QUANDO AS PESSOAS QUE TREINAMOS VÃO EMBORA
Existe um sentimento muito insatisfatório (pra não dizer ‘de merda’ , porque fica feio aqui no LinkedIn) quando uma pessoa que a gente gosta muito, que a gente acha muito competente e, principalmente, quando a gente treinou, vai embora. Ficamos nos perguntando onde foi que erramos, se devíamos ter sido mais solícitos, mais prestativos, mais próximos, mais qualquer coisa. E aí vem aquele mix de insatisfação e raiva: pronto, não treino mais ninguém.
Nada. Você vai continuar treinando. E muito. Antes eu achava que se uma pessoa ia embora era porque – obviamente, a outra empresa era melhor que a minha. Mas não, ou apenas talvez. Pensando sobre uma outra ótica, se uma empresa legal vem buscar alguém na sua é porque você está fazendo alguma coisa direito. Ou muitas coisas. E isso é muito gratificante, afinal parte da missão do líder é essa mesma: formar pessoas e profissionais melhores. Outra missão é garantir que bons projetos sejam realizados – o que também traz visibilidade para o seu time.
Se ninguém bate na porta dos seus colaboradores é porque eles não têm nada assim, de muito incrível, para entregar. E nem a sua empresa tem colocado nada assim, tão poderoso, na rua. E aí você tem realmente um problema. Aí vale repensar o seu sistema de contratação e de gestão. Vale um questionamento muito mais profundo do que aquela insatisfação de perder alguém. Resumidamente: se a rotatividade está muito baixa – o que normalmente os RH comemoram, é porque talvez você tenha um sinal de alerta a ser considerado.
Quando essa luz iluminou o meu fim do túnel, comecei a pensar que mais vale contratar pessoas com muito potencial do que prontas. Isso porque você pode deixar nelas a sua marca. E mais: elas estão abertas a absorver os aprendizados e a evoluir. Vale também dedicar seu tempo para essas pessoas, assim como o tempo de outros líderes da empresa. Tempo e dinheiro. Em treinamentos, cursos, especializações. Porque pessoas bem preparadas – e, mais ainda, assistidas, vão fazer uma grande diferença no seu negócio e no mundo.
Não, eu não estou promovendo a rotatividade. Acho que temos que oferecer um ambiente profissional e pessoal que faça com que as pessoas tenham vontade de ficar; não de ir embora. Mas temos que entender que o nosso controle sobre isso é finito, então que seja infinito enquanto dure.
E, para terminar, como diria Henry Ford: “Só há uma coisa pior que formar colaboradores e eles partirem. É não formar e eles permanecerem.”
Copywriter
5 aLiderança poderosa e enriquecedora a sua, parabéns por isso! Obrigada por compartilhar por este texto a reflexão e deixar que sua posição inspiradora alcançasse mais gente, tipo eu.
Gestão de Pessoas / Mentoria de Negócios / Desenvolvimento de Pessoas
5 aÉ um ponto de vista generoso! Gostei da perspectiva.
CEO & Partner at @Greenz - Aceleradora de Negócios | Board member | VP Grupo de Atendimento e Negócios | Jurado Effie Awards e PPA | Investidor | Pai da Júlia ❤️
5 aParabéns pelo artigo Gabriela Hunnicutt. Penso muito parecido contigo. E a frase do Henry é perfeita para o encerramento do texto. Abraço