Prometo
Hoje, sem prever e mesmo sem querer, vi-te.
Fiquei sem chão, desconcertado. Mais do que já estava e mais do que esperava.
Pensava estar mais forte, pensava já não te amar tanto, pensava não doer tanto.
Posso até viver outra vida, posso até querer fugir, posso até saber o quanto não é possível o “nós”, mas isso não evita o sentir do quanto de amo, o tanto que te amarei sempre, e o quanto me dói viver sem ti.
Esse amor destrói-me todos os dias um pouco, não por te amar, mas por não te ter.
Morro todos os dias por saber o quanto ser teu não mais é possível, o quanto seres minha se tonou inacessível.
Morro porque percebi no que para nós o amor se tornou.
Morro porque ele próprio, gerou em nós, um para sempre impossível.
Por isso, prometo a mim, ou ao que resta de mim, esquecer-te.
Sim. Para que possa acreditar em mais um dia, para que possa pensar em sobreviver,
Prometo esquecer-te ou morrer.
Autor: Antero Carvalho (AC)
Escrito a 02.03
Título: Prometo