Qual a sua fonte da juventude?
Costumo dizer que shows de rock – festivais, principalmente – são a minha fonte da juventude. Tenho 47 anos e falo, sem medo de errar, que a cada show que vou, volto pra casa mais leve, mais novo, mais cheio de energia, mais propenso a refletir e produzir.
No fim de semana que passou tivemos o Lollapalooza, em São Paulo. Pergunta se eu fui? Basta olhar a foto deste artigo. Sempre gostei muito de música. Nasci e morei 24 anos numa cidade de médio porte – Guarujá, litoral paulista – com seus 300 mil habitantes (fora da temporada de verão) e raríssimas opções de eventos musicais de qualidade.
Eu via os grandes festivais na TV, como o Rock in Rio, e morria de vontade de ir, mas nunca foi tão simples. Mudei para São Paulo em 2000, comecei a frequentar mais shows, mas me faltava companhia para encarar os festivais e todo o seu combo de perrengue (lama, cansaço, distância, calor, frio, chuva...). Minha companhia estava dentro de casa, mas ainda era um pequeno garotinho. Aos poucos fui inserindo meu filho mais velho, Vinícius, numa rotina de shows. O primeiro show não-Patati-Patatá-nem-Palavra-Cantada que ele foi tinha 6 anos. Foi e não parou mais de me acompanhar.
Com 9 anos de idade ele foi comigo ao primeiro festival, o Lollapalooza de 2017. Foi paixão à primeira música. De lá ára cá fomos simplesmente em todos os Lollas – seis seguidos, excluindo os dois anos de pandemia e cancelamento. O Vinícius de 9 anos assistia aos shows no meu ombro. O Vinícius de 17 já é maior (mas muuuuito maior) que eu: 1,90m x 1,83m. O que não mudou foi a nossa empolgação pelo evento.
A experiência do Lolla começa em outubro do ano anterior, com o início das vendas dos ingressos, ainda sem as atrações divulgadas. A partir daí são vários momentos: o anúncio das bandas, a divisão por dias, a distribuição dos horários, sempre tem um ou outro cancelamento e substituição, a retirada das pulseiras, o cadastro delas, o carregamento de grana para gastar lá e, enfim, pegar o trem da CPTM e “partiu, Lolla!”. Nesse meio tempo todo aí, já virou tradição montarmos uma playlist de atrações que irão tocar e ir curtindo e se preparando por meses.
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O mais legal do Lolla é ir a shows de bandas que a gente não conhece, mas volta pra casa curtindo, ouvindo e mantendo a fidelização para sempre. Conto dezenas de bandas que hoje a gente curte, mas que antes do Lolla desconhecia a existência. A diversidade é outro ponto alto. Sempre fiz questão de mostrar isso pros meus filhos e sempre falando sobre o respeito, a liberdade e a vontade de cada um.
O Lolla é um mega evento. Cerca de 300 mil pessoas circulam pelo Autódromo de Interlagos nos três dias. Neste ano choveu muito, teve muita lama, muito escorregão, muito tênis jogado no lixo, muito post no "Perrengue Chique", mas valeu demais – como sempre. Cada um sempre tem o seu show preferido, faz lista de top 10, melhores, piores... Também fazemos. Mas é tudo subjetivo.
O Zé de 47 anos já não é mais o Zé de 18, a segunda-feira pós Lolla em 2024 é mais sofrida do que foi o dia seguinte ao primeiro show da minha vida. Mas é inegável que a cada ano que vou ao festival volto para casa com essa sensação de beber da fonte da juventude.
Até 2025, Lollinha !!!
PS: O filho mais novo - Caíque - estreou no Lolla em 2022, com 6 anos de idade. Não foi neste porque tinha um acampamento da escola. E a Carol, minha esposa, quase todo ano também nos acompanha em pelo menos um dia de festival.
professora na St. Paul's School, Sao Paulo
9 mA minha fonte da juventude são as viagens de mochilão que faço com meus alunos anualmente. 15kg nas costas e mais ou menos 10km de sobes e desces no meio da Mata Atlântica por dia. Isso me faz rejuvenescer no mínimos uns 20 anos. O sabor de dever cumprido é uma sensação ímpar.
Psicóloga | RH | Consultora de Carreira | Recrutamento e Seleção | Business Partner | BP | Desenvolvimento Humano | Outplacement | Recrutamento e Seleção | R&S
9 mQue inspirador Zé. Minha fonte da juventude são os parques de diversão, é cansativo tb, um dia todo de andanças, filas, shows, compras, mas os melhores dias são ao lado dos nossos filhos, poder curtir com eles, seja o que for, é mostrar pra eles o que é bom. Esse ano devo me aventurar no Rock in Rio com meu mais velho...Volto aqui para contar. Abs