Quando mudar é preciso... mas difícil
Quando pensamos em equilíbrio financeiro, pensamos primeiramente em custos e na necessidade de alavancar receitas imaginando que quanto maior a receita bruta mensal, maior e melhor a rentabilidade da operação. O problema é que muitos se esquecem de que para aumentar receita há um custo (direto e indireto) que precisa ser considerado antes de se promover a ação, identificando se realmente vale a pena o investimento diante do retorno esperado (ROI).
ROI = (Ganho obtido – Investimento inicial) / Investimento inicial
Quando isso não acontece nos deparamos (de novo) com a necessidade de rever a operação. Custos, fontes de receitas, fornecedores, folha de pagamento, impostos, inadimplência, endividamento, prazos e ... processos. Não há como evoluir sem o alinhamento de processos e a sua horizontalização eliminando etapas, cargos e atividades meramente burocráticas agilizando toda a operação.
Quando identificamos que há uma necessidade de rever processos a primeira ação é buscar modelos prontos. Quantas vezes sua empresa na busca por melhores práticas não procurou modelos prontos sob a alegação de que “lá deu certo”?
O modelo de negócio praticado por uma determinada empresa quase nunca se adapta no longo prazo em outra. Esta realidade se deve a individualidade da cultura, objetivo, foco, qualificação de colaboradores, visão, etc. Não existe modelo ou formula magica que consiga “encaixotar” uma outra empresa.
Diante desta realidade o que devemos fazer é conhecer modelos de sucesso praticados pelo segmento em que a empresa atua e adapta-lo a realidade da empresa. Pode até parecer simples, mas antes da implantação de novos modelos de negócio é necessário uma identificação não só de o que fazemos e por que fazemos, mas principalmente de como fazemos e quem faz.
Podemos identificar as 3 perguntas iniciais, mas quem vai implementar as mudanças está apto a fazê-lo?
O que algumas empresas precisam eliminar é a política de melhoria do auto engano. Sabe-se que determinada rotina precisa ser alterada, que os custos precisam de uma análise fria para sua redução, que o modelo atual é provisório, que a mão de obra não é devidamente qualificada, etc, etc, etc, mas muitas vezes a vaidade não permite que tudo isso se transforme em ação e, enquanto isso, fazem aquilo que ACHAM que é o correto, mas na certeza de que um dia precisarão mudar.
Outra realidade que encontramos com frequência é que mesmo identificada a necessidade de um remodelamento da operação não se admite que “estranhos” apontem novos caminhos sob as mais diversas justificativas. É muito difícil para alguns empresários reconhecer que não são bons em determinada área e que uma ajuda externa pode facilitar e agilizar todo o processo. Uma frase de Steve Jobs orienta para outra direção: "concentre-se naquilo que você é bom delegue todo o resto"
Parece que não querem bater de frente com a realidade ou simplesmente não percebem que desta forma perdem oportunidades e dinheiro.
Resumindo, a única certeza da vida é que tudo muda o tempo todo com muita rapidez e você não deve ficar parado.
Dois executivos que estavam na África em viagem de negócios e resolveram fazer um safári. Munidos de guias, carregadores, rifles, binóculos e jipes, eles foram caçar em território de leões. Mas estavam tão autoconfiantes que se distraíram e se distanciaram do acampamento.
De repente foram surpreendidos por um enorme leão, que começou a correr atrás deles. Como não tinham prática, não dava tempo de preparar os rifles e o único jeito era sair correndo. Pernas, pra que te quero. Eles correndo o mais rápido que podiam, e o leão atrás, aproximando-se cada vez mais.
Até que um deles, ofegante, começou a se lamentar:
“Não adianta, eu vi um documentário na TV a cabo National Geoghaphic, mostrando que o leão é mais veloz do que os homens! Nós não vamos conseguir correr mais do que ele!”
“E quem disse que eu estou preocupado em correr mais do que o leão?” – respondeu o outro executivo. – “Só preciso correr mais do que você!”
Sucesso!!