Por que não apostamos em insetos como fonte de proteína alternativa

Por que não apostamos em insetos como fonte de proteína alternativa

Recentemente, o programa Globo Repórter da TV Globo exibiu uma reportagem sobre a comida do futuro, apresentando alimentos à base de insetos como alternativa sustentável à alimentação humana. Como presidente do The Good Food Institute Brasil, quero esclarecer porque a nossa organização não endossa o desenvolvimento dessa cadeia e como ela se compara às tecnologias do nosso setor.

Embora a ideia de utilizar insetos para esse fim tenha ganhado espaço, no GFI Brasil, focamos em alternativas aos produtos de origem animal que tennham maior aceitação cultural e, consequentemente, maior potencial de impacto global, tais como as proteínas à base de plantas, obtidas por fermentação e cultivadas. Além de barreiras significativas na aceitação dos consumidores, os insetos carregam os mesmos desafios éticos da criação de outros seres vivos para consumo, apresentam ineficiência de produção, riscos de doenças infecciosas e riscos ambientais.Convido você a ler minha análise completa, onde discuto mais profundamente os motivos que nos levam a priorizar outras fontes de proteínas alternativas em nosso esforço para criar um sistema alimentar mais ético, seguro e sustentável.

Acesse minha análise completa.


E por falar em aceitação do consumidor, o mercado brasileiro de carnes vegetais ultrapassou a marca de R$1 bilhão em vendas no varejo em 2023!

O volume de produtos vendidos (toneladas) também cresceu substancialmente, 22%. Já o mercado de leites vegetais apresentou um aumento de 9,5% das vendas em reais no varejo, totalizando R$673 milhões. Este crescimento contínuo segue uma trajetória ascendente desde 2021, quando a Euromonitor já previa que o setor poderia ultrapassar os US$425,3 milhões em vendas até 2026 (aproximadamente 2,2 bilhões de reais). Os dados mais recentes indicam que estamos no caminho certo para superar essas expectativas.

Leia a nossa análise completa aqui.


E  se você quer saber sobre como anda o panorama global e atualizado do nosso setor, o GFI acaba de lançar o State of the Industry Reports 2023, uma série de três relatórios completos e atualizados sobre o progresso da indústria de proteínas alternativas.

Neles, você vai encontrar dados e insights sobre o panorama empresarial e as tendências de produtos, dados de investimentos e vendas, novos avanços científicos, além de atualizações sobre financiamento público e regulamentações.

Acesse os relatórios na íntegra aqui.


Como o mercado de proteínas alternativas não avança sem ciência, convidamos você, pesquisador, a enviar sua proposta para o Programa Global de Incentivo à Pesquisa do GFI até o dia 23 de maio.

O nosso programa anual apoia pesquisas de acesso aberto destinadas a resolver os desafios enfrentados pela indústria de proteínas alternativas e, desde 2019, já destinamos US$21 milhões para 118 projetos em 21 países. Neste ano, o Research Grant Program vai financiar projetos de até US$250.000 e 24 meses de duração, com recursos adicionais de até US$50.000 para parcerias com novos pesquisadores ou partes interessadas do setor. Serão aceitas pesquisas em três áreas temáticas.

Saiba mais sobre elas e como se inscrever aqui.


Mais notícias do setor

Typcal vence campeonato internacional de foodtechs da Givaudan.

A Givaudan, empresa suíça líder global na inovação de alimentos, bebidas, fragrâncias e sabores, tem se envolvido em iniciativas de sustentabilidade e responsabilidade social, buscando formas de reduzir seu impacto ambiental. Uma dessas iniciativas é a Plant Attitude Challenge, e a Typcal, startup brasileira que produz alimentos a partir da fermentação de micélio, acaba de ganhar o desafio, que avaliou as foodtechs com as tecnologias mais promissoras. Agora, a Typcal irá colaborar com a Givaudan em um projeto conjunto de desenvolvimento.

Leia mais aqui.


Segunda empresa de carne cultivada recebe aprovação regulatória em Singapura.

No início de abril, a Agência de Alimentos de Singapura (SFA) aprovou a venda da codorna japonesa cultivada da startup australiana Vow, sob sua marca de luxo, Forged. Com isso, a Vow se torna a segunda empresa a receber aprovação para vender carne cultivada em Singapura, seguindo a GOOD Meat com seu frango cultivado em 2020. “Enquanto a GOOD Meat recriou pratos familiares conhecidos, seguindo receitas de frango antigas e muito amadas, a Vow está criando carne que traz algo novo para a mesa, não apenas do ponto de vista tecnológico, mas também do paladar. Juntas, ambas as abordagens aumentam a escolha do consumidor” - Gustavo Guadagnini, Presidente do GFI Brasil.

Leia a matéria completa aqui.


Leites vegetais de amêndoa e aveia - Alpro

Fábrica da Danone na França se torna 100% vegetal.

A multinacional transformou sua fábrica de iogurte em Villecomtal-sur-Arros numa produtora de leite de aveia, em resposta ao crescente mercado francês de produtos à base de plantas. Anunciada em 2021, a transição manteve todos os empregos, envolveu dois anos de trabalho e um investimento de €43 milhões. A instalação agora produz cerca de 100.000 litros de leite de aveia por dia para a marca Alpro, adquirida pela Danone em 2017, com potencial de expansão até 300.000 litros. 90% da produção é destinada à exportação, principalmente para outros países europeus. A Danone agora opera quatro fábricas de leite vegetal na Europa.

Sabia mais aqui.


GFI na mídia

G20 no Brasil: Sistemas alimentares e agricultura sustentável.

Esse ano, o Rio de Janeiro será anfitrião do G20 e uma das áreas prioritárias do Brasil no evento é o combate à fome. Para debater um sistema alimentar sustentável e como desenvolver a agricultura, os jornais O GLOBO, Valor Econômico e Rádio CBN promoveram uma live com Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, Gustavo Guadagnini, presidente do GFI Brasil, e Jaqueline Ferreira, pesquisadora e gerente de Portfólio do Instituto Escolhas, com mediação de Patrick Cruz, editor-chefe da Globo Rural.

Assista à live aqui.

Leia sobre o que foi discutido aqui.


O faturamento da indústria plant-based no Brasil ultrapassou a marca de R$1 bilhão. O próximo passo? Carne cultivada em laboratório.

Gus Guadagnini e Amanda Leitolis, nossa especialista em ciência e tecnologia, foram entrevistados pelo Projeto Draft para falar sobre o mercado de alimentos plant-based no Brasil, os novos avanços tecnológicos e científicos da indústria e o papel crucial das proteínas alternativas para ajudar a frear as mudanças climáticas.

Leia a entrevista na íntegra aqui.


Eventos

Últimos dias para realizar a inscrição no Workshop Proteínas Alternativas.

Quer ficar por dentro das informações sobre o crescimento do segmento plant-based? Então reserve aí na sua agenda os dias 07 e 08/05. O Workshop está sendo promovido pela EMBRAPA Agroindústria de Alimentos (Guaratiba - RJ) e a Netzsch Moagem e Dispersão em parceria com o GFI Brasil.

Inscreva-se aqui.


Workshop Programa Biomas: Soluções da Floresta para o setor de Proteínas Alternativas.

O evento do GFI Brasil vai apresentar sete projetos de pesquisas de ingredientes vegetais nacionais, produzidos a partir de espécies nativas de biomas brasileiros, que buscam por conexões com parceiros interessados em dar continuidade às inovações resultantes das pesquisas. Venha conhecer as propostas que podem gerar impacto socioeconômico nas comunidades locais e ajudar a resolver gargalos da indústria de alimentos à base de proteínas alternativas. A transmissão será via Zoom Webinar.

Inscreva-se neste link.


GFI indica


A Última Milha: Exclusão e Insegurança Alimentar no Brasil.

Antes considerado um caso de sucesso em políticas de promoção da segurança alimentar, o Brasil voltou a figurar no Mapa da Fome da ONU. Em 2022, mais da metade da população brasileira enfrentava algum grau de insegurança alimentar. Nas cidades brasileiras altamente desiguais, esse problema afeta principalmente moradores de baixa renda e racializados nas periferias urbanas, onde a exclusão infraestrutural restringe ainda mais o acesso a alimentos nutritivos e acessíveis. Este curta-metragem, uma colaboração entre LSE, Insper, Birkbeck e financiado pela British Academy, foca nos impactos da pandemia de COVID-19 e nas iniciativas emergentes para combater a fome, destacando o papel das mulheres e das organizações comunitárias e convidando a uma maior atenção e investimento em atores locais para combater as desigualdades no acesso aos alimentos.

Assista aqui.


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