Qualidade da Informação

A velocidade exigida pelo mundo cada vez mais globalizado pode ser expressa pelo aumento exponencial do volume de informações no dia a dia das pessoas. Em certos casos, a reação das pessoas chega ao extremo, tornando-se doentia. Ficam estressadas, perturbam-se e perdem a eficiência no trabalho.

O advento da mobilidade levou este processo ao apogeu. Nesta rede de informações que liga computadores do mundo inteiro, o volume de informações é quase infinito. Estima-se que cerca de 3 bilhões de pessoas estarão conectadas à rede até o final desse ano.

Pierre Lévy diz que por conta da velocidade na transmissão das informações "os conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua vida profissional serão obsoletos no final de sua carreira".  Isso foi dito a mais de 30 anos. Hoje, certamente esses conhecimentos não perdurariam mais de 3 a 4 anos, dependendo da área.

No mundo empresarial as consequências são semelhantes. Quanto mais dependente de informação uma empresa se torna, maior deve ser a garantia de uma boa qualidade destas informações. Consequentemente, as empresas devem avaliar as informações que utilizam e as que produzem, periodicamente. Para isso, é necessário o uso de um instrumento de medida.

Por ser subjetivo, o conceito de qualidade é bastante amplo. Consequentemente, a não construção de um modelo formal para a qualidade dentro de uma empresa, pode implicar em erros no processo de medição. Nesta linha, não só a informação, mas todo o contexto informacional deve ser analisado.

Uma das propostas prega que o ambiente empresarial, os objetivos e metas, a estrutura e sua cultura precisam ser analisados. Dessa análise, deduz-se qual a informação necessária e que tipo de sistemas de informação são requeridos. Finalmente, a qualidade pode ser obtida comparando a informação requerida e a disponível e os sistemas de informações requeridos e aqueles desenvolvidos.

Entretanto, na grande maioria das empresas, isto é feito sem levar em conta o seu principal recurso: as pessoas. Devido a limitação do potencial de captação do Ser Humano, do ponto de vista físico, mental e psicológico, existe um ponto de equilíbrio entre a quantidade de informação recebida e a assimilada.

Metas e mais metas são "colocadas" para as pessoas, que atordoadas com tamanha pressão, chegam a gerar ou classificar informações de forma imprópria.

Tentando diminuir a carga de informações "per capita" dentro das organizações, e com isso aumentar a qualidade, algumas ferramentas computacionais foram criadas. Existem várias linhas de produtos: alguns se destinam a sintetizar informações; outros, com base nas informações coletadas e regras, previamente estabelecidas, geram decisões, como por exemplo, a aprovação de crédito a clientes ou a movimentação de materiais dentro da linha de montagem.

Assim, da mesma forma que a tecnologia aumenta a velocidade e a quantidade de informações, ela mesma torna possível a construção de ferramentas que auxiliam as pessoas a manusear uma quantidade cada vez maior de recursos, sendo um deles, a própria informação. O difícil, em todo este processo, é encontrar o limite do Ser Humano,  ou seja, o seu ponto de equilíbrio. Sem esse equilíbrio, sem respeitar a qualidade de vida das pessoas, não será possível obter a plena qualidade nas informações. 


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