Qual a melhor forma de reduzir a ansiedade da sua equipe?

Você já deve ter ouvido ou lido que “a ansiedade é o mal do século”. Para piorar, segundo os especialistas, existe uma relação entre depressão, ansiedade e estresse, ou seja, uma doença pode levar a outra. Sim, a ansiedade pode se tornar uma doença, o distúrbio de ansiedade generalizada.

Segundo informações do Ministério do Trabalho, transtornos de ansiedade e depressão representam metade das doenças psiquiátricas originadas ou agravadas no ambiente de trabalho. Juntas são a segunda maior causa de adoecimento no trabalho, perdendo apenas para as doenças relacionadas a esforços repetitivos.

Nem preciso mencionar que, em tempos de pandemia global e isolamento social, este quadro só tende a se agravar.

E o que você que é líder de uma equipe tem a ver com isso?

Você é um dos maiores responsáveis pelo nível de estresse e ansiedade da sua equipe.

Mas vamos focar apenas na ansiedade, por enquanto.

Ansiedade é o medo de algo que está no futuro. É disparada em nossa mente por pensamentos decorrentes da imaginação de algo que poderá ter consequências negativas.

Foco na palavra imaginação, por favor.

Imaginamos que algo ruim vai acontecer numa tentativa de antecipar nossas tomadas de decisão, nossas reações. É um mecanismo mental automático, ligado à principal programação do seu cérebro: sobrevivência.

O que gera esta necessidade mental é a falta de informação. Se eu não sei o que vai acontecer, preciso imaginar. Por uma questão de sobrevivência a tendência natural é imaginar situações negativas, catastróficas.

Claro que nem todas as pessoas irão sucumbir a este tipo de situação. Aquelas que tem maior inteligência emocional saberão identificar e agir sobre estes pensamentos quando eles surgirem.

O importante é estar preparado para lidar com esta situação, pois colaboradores ansiosos, mesmo que ainda não tenham chegado a um estado crônico de ansiedade – diagnosticados ou não – estarão mais preocupados com a sua sobrevivência corporativa do que com as tarefas que precisam executar.

E nem tente pensar que ao deixar de fazer a tarefa aí sim estarão colocando suas carreiras em risco. Isso é verdade, é racional, mas não é forte o suficiente para debelar uma crise de ansiedade. Somos dominados pelas nossas emoções, quer você queira aceitar isso ou não. Basta retroagir na sua memória e lembrar das decisões guiadas por raiva, paixão, tristeza ou medo das quais você se arrependeu depois.

Como líder você deve atuar na origem do problema: informação.

Compartilhe com a sua equipe as informações que dizem respeito às suas carreiras, aos rumos da empresa, às medidas que estão sendo tomadas. Não deixe de falar das dificuldades e riscos.

Se como líder, você não tem acesso a essas informações, faça o seu papel e as busque. Não conseguiu ou está impedido de compartilhar, porque seu líder não leu este artigo e acha que é melhor esconder as coisas, seja sincero com a sua equipe e diga o que está acontecendo. Se eles não confiarem na empresa mas confiarem em você, continuarão a dar o seu melhor.

Lembre-se sempre que o líder é a maior referência da empresa que o colaborador tem e o maior responsável pelo seu engajamento ou pelo desengajamento.

Não delegue este papel para a área de comunicação ou para a “rádio corredor”.

Seja claro e transparente e verá a ansiedade reduzir e os resultados aumentarem.

Fica a dica!

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Até o próximo artigo...

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