Procura-se tomadores de Decisões - Você se habilita?

Para você, é fácil tomar decisões? Em sua vida pessoal ou profissional mesmo que você ache que não tem o perfil de um tomador de decisões, há situações que exigem um comportamento mais assertivo, onde terá que decidir sobre algo rapidamente.

Ao analisar o comportamento humano podemos afirmar que a característica de tomar decisões é algo inato, pois todas as pessoas tomam decisões em algum momento da vida como por exemplo; decisão de casar, escolha da profissão, dentre outras.

O grande problema está no fato de que quando você toma uma decisão, está embutido no processo uma responsabilidade, ou seja, as consequências dessa decisão.

Nas organizações a medida em que você vai crescendo, com conhecimentos técnicos e conhecimentos sobre pessoas, cada vez mais vai sendo exigido que você tome decisões muito mais complexas e, portanto, mais difíceis de tomar.

O que se percebe nas organizações é que existem pessoas realmente preparadas e prontas para assumirem maiores responsabilidades, mas em contrapartida também encontramos algumas pessoas ávidas por isto, mas que não estão preparadas, ou seja, lhes faltam informações e ainda encontramos outras pessoas que tem toda essa condição, mas porque está embutida essa responsabilidade com suas consequências não querem assumir decisões e em assim sendo nos dois últimos casos é incompatível alguém querer crescer em uma empresa sem que tome decisões.

As empresas estão ávidas por pessoas tomadoras de decisões, porque no dia a dia acontecem acidentes, incidentes, novas descobertas, concorrentes, mercado, mudanças e alguém tem que dizer para onde a organização vai e isto vale desde o presidente da empresa até o mais simples líder de equipe.

Existe um outro aspecto a ser analisado e que muitas vezes é renegado a segundo plano, que é o do processo de tomada das decisões por parte das pessoas que não possuem cargos formais e esta é uma das características das pessoas que normalmente crescem nas organizações, ou seja, é preciso ficar atento às pessoas que fazem um pouco mais daquilo que é exigido da sua posição.

Portanto quando um funcionário atua dando suporte ao seu superior para que este tome decisões melhores, é uma demonstração que essa pessoa possui mais potencialidades, tem condições não só de auxiliar seu superior, mas também de assumir um cargo com maior responsabilidade, fazendo com que eventualmente possa ser promovida.

Entretanto no dia a dia das organizações não é raro encontrar líderes que tomam decisões que são equivocadas ou mesmo tardias e que não assumem isso, trazendo sérias consequências para sua equipe e organização.

O efeito é desastroso quando encontramos um líder que não assume suas responsabilidades, ou seja, se por exemplo ao dar uma ordem para executar determinada tarefa e esta por alguma razão não der certo, teremos problemas se ele transferir a responsabilidade pela falha para um subordinado, ou para um colega, ou para a estrutura da organização ou ainda para a conjuntura.

O ideal é que o líder independentemente do nível de liderança em que se encontre dentro da organização, assuma as suas responsabilidades pelas possíveis falhas, pois está embutida na decisão a responsabilidade.

No momento em que você toma uma decisão, obviamente que você objetiva um ganho, mas normalmente está embutida na decisão também uma perda que as vezes pode ser maior do que o ganho e então perceberemos que um líder é de boa qualidade quando conquista mais ganhos do que perdas.

Para quem quer conquistar a excelência em liderança precisa ter algumas características como: engajamento, iniciativa, respeito pelos outros, para que possa transmitir isso à sua equipe.

Ser líder envolve o conhecimento da empresa e interesse pelo trabalho para inspirar sua equipe a fazer o melhor.

Além do conhecimento da sua empresa, de como as diversas áreas internas interagem é preciso ir além, pois para tomar boas decisões isso não basta, é preciso conhecer o que está acontecendo por exemplo em finanças no país, o que está acontecendo em política, pois na verdade todo o contexto é importante, porque para tomar decisões antes de mais nada é preciso desenvolver alternativas.

Para desenvolver alternativas é preciso conhecimento, caso contrário você não consegue.

Alguns dirão que existem aqueles líderes que tomam decisões por instinto, mas via de regra as decisões por instinto estão muito próximas das reações primitivas, ou seja, são reações do cérebro reptiliano que podem funcionar algumas vezes se a situação for semelhante às que essa pessoa já viveu, mas via de regra esse tipo de decisão não funcionam direito para decisões assertivas.

Portanto para que as decisões produzam resultados positivos, que são as que as organizações estão esperando, é preciso que a pessoa possua muitos conhecimentos, não nos esquecendo ainda que essa pessoa precisa ter boa formação, não sendo esta formação apenas nos aspectos técnicos, mas inclui formação na área de humanas, até porque para ser líder, antes de mais nada é preciso ser líder de pessoas, onde a responsabilidade principal é conduzir seus subordinados a fazer o trabalho do jeito com que com que a empresa precisa que seja feito e isto não se consegue de forma apenas instintiva.

Em relação a tomada de decisões, esse poder não necessariamente precisa estar na figura do líder formal, ou alguém que está acima na hierarquia da organização, pois todos em suas rotinas de trabalho podem tomar decisões desde que tenham a iniciativa de fazer algo por exemplo, mais rápido, de forma mais eficiente, antes das outras pessoas.

O que acontece é que algumas pessoas têm “medo” de tomar decisões pelas responsabilidades e consequências dessas decisões, pois após tomá-las precisam assumi-las, já que as implementaram e não podem simplesmente depois responsabilizar os outros, a responsabilidade é de quem decidiu, não dá para ser diferente disto.

Portanto se você quer crescer profissionalmente, seja você um líder formal ou um funcionário sem cargo de liderança é fundamental que você desenvolva a habilidade de tomada de decisões.

Tome a decisão de perguntar, estudar, correr atrás de sua formação, busque ajuda, mas em hipótese nenhuma fique parado, pois em especial no Brasil, as organizações estão cada vez mais ávidas por “Tomadores de Decisões”.