Porquê as Empresas Fracassam?
A falta de estratégia de negócio, a falta de adaptação às mudanças quer internas como externas, o nepotismo, a péssima comunicação, dentre outros, são factores que contribuem para que muitas empresas fracassam, no entanto, não são os motivos aqui citados que mais contribuem para o fracasso das empresas.
As empresas acreditam que ao desenhar grandes projectos, terem melhores estratégias e renomados consultores, ao contratarem uma equipa te profissionais capazes, ou seja, cérebros, é suficiente para que a mesma tenha sucesso, e, isso não é verdade, esquecem-se de que essas equipas são constituídas por pessoas, as pessoas são insaciáveis, gostam de desafios e rapidamente se fartam com a mesmice, com políticas desonestas e que em nada influenciam no auto desenvolvimento e crescimento nem de seus familiares.
Para que um projecto dê certo, é preciso que haja pessoas que o entendam, estejam comprometidos com o líder e queiram realizar o sonho que o Líder sonhou.
As empresas fracassam porque não investem como deviam, nos colaboradores, não têm uma cultura organizacional forte em que os colaboradores se revejam, têm yes man, ou seja, fracos gestores de RH e, não respeitam o ciclo de vida do colaborador na empresa (employee life circle), muitas empresas, se quer sabem do que isso significa.
O número de fases do ciclo de vida de um colaborador dentro da empresa, varia de empresa para empresa, infelizmente muitas não as conhecem, outras conhecem, mas simplesmente ignoram-na, descrevo abaixo, 7 (sete) fases que acho imprescindível para uma empresa,
Atração, é o trabalho invisível que as empresas devem fazer para que as pessoas por si mesmas queiram fazer parte da equipa de trabalho da empresa. Uma empresa está a fazer devidamente a atração, quando as pessoas se sentem atraídas para trabalhar naquela empresa. Sito, apensas, algumas empresas que a muito tempo já se encontram nesse estágio: a Toyota, a Google, a Deloitte Internacional, a KPMG Internacional, a Tesla, os candidatos fazem de tudo para que sejam integrados.
Note que: A empresa é atrativa aos candidatos quando se torna numa marca. A atração da empresa que aqui abordo não é pelo ordenado que é pago aos seus colaboradores, mas sim, o prestigio que a empresa granjeou no mercado, faz com que as pessoas queiram nela trabalhar e serem bem referenciadas.
Captação; Processo em que as empresas se lançam ao mercado a procura de cérebros para a demanda necessária. Este processo pode ser feito via jornal, tv, rádio, redes sociais ou qualquer outro meio, a empresa estipula os requisitos que procura e os candidatos, prováveis colaboradores se candidatam às vagas disponíveis. O risco de captar cérebros, nesta fase, é menos provável, uma vez que a empesa poderá já estar em desespero e captar pessoas não proficientes para a vaga.
Recrutamento, é dentre outros o processo de seleção, teste e enquadramento dos colaboradores, por qualidade de acordo com as necessidades das vagas a serem preenchidas e, não por meio de post it, por graus de parentesco algum, ou qualquer outro tipo de comunhão.
Onbording (boas vindas), processo de formação sobre matéria transversal da empresa e técnica, de acordo com a área de colocação do colaborador, é também momento da apresentação da cultura organizacional da empresa, conversa e apresentação de testemunhos de pessoas que fazem e as que fizeram carreira na empresa, de modos que haja melhor envolvimento e que os novos colaboradores se sintam motivados para emprestar todo o seu saber pela empresa.
Desenvolvimento, essa fase deve ser contínua, faz parte desse processo, a capacitação comportamental, emocional e técnica do colaborador, de acordo com a área de colocação e de modo transversal, para que o mesmo possa lograr atingir outras funções dentro da empresa. É um gravíssimo erro do gestor de RH da empresa, achar que: porque o colaborador faz bem o seu trabalho não precisa de formação de aperfeiçoamento. Caro gestor de RH, lembre-se que o homem é um ser insaciável, que gosta de ser constantemente desafiado, e que a concorrência está a formar os seus colaboradores, mais cedo, eles te ultrapassam.
Retenção, é o processo de não deixar sair os colaboradores para a concorrência, veja que, a empresa pôde já ter investido muito no colaborador e não o pode simplesmente deixar sair. Uma empresa que cumpre na íntegra e com qualidade desejada todas as etapas citadas anteriormente, normalmente não encontra dificuldades na matéria de retenção dos quadros, pois, que, os colaboradores se sentem totalmente integrados e agradados com a empresa, eles não saem nem que sejam aliciados pela concorrência com ordenados mais alto, porque sabem que dinheiro não é tudo, eles ficam por amor pelos colegas, por admirar o líder, por apreciar os cantos da empresa ficam pela família que se criou no ambiente laboral.
A melhor forma de garantir que não haja fuga de quadros, é conhecer/ouvir e atender a expectativa dos colaboradores, um á um, cobrando, à posterior pelos resultados do teu investimento.
Outboarding, é uma fase inevitável tanto para a empresa como para o colaborador, é o momento do desligamento entre as partes, a maioria das empresas não dá o tratamento devido a este processo, ou seja, não prepararam os colaboradores para a aposentadoria, ou para um desligamento por inerência de processo disciplinar, ou ainda, por outras ofertas de emprego. O colaborador arrisca-se a viver por mais de 30 anos com o seu ordenado e depois, já acima da casa dos 60 anos, se vê a viver por conta da INSS (subsídio de segurança social). As empresas normalmente não prepararam os colaboradores para a aposentadoria, as que preparam, fazem-no muito perto do fim do período, não possibilitando que os colaboradores, já com idade avançada, se possam organizar e assim fazer face a nova realidade, como: criar novas rotinas de vida, novas formas de conseguir receita adicional e complementar o valor que deixará de receber, ficam a nora (risos), sentem-se, simplesmente deixados cair, daí, se registar um número elevado de ex-colaboradores, agora aposentados que vão a óbito poucos anos depois de se desligarem da empresa.
Quando uma empresa não conhece ou não pratica/aplica as fazes de forma sequencial, do ciclo de vida do colaborador ela é uma empresa com meses ou até anos contados para fracassar. Se for uma empresa privada ela certamente encontrará o fracasso mais cedo, ao passo que se for uma empresa de domínio público, ela será uma morada de descontentes, mas que não se demitem porque não querem perder o pão, estão conformados, vão para o serviço para cumprir o horário e nada mais...
"O líder deve cuidar dos colaboradores e estes com certeza cuidarão do negócio…" Simon Sinek
E, é de facto tão simples assim, veja que, normalmente quando um aluno não gosta do professor, este aluno automaticamente terá muitas dificuldades em ter boa nota na disciplina desse professor... Porque o cérebro humano é assim, quando o colaborador não se revê nas políticas da empresa e ou do chefe directo, ele simplesmente se transforma em um peso para essa empresa, ele não carbura (risos), não produz e se converte num agente da desordem ao invés de promover mudanças para o bem da empresa.
A maioria das empresas, ao pagar o ordenado aos funcionários, uma atribuição que é mais do que a sua obrigação, pensa que está a cumprir o seu maior papel, esquece-se de medir e gerir a expectativa dos colaboradores, esquece-se de que em Gestão de Recursos Humanos, existe a premissa one size doesn´t fits all, do português, “a mesma medida não serve para todos”, cada ser é único, tem carater, motivação, expectativas… Normalmente o colaborador espera da empresa o seguinte:
- Serem respeitados;
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- Serem ouvidos;
- Serem Capacitados;
- Serem promovidos;
- Envolvidos no projecto da empresa;
- Te convido a continuar a lista ya!....
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-… .
As empresas que já entenderam que são os colaboradores a razão de sua existência e sucesso, já perceberam que é preciso dar carinho quando necessário e dar arrepio e ou desligamento do colaborador.
Assim, deve ser analisado o balanço do alinhamento com o clima organizacional, com do valor pessoal (carácter), sendo uma boa forma de aferir se um colaborador é para reter ou para dispensar, de modos a proteger a empresa e outros integrantes do grupo, técnicas para tal observe o seguinte:
i. Se o colaborador tem bom carácter e baixo desempenho → treine-o;
ii. Se o colaborador tem baixo carácter e baixo desempenho → demite-o;
iii. Se o colaborador tem alto desempenho e baixo caráter → demite-o;
iv. Se o colaborador tem alto desempenho e alto caráter o → promova-o.
E os Países, porque acham que os Países falham como Estado?
Parafraseando o antigo Presidente de Cuba, Sua Excelência Sr. Fidel de Castro Ruz “Um País que não investe no homem é um País frágil, e facilmente ludibriável”.
E frequente nos dias de hoje, com o avançar da tecnologia o que impulsionou a globalização, observar-se um aumento vertiginoso de jovens a emigrar a procura de melhores condições de vida, o que não é mal, pois toda gente tem esse direito tão logo atinge a idade adulta. Nesse ínterim, aonde se constatam as lacunas?
Os jovens europeus, por exemplo: quando saem de suas terras para procurar melhores condições em outras, eles levam mão de obra qualificada, acabando por conseguir vingar pois, encontram e têm acesso a trabalhos de qualidade, isso demonstra que houve investimento nele como recurso humano dentro de deus País.
O contrário, se verifica com jovens de outros continentes como o Africano e da América do Sul, só para dar exemplos destes, que quando deixam seus países ficam sujeitos a aceitarem empregos que os jovens do País que os recebeu não aceitam fazer, e estes emigrantes por, na maioria das vezes não terem qualificação, pois os seus governos não investem na formação e educação como deviam , de modos a fazer face a outras realidades, são obrigados a trabalhar em casas mortuárias, cemitérios, cuidar de pessoas mais velhas que os filhos não querem cuidar, trabalhar na recolha de resíduos, ajudantes de restaurantes, táxi e moto táxi, etc., outros empregos precários,
Elaborado por: Wilbert Assunção