A primeira infância é a que fica

A primeira infância é a que fica



Quando os vieses estão estabelecidos em nossa mente a tarefa de minimizá-los fica um pouco mais complicada.

Ao nos tornarmos adultos deparamos com novas regras, ambientes diferentes e desafios inéditos.

É o ciclo da vida que nos obriga a melhorar a todo instante.

No entanto, antes de chegarmos à fase adulta, evidentemente, passamos pela infância e adolescência.

Quem não se lembra da fase de “aborrescente”?   

Cheia de desafios, inseguranças, rebeldia, novas experiências, etc.

Escolhi falar sobre a primeira infância com você nesse novo artigo.

Essa fase, que compreende do nascimento até os sete anos, é fundamental em nossa formação.

Estudos comprovam que experiências, descobertas, educação, afeto, amor, cuidado e carinho serão levados para o resto da vida.

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A ciência explica pragmaticamente que até os sete anos de idade desenvolvemos: caráter, base emocional e cognitiva, cidadania e consciência de direitos e deveres.

A neurociência comprova que o cérebro da criança passa por uma fase de grande plasticidade.

Nos primeiros 1.000 dias, da concepção até os dois anos de idade, o desenvolvimento cerebral ocorre em uma velocidade única na vida: as células cerebrais podem fazer até 1.000.000 de novas conexões neuronais a cada segundo.

Aprendemos habilidades emocionais, cognitivas, sociais e desenvolvemos nossa capacidade intelectual, aptidões e competências com maior facilidade.

Perceba o tamanho da responsabilidade que nós, adultos, temos ao conviver com uma criança.

É gigante, concorda?

Há impacto na saúde também. Quando a primeira infância é tratada com atenção é possível alcançar uma redução de até 50% em doenças, conforme provou o estudo do epidemiologista inglês David Barker que teve conclusões mundialmente reconhecidas pela comunidade científica.

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Crescer em um ambiente seguro e rico em estímulos positivos é a chave do sucesso.

Pais, mães, avós, tios, tias e familiares de uma maneira geral devem ler, cantar, estabelecer contato olho no olho e demonstrar carinho.

É preciso estimular as conexões entre os neurônios para a criança alcançar na vida adulta o potencial que tem.

Aproveitar a fase de maior abertura e absorção para aprender coisas novas fortalece o ser humano.

Mesmo assim perceba que estamos falando de um cérebro ainda vulnerável no que diz respeito às condições emocionais.

Eventos, fatos e acontecimentos que ocorrem durante os primeiros anos podem até ser esquecidos com o passar do tempo. Porém, impactam na maneira de viver e assimilar a realidade no futuro.

Crianças que passaram pela primeira infância de forma responsável têm melhor desempenho escolar e profissional na fase adulta. Já as crianças que viveram a primeira infância em um ambiente impróprio e repletos de estímulos negativos terão dificuldades na vida adulta. Isso é fato!

Aproveite que a janela de oportunidade está aberta e invista no desenvolvimento físico e mental.

Identifique e incentive as habilidades, aptidões e competências.

Elas aprendem com grande velocidade. É impressionante!

Para desenvolver o cérebro é importante também que a criança brinque muito ao longo da primeira infância. 

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Os filmes de animação são boas oportunidades para apresentar o mundo. Aperte o play e mantenha um diálogo com a criança enquanto o personagem passa por situações tristes, adversas ou felizes. Essa conversa durante o filme é uma excelente maneira de aprendizado.

Lembre-se sempre que é na primeira infância que todas as informações, emoções e experiências estão sendo absorvidas pelo cérebro da criança.

Literalmente tudo que elas recebem de estímulos, sentimentos e palavras ficam registrados.

Sim, elas têm um HD zerado e pronto para arquivar e armazenar tudo e mais um pouco.  

Consequentemente, as interações (positivas ou negativas) formam a personalidade.

Xiiiiiiiii...

Vamos deixar esse assunto de personalidade para outro artigo...

Obrigado pela leitura e se quiser estou pronta para trocar ideias sobre os dilemas da vida adulta.

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