A posição da economia chinesa na recuperação
Vivemos o ano que mexeu com as estruturas de todo o mundo, economicamente e socialmente acompanhamos quedas históricas, retrações assustadoras e movimentações atípicas no mercado, todas conectadas a um ecossistema global complexo com grandes players, como a China.
Aprendemos, na prática, o dinamismo do mercado. Do fechamento de lojas físicas à transferência de equipes inteiras para home office, e a uma transformação digital “forçada”, todos os países conheceram de perto alterações em diferentes os setores.
A pandemia que começou retraindo o PIB chinês em 6,8% em relação ao período de janeiro a março do ano anterior, espalhou-se pelo mundo afetando todos os países fortemente conectados à indústria chinesa. O setor industrial do país asiático teve queda de 13,5% em atividade desde o início da pandemia, número que não retraia desde 1990. Já o setor de vendas e varejo teve retração de mais de 20%, assustando o mundo todo.
Sendo o epicentro de disseminação do Coronavírus, a China foi também o primeiro país a mostrar sinais de recuperação. O governo chinês divulgou o crescimento de 3,2% do PIB para o segundo semestre de 2020 em relação ao ano anterior, otimizando a retomada do mercado. A China se posiciona como importante importadora de matéria-prima e exportadora de produtos para diferentes países, tendo papel essencial na recuperação da economia mundial. Mas o que mais tem a estrutura econômica chinesa de tão potencial?
O país vem, há tempos, investindo na mecanização de suas indústrias, assim como em inovação e tecnologia em larga escala. Não à toa, a reação chinesa à crise mundial apoiou-se no caminho que já vinha sendo desenvolvido anteriormente, o que possibilitou o alto nível tecnológico e logístico para solucionar os problemas da pandemia.
Além de tecnologia, o governo chinês tem grande participação na recuperação do país, aumentando o investimento em empresas públicas e aplicando dinheiro na infraestrutura local para gerar empregos e movimentar novamente a economia. Mesmo assim, os números de desemprego e consumo continuam fortemente impactados.
Continuam incertas as tendências de recuperação, afinal o mercado é um ecossistema complexo, conectado e interdependente. Enquanto países retomam partes de sua economia, outros estão sentindo o ápice dos danos da pandemia. Mesmo com um longo caminho a seguir, podemos tirar lições do posicionamento do país asiático a fim de minimizar os danos, e construir etapas de recuperação também em nosso país.
No âmbito governamental: responsabilidade, investimento e infraestrutura. No âmbito empresarial: tecnologia, inovação e mais tecnologia. O futuro “adiantado” pela pandemia reforça a necessidade de maior integração do mercado interno, maior auto suficiência e fortalecimento por meio de ecossistemas tecnológicos que possam potencializar a atuação das empresas brasileiras.
Precisamos abarcar cada vez mais tecnologia com foco em transformação digital, inovação,e capacitação de profissionais para criar estruturas robustas e mais fortes para enfrentar crises.