestor de projetos. Mesmo que este não tenha sido seu projeto profissional no início da carreira, ele estava se especializando em administrar projetos comerciais, sendo bem valorizado para questões específicas e temporárias. Isso trouxe um pouco de insegurança no início, mas também o deixou com maior #flexibilidadeparaofuturo. Com certeza os desafios seriam outros, pois estaria dependendo do seu #esforçopróprio, #comprometimento e evolução. Com o tempo, ele percebera que essa insegurança não seria tão diferente de qualquer outro perfil profissional e aí estava a grande motivação e possibilidade de independência.
Quando assumiu o novo projeto sabia a meta, o prazo e a consequência possível. Em dois anos exatos, o projeto foi concluído e entregue.
Com quase vinte anos de carreira, quarenta anos de idade e uma boa bagagem, parou para analisar suas últimas experiências e tomou algumas decisões que mudariam os próximos passos.
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