Qual é o perfil do COO para 2024?

O cenário mercadológico atual encaminha-se para uma realidade de crescente adoção de ferramentas relacionadas à Inteligência Artificial e às mais recentes tecnologias disponíveis. Mesmo sendo uma tendência quase generalizada, surge a pergunta: como a área de Operações se encaixa nesse contexto? 

A Evermonte Executive Search conduziu uma pesquisa que revela que aproximadamente 37% das lideranças de Operações consideram a Excelência Operacional como prioridade para a área. Em contraste a diversas movimentações do mercado, apenas 19% dos líderes veem a Inteligência Artificial como prioritária em suas diretorias operacionais.

Dessa forma, percebemos que o panorama atual para as Operações foca no aprimoramento dos processos internos já estabelecidos, em detrimento da adoção de tecnologias emergentes. Diante dessas diferenças, nos questionamos: qual é a realidade do COO para 2024? Suas demandas são as mesmas dos outros profissionais do C-Suite? Qual skill é necessária?

Partindo dessa reflexão, apresento na Newsletter de fevereiro três desafios aos quais essa liderança deverá se atentar ao longo de 2024, bem como a característica imprescindível para quem ocupa essa posição. 

Boa leitura!

Eficiência operacional

A eficiência operacional surge como o ponto crucial para o Chief Operating Officer (COO) no cenário empresarial contemporâneo. No ambiente dinâmico e competitivo atual, a capacidade de otimizar processos internos, aprimorar a produtividade e reduzir custos torna-se essencial para o sucesso organizacional. O COO desempenha um papel central na busca por métodos inovadores, tecnologias avançadas e estratégias ágeis que possam aprimorar a eficiência operacional. 

Ao mesmo tempo, ele enfrentará o desafio de equilibrar a implementação de mudanças sem comprometer a estabilidade operacional. O sucesso de quem ocupa a cadeira dependerá, em grande parte, de sua habilidade em liderar transformações operacionais de forma integrada, alinhando os objetivos da empresa com práticas eficazes e adaptáveis, assegurando, assim, uma posição competitiva e consistente no mercado.

Gestão de ambientes híbridos

Outro ponto crucial para o Chief Operating Officer é pensar e planejar o engajamento de seus colaboradores. É importante considerar em todos os planejamentos operacionais as novas características da workforce - segundo a Harvard Business Analytics, 81% das corporações reconhecem forças contingentes e híbridas como essenciais para seu funcionamento, entretanto, apenas 38% afirmam que sua organização é eficaz em gerenciá-los.

Relacionamentos estratégicos

Por ser a principal liderança de uma estrutura intersetorial complexa, o COO exerce um papel primordial na gestão do relacionamento entre Diretorias e Gerências que reportam a essa posição. Liderando operações com interesses e agendas concomitantes, torna-se cada vez mais fundamental que o executivo atue de forma construtiva, saindo do modelo tradicional de hierarquia top-down e favorecendo o debate estruturado entre as lideranças industriais.

Adaptabilidade

Assim, visando administrar todos esses desafios com excelência, existe uma habilidade que deve ser dominada: a adaptabilidade. Sim, mesmo que possa parecer contraditório à realidade de manutenção e aprimoramento de processos mencionada para a área no ano de 2024, o COO deve ser capaz de se adaptar às mudanças. Essa competência, portanto, é extremamente substancial, uma vez que o profissional deve estar sempre aberto a lógicas de aprendizagem contínua, objetivando, acima de tudo, a eficiência operacional. 

Além disso, a compreensão do conceito de adaptabilidade vai além, abrangendo a habilidade de explorar e adotar novas mentalidades dentro da equipe, incorporando também uma postura empreendedora do profissional. Essencialmente, essa capacidade envolve a adaptação a novas tecnologias que possam surgir, a compreensão das mudanças no mercado e a antecipação da evolução das necessidades dos clientes.

Em 2024, a Diretoria de Operações terá que se atentar a aspectos que tangem processos, a nova realidade do trabalho híbrido e relações interpessoais. Tudo isso pode ser realizado com maestria, a partir do desenvolvimento de skills como a adaptabilidade.

Assim, Executivo(a) de Operações, gostaria de realizar uma pergunta crucial: qual será a prioridade estratégica para a área de operações no ano de 2024?