Problemas complexos, soluções práticas
Na minha região existem muitas empresas em diversos ramos de atuação. O que eu mais gosto no meu trabalho é que não importa qual é o ramo que determinada empresa está atuando, eu tenho possibilidades de estar me adequando a cada realidade, e desenvolvendo soluções para diversas necessidades. Se tratando de informação, fui desenvolvendo ao longo da caminhada algumas ferramentas e técnicas para automação de alguns processos e melhoria dos mesmos.
Primeiro eu conheço a empresa alvo, através de visitas, conheço o modo como operam, e identifico os principais gargalos que muitas vezes impedem um andamento mais rápido e efetivo de um processo. Após isso, é preciso se pensar em uma solução usando algo prático de ser usado por todos os envolvidos no processo. É necessário ter atenção em como essa solução será aplicada. Pois se tratando de empresas com maior número de pessoas, o fluxo de contratações e demissões pode ser alto. Dessa forma um colaborador não pode deter de informações privilegiadas de como executar uma tarefa específica. Por isso a simplicidade na aplicação desenvolvida deve prevalecer. Isso está diretamente ligado ao UI (User Interface) e logicamente à UX (User Experience).
Se tratando de uma aplicação que virá com um objetivo de sanar uma dificuldade, é normal que ela não seja 100% eficaz nos primeiros momentos. Com os feedbacks dos usuários, e com os resultados obtidos nos primeiros dias ou semanas de uso da aplicação, já dá para ir pontuando alterações a serem feitas, e em seguida desenvolver atualizações até que a aplicação seja validada.
Captação, armazenamento, e processamento. São basicamente esses três pilares das minhas aplicações. Geralmente quando um colaborador atua fisicamente fora da empresa, é muito mais difícil captar informações através de um software de pc. Por conta da praticidade, nesses casos sempre é utilizado soluções mobiles.
Como na imagem (Checklist Veicular) é possível ver um exemplo de como é possível captar informação de forma simples através de um app. Claro que nos dias de hoje é possível encontrar carros com diversas tecnologias que já informam tudo isso ao motorista, ou sistemas de gerenciamento embarcados( hardwares ) que fornecem todas as informações sobre um veículo. Mas como citado no primeiro parágrafo, eu preciso me adaptar à realidade de cada empresa. E no caso dessa, para a qual eu desenvolvi essa aplicação, ela não me disponibilizava hardwares com API's para que eu pudesse processar as informações que era preciso. Então, os diversos motoristas preenchem esse checklist todos os dias antes da primeira viagem. Logo se levanta a questão da confiabilidade dessas informações. Entretanto não é muito difícil detectar anomalias nas informações fornecidas. Pois durante o dia a dia, são criados naturalmente padrões de uso dos veículos. Por exemplo, normalmente o Motorista José sai com o veículo JXW da empresa todos os dias no turno da manhã e roda cerca de 80 Km. E no turno vespertino o Motorista Marcelo, pega o mesmo veículo JXW e percorre como de costume 65 Km. Nesse exemplo, descrevi um padrão que se repete diariamente. Caso haja alguma anormalidade, logo será mais fácil de ser detectada. Esse é um controle simples, mas o interessante é a forma que ele é empregado. Por exemplo, existem pessoas mal intencionadas, que podem inserir informações erradas ou não confiáveis, mas isso é contornado, com colaboradores sérios trabalhando. Além disso, essa aplicação serve de amparo para os próprios motoristas. Por exemplo, o veículo acaba recebendo uma multa, por conta de uma lanterna queimada, entretanto no checklist feito pelo motorista do dia, ele havia informado nas observações adicionais que havia a necessidade de troca de uma das lanternas do veículo. Dessa forma ele está isento da culpa, pois ele cumpriu com a sua obrigação de ter informado sobre. Dessa forma é possível evitar problemas do tipo.
Em futuras publicações irei falar sobre o ciclo do processo, mas já adiantando, essas informações inseridas pelo colaborador, ficam armazenadas em nuvem e o processamento e visualização ficam a cargo do software, que normalmente fica instalado nos terminais do escritório da empresa.