Psicologia positiva, inteligência emocional e autoconsciência

A minha quinta matéria pela PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul foi ministrada pela excelente professora Caroline de Moraes e me deixou extremamente contente, animado e cheio de energia. Afinal de contas “Emoção é energia; energia que precisa ser movida.” Essa emoção me faz querer continuar na minha jornada de autoconhecimento que vem se mostrando um caminho novo do ponto de vista profissional... veremos.

A matéria em questão abordou diversos temas relacionados a compreensão das emoções, leitura do que está acontecendo de forma consciente e identificação de padrões de comportamento. Tudo para que possamos trazer mais qualidade de vida e bem-estar para nós mesmos e consequentemente para as pessoas que convivem conosco. Para isso foram abordados alguns tópicos que listo abaixo.

Desenvolvimento da empatia:

O desenvolvimento da empatia envolve um processo complexo que combina tanto fatores genéticos quanto ambientais. Daniel Goleman, em seu livro "Inteligência Emocional" aborda a empatia como parte da inteligência emocional. A empatia pode ser cultivada e aprimorada através da prática e do desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais. Isso inclui a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender as emoções dos outros e responder de maneira apropriada e compassiva. O desenvolvimento da empatia requer atenção à comunicação não verbal, escuta ativa e empatia cognitiva e emocional.

Mudança de padrões emocionais aprendidos:

Goleman enfatiza no livro "Inteligência Emocional" que os padrões emocionais aprendidos podem ser modificados. Isso se baseia na ideia de que o temperamento não é um destino fixo. Através do autoconhecimento, da autorregulação emocional e do desenvolvimento da inteligência emocional, as pessoas podem mudar seus padrões emocionais e melhorar suas respostas emocionais a diferentes situações.

Momentos cruciais:

Os "momentos cruciais" referem-se a situações ou momentos decisivos na vida de uma pessoa em que as emoções desempenham um papel fundamental. Goleman pode estar abordando a importância de reconhecer e gerenciar as emoções em momentos críticos, como conflitos, desafios ou decisões importantes. A inteligência emocional se torna crucial em tais momentos, permitindo que as pessoas tomem decisões mais informadas e construtivas, em vez de serem dominadas por reações emocionais impulsivas.

“O bem-estar emocional não significa que as emoções comumente consideradas negativas vão deixar de existir.”

Existem técnicas e estratégias que podemos adotar para nos auxiliar no processo de desenvolvimento dessa inteligência.

1. Autorregulação Emocional: A autorregulação emocional é um processo fundamental da inteligência emocional. Envolve a capacidade de uma pessoa gerenciar suas emoções de maneira consciente e eficaz. Isso significa controlar impulsos emocionais, regular reações emocionais negativas e construir respostas apropriadas em situações desafiadoras. A autorregulação emocional é essencial para o bem-estar emocional e a capacidade de tomar decisões informadas. Ela permite que as pessoas evitem reagir impulsivamente a emoções intensas e, em vez disso, considerem as consequências de suas ações.
2. Aprender a lidar com a vergonha: Brené Brown, uma pesquisadora e psicóloga renomada, descreve a vergonha como um sentimento profundo de inadequação e indignidade. É o sentimento doloroso de acreditar que somos imperfeitos e, portanto, não merecemos amor, pertencimento ou aceitação. A vergonha é uma emoção poderosa que pode afetar significativamente a autoestima e o bem-estar emocional das pessoas. Entender e lidar com a vergonha é importante para o desenvolvimento da inteligência emocional, pois permite que as pessoas reconheçam esses sentimentos e trabalhem para superá-los, construindo uma imagem mais positiva de si mesmas.
3. Conhecer as próprias emoções: Isso envolve a autoconsciência emocional, ou seja, a capacidade de reconhecer e compreender suas próprias emoções.
4. Lidar com as emoções: Isso se refere à autorregulação emocional, que mencionamos anteriormente, onde as pessoas podem controlar impulsos emocionais e reações negativas.
5. Motivar-se: Isso envolve a capacidade de direcionar emoções para metas e objetivos construtivos.
6. Reconhecer emoções nos outros: Isso se relaciona à empatia, ou seja, a habilidade de compreender as emoções das outras pessoas.
7. Lidar com relacionamentos: Isso inclui a capacidade de se relacionar de maneira eficaz com os outros, construir relacionamentos saudáveis e resolver conflitos de forma construtiva.

A inteligência emocional é fundamental para o sucesso nas relações pessoais e profissionais, bem como para o bem-estar emocional e o autodesenvolvimento. Ela permite que as pessoas entendam e gerenciem suas próprias emoções e as emoções dos outros de forma eficaz.

Basicamente quando precisamos trabalhar e desenvolver inteligência emocional, isso acontece por estarmos fora dos limiares da Janela de Tolerância. A pessoa está desregulada emocionalmente e isso acontece por dois principais fatores:

1. Hiperativação: luta/foge (respostas ao medo), explosões de raiva, alta energia, crises de ansiedade e pânico, sobrecarga.
2. Hipoativação: Congelamento/ entorpecimento, dissociação, sensação de vazio, paralisia.

Por último mas não menos importante, trago a "Roda dos Sentimentos" de Gloria Willcox que ajuda as pessoas a identificar e compreender uma ampla gama de emoções.

Ela é usada como uma forma de aumentar a inteligência emocional e a consciência emocional. A roda geralmente consiste em um círculo dividido em várias seções, cada uma representando uma emoção diferente. As seções são organizadas de acordo com a intensidade e a natureza das emoções, permitindo que as pessoas identifiquem e expressem melhor seus sentimentos.

Essa ferramenta pode ser útil para melhorar a comunicação e o entendimento das emoções, tanto para uso pessoal quanto profissional.