Por que promover a inclusão vale a pena?

Trabalhar com inclusão é um propósito que carrego comigo, pois a necessidade de buscar oportunidade de desenvolvimento e crescimento individual do outro, sempre foi uma paixão.

É interessante perceber o processo de evolução de uma equipe ou lideranças dentro do contexto do ciclo de aprendizagem da diversidade, inclusão e acessibilidade. O ciclo começa quando se percebe que não se está fazendo pra um outro, o primeiro passo é entender que não é a inserção de uma pessoa “diferente” na equipe, mas sim um processo de aprendizagem bilateral de pessoas entendendo o contexto de vida de outra pessoa que acaba de chegar, independente de sua deficiência, cor, gênero, tipo de afeto ou crença.

Cada um de nós carrega uma bagagem singular de experiências vividas e realidades experienciadas diferentes, e isso não nos torna nem melhores, nem piores do que ninguém.

Muitas vezes, líderes se sentem inseguros, pois não foram treinados para lidar com pessoas “Tão diferentes” não sabem o que poderá vir a acontecer, como sua equipe receberá uma pessoa que carrega o estigma da diversidade.

Auxiliei algumas lideranças e equipes a ter um olhar diferente para com essas pessoas diversas, afinal, a diversidade está em tudo! Quando se entende que você pessoa dita “normal ou comum” também tem sus limitações, fica fácil não mais separar entre nós e eles, passa-se a ver o nós, onde todos somos seres humanos e ponto final. Nessa fase do ciclo se entende o sentido da equidade. Um simples exemplo é fritar um ovo, é uma atividade simples, mas cada pessoa fará de uma forma diferente: alguns irão quebrar o ovo com uma colher, outros baterão o ovo na pia, na mesa ou na borda da tigela para quebra-lo. Quando se entende que não importa como se quebra o ovo, mas sim que o resultado final será o mesmo, então você entendeu a primeira etapa do ciclo. Você compreende que ser ou fazer diferente não é errado, que no final o que importa é que algo seja feito da forma que for mais confortável para cada um de nós. É saber que alguns vão precisar de mais ferramentas para desempenhar a mesma atividade, e tudo bem, está tudo certo. Entender que a diversidade não é o outro, mas que todos nós de algum modo fazemos parte dela. É nos conectarmos com o outro, sem julgamento ou criar um pré-conceito, é buscar entender antes de falar ou fazer.