Qual a diferença...???
Algumas vezes, tenho me deparado e assistido a algumas sessões de Brainstorming e de Diagrama de Ishikawa em que vejo uma mistura de conceitos. Embora suas aplicabilidades na indústria sejam bastante difundidas e executadas por grande parte dos colaboradores, mesmo assim, ocorrem alguns erros. Por essa razão, muitos fracassos estão atrelados à má aplicação das ferramentas. Não estou dizendo que as ferramentas sejam ruins, pelo contrário, elas são excelentes para a solução de diversos problemas, sejam eles simples ou complexos.
A questão que levanto é:
Todos entendem a diferença entre Brainstorming e Diagrama de Ishikawa?
Conceitualmente, esses métodos são bem distintos:
De acordo com os conceitos acima, fica claro um ponto em comum: identificar as causas dos problemas. Então, qual é a diferença?
A diferença está no desencadeamento posterior às sessões realizadas, onde:
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A distinção se dá pelo tipo de causa do problema: é uma causa real ou hipotética?
No Diagrama de Ishikawa, devem ser colocadas apenas as causas reais que respondem pelos efeitos. Algumas empresas até realizam testes de verificação para confirmar, mas, na essência da ferramenta, devem ficar apenas as causas-raiz reais.
No Brainstorming, a ferramenta já especifica que se trata de uma ideia, uma suposição, ou seja, estamos trabalhando no campo virtual. Para tanto, precisamos obrigatoriamente testar (DOE – Design of Experiment) para comprovar a veracidade da causa mencionada na sessão.
A não observância desse ponto pode ocasionar um grande transtorno no desencadeamento dos procedimentos subsequentes das ferramentas, pois diversas atividades serão executadas acreditando que as causas levantadas são reais. Por exemplo, depois que o Diagrama de Ishikawa fica pronto, a equipe não consegue atacar todas as causas ao mesmo tempo. É necessário determinar a priorização por meio das ferramentas GUT ou de Pareto. Com a priorização estabelecida, a causa elencada passa pelo crivo dos 5 Porquês e, em seguida, elabora-se o Plano de Ação – 5W1H.
Agora, vamos imaginar que todo esse trabalho esteja sendo feito com base em uma causa não real, hipotética, não comprovada em teste (DOE). O que acontecerá? Exato! A solução não será encontrada. Tremenda frustração. E é nesse momento que você descobre qual é a diferença.