Precisamos falar sobre Suicídio

Chegamos ao final do mês, no decorrer dos dias diversos profissionais abordaram o tema sobre a Prevenção ao Suicídio, neste é feito a Campanha Setembro Amarelo, mas não irei abordar aqui sobre quando e como começou, pois já falei disto em outro momento.

Peço a atenção de todos, pois não é só neste mês que precisamos falar sobre Suicídio, afinal os números são alarmantes e preocupantes, você sabia que cerca de 1 milhão de pessoas morrem anualmente no mundo todo por suicídio e que a cada 40 segundos perdemos uma vida por esta via, este índice é ainda mais preocupante em adolescentes e jovens com faixa etária de 15 à 29 anos, sendo assim a 2ª maior causa de morte, visto que a 1ª está relacionada ao trânsito.

Este assunto delicado e carrega consigo diversos estigmas, mas precisamos falar, pois só assim poderemos ajudar, aliás é dever da sociedade acolher a todos que estão em sofrimento e com ideação suicida. Precisamos entender que o suicídio está relacionado aos transtornos mentais e que necessita de tratamento, sendo este o maior estigma sobre suicídio, muitos não buscam pois acreditam que a solução está apenas na morte. O ideal ao perceber que há este sentimento é procurar ajuda imediatamente, afinal aqui precisamos trabalhar com a prevenção, pois esta sim salva vidas.

No entanto, existem mitos/crenças que acompanham este assunto, como:

1.      As pessoas acreditam que aqueles que tentam o suicídio querem apenas aparecer ou chamar a atenção, totalmente falso;

2.      Outra ideia falsa é de que aquele que tentou e sobreviveu ao ato está bem e não precisa de cuidado e acompanhamento, pois acham que o mesmo não fará novamente;

3.      Em relação a mídia, muitos acreditam que está pode incentivar se divulgar algo sobre.

Agora que já sabemos identificar alguns mitos, vamos falar sobre o que é verdade:

1.      As pessoas que buscam esta via estão de alguma forma tentando encontrar a solução para o seu sofrimento ou acabar com a dor que estão sentindo e que não conseguem suportar ou encontrar uma forma para lidar com ela;

2.      A maioria das pessoas com ideação suicida dão sinais sobre a sua ideia de morte, acontece que muitas vezes não estamos dispostos ou atentos a estes sinais e acabamos interrompendo;

3.      Um dos momentos que mais precisamos ter atenção e que mais tem risco é quando a pessoa comete o ato e sobrevive, precisamos entender que o desejo dela não passou e que ainda está muito fragilizada, pois tentativas são a porta de entrada para novas tentativas, aqui não cabe julgamentos ou críticas, nesta fase a pessoa precisa ser acolhida e principalmente deve ser acompanhada por profissionais da área;

4.      Outro fator principal é reconhecer o sofrimento da pessoa, assim como o desejo, pois este é real e precisa ser levado a sério, precisamos demonstrar empatia, sendo fundamental para a prevenção;

5.      Voltando a questão da mídia, esta tem a obrigação social de abordar sobre o tema em questão, mas de forma adequada, isso não irá fazer com que aumente o número de casos, pelo contrário a população precisa ser informada sobre o problema, como e onde procurar ajuda.

A informação é essencial para protegermos e cuidarmos daqueles que amamos, em casos assim é preciso estar ao lado da pessoa, não deixá-la sozinha, procurar as redes de saúde, ou ligar para o Samu 192, também pode procurar a ajuda de profissionais de saúde mental, como psiquiatras e psicólogos, o acompanhamento com estes dois profissionais é essencial para o tratamento.

Se você souber de alguém que esta em risco, ou se for você mesmo (a) procure ajuda ou peça para alguém próximo lhe ajudar, acredite a sua vida e a de todos é muito importante. Para toda dor há uma solução e uma forma de lidar, então cuide de você e daqueles que ama.


Juntos podemos salvar vidas.

Pense nisso!

Psicóloga Angélica Monteiro

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