POLÍTICA, FUTURO E FUTOROLOGIA
Acho incrível como as brigas internas são historicamente irrelevantes, inoportunas, e só fazem atrasar um pais. Mas parece que insistimos em incorrer no erro. Parece até premeditado.
Ou pior, pode ser mais uma vez a tremenda falta de pensamento no futuro de nossos políticos.
É sabido que um gestor leva de 3 a 5 anos para mostrar sua digital, deixando um legado corporativo para o bem ou para o mal.
No mundo político esse prazo é menor. Os legisladores e chefes executivos possuem condições de obter todos os recursos necessários para atingir suas orientações e metas. Mas acho que se esquecem que têm tempo limitado. E aproveitam este tempo para construírem seu future próprio. Esquecem que o futuro do país também os atingem diretamente.
Feita as devidas considerações, os chefes executivos deveriam refletirem na tríade objetivo x comprometimento x prazo, e utilizarem o famoso PDCA muito mais rapidamente.
No quesito Objetivo, mesmo com os planos de governo, ainda não está claro o que realmente querem atingir. Se pensarem bem, como Estadistas, deveriam acompanhar melhor o mercado mundial. Aqui se revela o verdadeiro intuito de minhas considerações.
Já é sabido que a Inteligência Artificial e o RPA (sigla para Robot Process Automation) irá substituir rapidamente as atividades e processos repetitivos, constantes, sem mudanças bruscas, e automatizáveis. Em poucos anos instituições como Google, Facebook, e representantes, irão colocar tecnologias de acesso à rede mundial, com velocidade e confiabilidade sem precedentes. Em uma década, computadores quânticos (já viáveis comercialmente) terão capacidade de processamento incomensuráveis.
Novamente, empresas como Google e Neuralink (leia-se Elon Musk) já conseguem fazer a integração cerebral entre homem e máquina. Também já possíveis de serem distribuídas ao mercado.
Técnicas de automação de máquinas e equipamentos já estão em nível de progresso tal que inclusive aqui no Brasil temos representantes de empresas que controlam seus tratores semi-autônomos com eficiência e capacidade produtiva impressionantes.
Com tudo isso, analisar dados (Big Data), inferir premissas e testar cenários (Engenharia e Ciência de Dados), serão o foco das potências mundiais (para mim com um nível de certeza bem grande). Poucos são os centros de pesquisa que levam estes tipos de ciência a sério. Cursos de introdução ao IA e à Ciência de Dados tem se proliferado. Mas a formação é inconsistente se a capacidade matemática de nossos profissionais está aquém das reais necessidade de modelamento estatístico.
Gartner Group e Fórum Mundial estimam que o Brasil tenha cerca de 2% das iniciativas globais para este mercado. Com viés decadente. Nossas cabeças efetivamente pensantes tendem a sair. Ainda não temos recursos ou visão para investir neste mercado.
Vamos efetivamente pensar em sermos somente provedores mundiais de "????????". Ou vamos pensar também melhorar a capacidade de criarmos produtos com valor agregado capazes de trazer muito mais recuros e riqueza para nosso amado país, capazes de elevar o número de empregos e aumentar salários, e criar mais fontes de investimentos para novas pesquisas?
Não estou subestimando de forma alguma nossa indústria "Agro". Ela será sempre um dos pilares da economia nacional. Mas com a necessidade de melhorar do processo produtivo, não terá como suportar a crescente mão-de-obra.
Precisamos criar formas de suportar a necessidade crescente de mão-de-obra qualificada para as novas tecnologias vindouras. Ou isso, ou continuaremos dependentes de países que ainda pensam serem detentores de nossos destinos.
Formação matemática e linguística é imprescindível. A ciência já se mostrou nossa fronteira final.
E o que irá permear os empregos futuros será a capacidade de interação humana (empatia e afinidades), ao qual o brasileiro possui de sobra, e qualificação técnica.
Como parte da população com acesso a escolas particulares e universidades públicas, estou confiante que meus filhos terão condições de participar do futuro mostrando sua capacidade criadora. Mas até eles passarão por dificuldades, se estiverem em um país em constante conflito, tentando criar formas disfuncionais de crescimento falsamente ordenado. Então acabarão partindo para outras paragens.
Precisamos alinhar governantes, legisladores, e detentores da lei e ordem, para que direcionem energias e pensar no futuro que nossos filhos e netos terão nos próximos 50 anos.
Ou vamos esperar que a viagem interplanetária chegue primeiro? Acham que estou exagerando? Esperem pra ver!
CEO na Brokers Corporate Office | Especialista em Melhoria de Processos
2 aMarcelo Marchiori, muito bom o conteúdo, simples, bem explicado e direto ao ponto!