Pobre rico, rico pobre!
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Pobre rico, rico pobre!

Um antigo mestre cristão disse uma vez ao seu discípulo: "Estás carregado de ouro; cuidado com os ladrões". Ao contrário do que possa parecer, o ancião não se referia propriamente aos tesouros da Terra, mas aos bens espirituais e divinos que todos nós temos. Por mais pobres que sejamos, podemos ser ricos em saúde, em habilidades, em sentimentos, em coragem, em determinação; às vezes, só não temos dinheiro. Outros, são tão pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é dinheiro. E todos nós sabemos que a fortuna, os bens materiais, não são nossos, visto que podemos perdê-los a qualquer momento, já que no dia derradeiro da despedida deste mundo, nada levaremos de material, aqui tudo ficará para deleite (ou para disputa) dos nossos herdeiros. Mas, o discípulo poderia perguntar ao Mestre, se os nossos tesouros não são ouro, prata ou papel moeda, por que ter medo de ladrões?

Aha! É preciso estar alerta, pois os larápios estão sempre ao nosso redor, a nos espreitar. Dentre eles, estão aquele nossos "amigos" que tentam nos arrastar para um estilo de vida em muitas ocasiões não muito próximo da Moral. Entretanto, sinto em dizer, que os mais perigosos ladrões que podemos encontrar pelo caminho, aos quais o Mestre se referia, não estão ocultos nas sombras ou nos becos, e sim, dentro de nós mesmos. E não são anônimos, são muito conhecidos. Quer saber os nomes dos ladrões de nossos tesouros? A Dona Preguiça, a Madame Passividade, o Senhor Egoísmo e a melancólica Falta de Fé. Tem muitos outros, mas estes aí são os principais e mais comuns. Por isso, é que, lá na antiguidade, um jovem rabino galileu preferia pregar nas ruas, praias, campos e montes. Por que é fora das igrejas que o ser humano mostra suas verdades. Dentro dos templos, todo mundo é santo, mas fora dele...

Ser rico, de verdade, é não querer possuir nem dominar, mas estar disponível para partilhar com os outros o que tem, o que se sabe e o que se é; assim, miseráveis não são os pobres, mas aqueles que se recusam a estender a mão por medo do que possam perder ou do que possam ter de deixar. Os mendigos da vida são os que precisam se sentir grandes detentores de fortunas para se sentirem felizes, enquanto os reais milionários são os que já tiveram maturidade suficiente para perceber que a única grandeza verdadeira é aquela que depositamos no Coração, porque somente essa nos bastará para toda a existência. A vida do rico que humilha o pobre e que espalha a miséria ao seu redor, não é vida, é uma mentira. Bem aventurados os Humildes, os Pobres e os Pequeninos pois são eles os verdadeiramente Ricos e Grandes, pois cultivam o gosto pelas coisas simples e seu encantamento não são as coisas maquiadas pela cobiça e pelo poder.


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