A Quantas Anda Sua Missão Pessoal?

Imagine que você acabou de chegar a um enterro de um ente querido. À medida que você vai se aproximando do caixão percebe os rostos tristes e perplexos de vários amigos ali também presentes.

Você olha ao redor e sente o ambiente tomado de tristeza e dor. Mas então você se dá conta, ao se aproximar um pouco mais, que quem está ali, ” Mortinho da Silva”…é você!

E de repente, algumas pessoas tomam a palavra para falar sobre a importância que você teve na vida delas. Digamos que falariam sobre você, um amigo, um irmão, um filho e seu chefe, apenas como exemplos.

Consegue parar e refletir um pouco sobre o que eles diriam a seu respeito? Sente-se feliz com essa sensação? Sente tristeza? O que você acredita que eles diriam...... é aquilo que você gostaria de ouvir?

Antes de continuar a leitura pare e pense um pouco…visualize essa cena por alguns instantes...

....podemos continuar?

Esse exercício está no livro ” Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes”, de Stephen Covey. Um livro que precisei ler quase 3x por inteiro para ter uma compreensão mais profunda da proposta do autor.

Um dos livros mais desafiadores que li, pois trata as relações interpessoais, em qualquer esfera, a partir de princípios e valores e não sob a ótica de regras ou convenções sociais.

Há um momento no livro em que o autor aborda a importância de escrevermos nossa “missão pessoal”. Sabe aquele quadro que colocamos na empresa com as menções de Missão, Visão e Valores?

E para melhor ilustrar de que forma devemos elaborar nossa missão pessoal Stephen Covey , através desse exercício. aponta o caminho.

Ela deve partir do fim de tudo. Da morte. De trás para frente, do fim da vida para o ponto  onde estamos hoje. Deve levar em conta que o tempo dedicado a cada tarefa deve ser coerente com a melhor qualidade possível de nossos relacionamentos, particularmente os mais íntimos.

A missão pessoal tem seu foco nos princípios pois são eles que nos confrontam quando percebemos que estamos saindo da linha, agindo de forma contrária a eles.

Ter atitudes diárias em concordância com nossos princípios é a chave para que nossa missão deixe um legado para aqueles que nos rodeiam. O autor também elabora um plano de ação bastante prático, com propostas específicas para cada papel que nós exercemos na vida.

Por exemplo, como pai ou mãe, como filho(a), profissional, cidadão e etc. Para cada um desses diferentes papeis é proposto atribuir uma tarefa na semana que vá ao encontro da missão pessoal.

Agindo assim e colocando em prática ações semanais coerentes com nossos príncípios e nossa missão pessoal, seremos inevitavelmente bem sucedidos nessa empreitada.

Confesso que fiz e refiz algumas vezes minha missão pessoal. Confesso também que me pego muitas vezes, ao reler o que escrevi, me desviando dos meus princípios.

Chego à conclusão do quanto ainda sou falho na observância dos meus próprios mandamentos. Mas vou deixar aqui um pequeno trecho da minha missão pessoal no sentido de incentivá-lo(a) a também escrever a sua.

“Devo usar o tempo de forma sábia, aproveitando-me dele para  colher,como resultado, benefícios no campo espiritual, pessoal, social, profissional e físico. Devo submeter minhas vontades de consumo aos questionamentos: Preciso? Posso pagar?Esse é o momento adequado ?

Devo me comprometer a, se errar, seja em que nível de relacionamento for, pedir perdão e corrigir-me. Devo abandonar qualquer hábito que seja destrutivo ao meu crescimento pessoal e espiritual”.

Optei por escrever toda a minha missão pessoal iniciando com a palavra devo seguida de um verbo, para justamente dar o sentido de comprometimento, de atitude. Também subdividi minha missão pessoal nos diversos papeis que ocupo, escrevendo mais ou menos assim:

Devo como pai…devo como marido….devo como irmão e por aí vai.

E finalizei com a frase abaixo:

“Os princípios e valores aqui descritos estão acima de pessoas ou circunstâncias que procurem deles me afastar. Ao ser confrontado a agir de forma contrária à minha missão pessoal, meus princípios e valores devem sobrepujá-los”.

E você, tem uma missão pessoal clara, escrita e bem definida?

Tem conseguido segui-la?  Não é fácil,  mas é bastante gratificante!

Um abraço,

Nei Maia