Porque o Conselho Consultivo pode ser uma inovação para PMEs
Gillian Borges
Estamos vivenciando no Brasil o início de uma nova era empresarial. Ela está sendo impulsionada por duas Tendências[1]: A busca por governança e o aumento da expectativa de vida. Empresários estão atentos à necessidade de melhorar a maturidade da governança em suas empresas e de fortalecer conceitos como transparência, ética e reponsabilidade corporativa.
A preocupação dos empresários não é em vão: a cada minuto, quatro empresas encerram suas atividades no país. Em 2023 foram 2.153.840 negócios extintos segundo o Mapa de Empresas do Governo Federal, um aumento de 25,7% frente ao ano anterior.
Por outro lado, executivos com mais de 50 ou 60 anos começam a se preocupar com o futuro. E apesar de muitos já terem 35, 40 ou 45 anos de carreira, o aumento de disposição e da qualidade de vida afasta de suas cabeças a possibilidade da aposentadoria.
Diante desse cenário de demanda de um lado (necessidade de governança) e oferta de outro (profissionais com longas carreiras e muitos saberes), Pequenas e Médias Empresas estão sensibilizadas à ideia de implantar um Conselho com o objetivo de dar início, o quanto antes, à jornada de Governança.
Tradicionalmente, no Brasil, eram as empresas abertas, ou seja, listadas na Bolsa, que, obrigadas por lei, tinham Conselho. Hoje entende-se que nas pequenas e médias empresas a implantação de um Conselho é um catalisador para inovação - sendo importante ressaltar que inovação transcende aspectos puramente tecnológicos.
No universo das empresas de médio porte de capital fechado, com faturamento superior a R$ 100 milhões, a questão torna-se ainda mais crítica, considerando que 90% delas são familiares[2]. Apesar de acumularem décadas de atuação no mercado, muitas ainda não experimentaram estruturas de governança.
Como conselheira em empresas desse perfil, frequentemente constato uma realidade preocupante: a ausência de processos estruturados e a centralização excessiva das decisões na figura do gestor. A concentração do poder decisório representa um risco para a continuidade e a evolução do negócio.
Além disso, a implementação da governança, que inclui o Conselho, traz vantagens competitivas significativas, como o aprimoramento dos processos e a ampliação da visão estratégica. Um colegiado formado por conselheiros independentes, com fundadores da empresa e conselheiros advindos da diretoria, permite ir além das questões do dia a dia - algo que normalmente consome a equipe - e pensar o negócio de forma mais ampla, incluindo seu papel na sociedade e suas responsabilidades ambientais.
Estratégia baseada em Tendências
Com demanda de um lado e oferta de outro, inclusive pela proliferação de escolas especializadas em governança, pode parecer simples resolver a equação e montar um Conselho. Mas formar um colegiado com capacidade de maximizar o potencial das empresas é uma tarefa complexa.
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É por isso que na Conselheiros TrendsInnovation temos a preocupação de estimular o desenvolvimento tanto das hard skills quando das soft skills dos nossos associados. Além disso, só aceitamos entre nossos membros profissionais com experiência e conhecimento em visão de futuro e com habilidade de ler tendências.
Os Conselheiros TrendsInnovation são formados pela Inova Business School, parceira da CT, são preparados para discutir questões estratégicas e para colocar o futuro em pauta em todas as reuniões de conselho. Também precisam estar preparados para os temas que guiam o século XXI, como equidade, transformação digital, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social.
Entendemos que o papel do Conselho – e de cada Conselheiro – é ser um agente de mudança no desenvolvimento das PMEs, avaliando cenários futuros e propondo inovação a partir das lentes das tendências.
*Gillian Borges é presidente da Associação dos Conselheiros TrendsInnovation.
[1] What´s Next Direção 2035, Inova Consulting
[2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Head de Projetos Estratégicos, Analytics e Transformação Digital | Advisor
1 m👏🏼👏🏼👏🏼
Diretora Jurídica | Compliance | Conselheira | Governança Corporativa | Oil & Gas | Transição Energética | ESG | Diversidade & Inclusão
1 mTimaço!!!
Especialista em Acessibilidade/ Diversidade, Inovação e ESG | Conselheiro | Empreendedor | Investidor | Palestrante | Professor | Conector de Impacto e Criador de Negócios Futurísticos
1 mExcelente artigo e o Conselheiros TrendsInnovation tem agregado aprendizados valiosos para os conselheiros e quem quer ser conselheiro.