Quarentena e a previdência privada
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Quarentena e a previdência privada

Grandes acontecimentos globais como crises financeiras, guerras, desastres ambientais, questões humanitárias entre outros, geram impactantes consequências políticas, financeiras, sociais e, também psicológicas, no mundo todo.

Bem, estamos passando por uma dessas situações exatamente agora: a pandemia pelo COVID-19 alterou nosso modo de agir, pensar e modo como nos relacionamos uns com os outros.

Por causa do confinamento social, inevitavelmente temos refletido sobre a vida, sobre quem somos e o que fazemos (e o que deixamos de fazer) bem como sobre questões que outrora não nos ocorriam com a mesma frequência que agora como, saúde, segurança, futuro dos filhos, família, amigos e chegamos à conclusão de como é bom tê-los por perto e como nos são preciosos.

Os dias vão passando e a quarentena, que no inicio parecia um fragmento atemporal de “férias”, começa a provocar desgaste físico e mental: ora o latido do cachorro está mais estridente, o barulho do aspirador mais irritante, as conversas familiares repetitivas, a internet mais lenta, a TV por assinatura cansativa, o noticiário mais apelativo, os dias mais longos, as roupas mais apertadas e, a renda familiar mais curta...

Numa “dimensão econômica perfeita” e livre de pandemia, Marx (1818-1883) afirmava que os homens coincidem com sua produção, isto é, tanto o que eles produzem quanto com a maneira como produzem (Marx; Engels, 2007, p.11) por isso, os homens se constituem como ser social por meio de suas atividades de trabalho de onde extrairão seu sustento e de sua família, conforme profetizado biblicamente: “(...) comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.” (salmos 128.2).

Mas pandemia ignora preceitos filosóficos e bíblicos e gera caos. Não vou entrar no mérito sobre a eficácia (ou não) do confinamento social, mas, com a instauração da quarentena, grande parte da população brasileira entrou numa grave crise financeira se viu obrigada a interromper suas atividades laborais. Exceto àqueles que podem exercê-la na modalidade “home office”, existem muitos sem trabalho, sem renda e sem reserva, milhares de trabalhadores sem vínculo de emprego formal, podem perder o equilíbrio financeiro e cair na pobreza.

Diante de um cenário mundial instável, conforme dado fornecido pelo INSPER, ficou evidenciado que os brasileiros são imediatistas para o consumo e não tem muita preocupação em constituir uma reserva financeira para o futuro.

Ninguém ainda sabe ao certo como lidar com esse problema razão pela qual 46 milhões de brasileiros passarão a depender do auxilio emergencial do Governo Federal. Entretanto, depender exclusivamente do governo para a própria subsistência é um alto risco que as pessoas precisam evitar a qualquer custo.

Infelizmente, essa dependência financeira só tende a aumentar: segundo o economista e consultor Cosmo Donato, da LCA Consultores, a taxa de desemprego entre pessoas com mais de 50 anos no Brasil saltou de 2,92% em março de 2012 para 5,38% em dezembro de 2018. O número é considerado baixo, mas há uma alta taxa de desalentados - aqueles que desistiram de procurar um trabalho e saíram das estatísticas de desemprego - que pode elevar esse número futuramente. (fonte: site “UOL Economia”, de 26/03/2019).

Embora essas informações possam transmitir certo desalento, acredito realmente que esta estatística pode ser reversível a patamares financeiros aceitáveis, se as pessoas se conscientizarem da necessidade de juntar dinheiro para criar um fundo de reserva. 

Imagine se você pudesse ter uma renda mensal independentemente de qualquer tipo de problema? Sim. Isso é real e possível. Mesmo com pouco dinheiro, você precisa mudar de atitude e começar imediatamente sua previdência privada. A previdência privada é um investimento de longo prazo, por isso, quanto mais cedo o participante ingressar no plano, maior será o valor acumulado e, portanto, maior a reserva financeira na idade de saída e/ou aposentadoria. Via de regra, o tempo mínimo ideal para contribuir nesse tipo de investimento, deve ser de, pelo menos, dez anos.

Não deixe seu futuro a mercê da sorte ou dependente de auxílios do Governo Federal, afinal, “o custo do cuidado é sempre menor que o custo do reparo” (autor desconhecido).

"Tudo sobre Previdência Privada. Se não te contaram, eu conto."

link da matéria: https://bit.ly/2TU97Fb

Antonio Carlos Camano é professor de Previdência Complementar na ENS – Escola de Negócios e Seguros, membro da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência.

Linkedin: Antonio Carlos Camano

Instagram: camano.ac

Infelizmente o brasileiro não tem a cultura de ter uma reserva financeira, de pensar no futuro ou que qualquer imprevisto possa ocorrer a qualquer momento. Como é difícil fazê-los a mudar de ideia e criarem o hábito do planejamento financeiro.

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